Dai-lhes vós de comer
que sejam migalhas,
esfareladas mesmo mas,
que possam a fome deter
para que vossos cultos
de soberba beleza
não se findem e que
ainda possam crescer!..
Dai-lhes vós de comer!
Dai-lhes vós o vestir-se.
Farrapos ou trapos --
que seja o que for parecido;
deles falta vós não tereis
mas, sossego da mente,
tranquila e inocente
em seus corações sentireis!
Ação boa é toda boa ação --
já foi ensinado assim no passado.
Por que duvidar
de um retorno tranquilo à causa --
a de ser pelos ingentes adorado?
Uma rota camisa
uma calça rasgada
uma meia furada ou
um paletó sem botões
valer pode muito para quem
não tem nada; porém,
mais valer vai para o seu doador.
Será visto senhor benfazejo,
repleto de amor,
benfeitor do seu próximo...
Terá garantido, no reino acima,
um assento repleto de glórias
adornado de coroas de ouro e,
o mais importante, jamais sentirá uma dor!
Um detalhe deverá ser cumprido ainda,
ao se dar uma esmola qualquer:
deverá ser erguido um "templo"
no qual será inscrito o nome do praticante
dos atos tão nobres como os de:
doador de migalhas,
de trapos rasgados,
de sapatos furados
e, por fim, anotar: "este é
um ator mascarado de moral duvidosa,
só buscou a grandeza para a sua alma
maldosa".
Aqui publicarei os meus escritos ---- versos, poemas e poemetos.
Fico grato, desde já, se você se dignar a lê-los. Ao menos, levemente.
Ao seu dispor, agora e eternamente.
Mykola Szoma
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Lembranças históricas da vida
Ela passou sem dizer nada.
Não olhou para lado nenhum.
Não chamou atenção de ninguém.
-- Ele a matou! ... Por que?..
Pensei,
não entendi,
como podiam acontecer coisas assim?
Ela passou. Silente. Indiferente.
Ele a matou!
Um tiro por nada ... acabou!
Algo valia a vida para ele?
Não a vida dele, a do semelhante,
a dela que, por acaso, ali passou
e ele -- seria desalmado?
e a matou
sem perguntar a si
sem perguntar a ela
o que fazia ela ali,
p'ra merecer a morte insana
-- simples quimera?
Aquele instante de morrer
foi o instante dela, sem merecer
e sem saber porque...
Haverá instante mais assim
em que mais gente morra
sem a fim de que? E,
sem saber porque.
Por causa que...
Responder não sei;
se puder, responda você!
Não olhou para lado nenhum.
Não chamou atenção de ninguém.
-- Ele a matou! ... Por que?..
Pensei,
não entendi,
como podiam acontecer coisas assim?
Ela passou. Silente. Indiferente.
Ele a matou!
Um tiro por nada ... acabou!
Algo valia a vida para ele?
Não a vida dele, a do semelhante,
a dela que, por acaso, ali passou
e ele -- seria desalmado?
e a matou
sem perguntar a si
sem perguntar a ela
o que fazia ela ali,
p'ra merecer a morte insana
-- simples quimera?
Aquele instante de morrer
foi o instante dela, sem merecer
e sem saber porque...
Haverá instante mais assim
em que mais gente morra
sem a fim de que? E,
sem saber porque.
Por causa que...
Responder não sei;
se puder, responda você!
Devaneios no ar
Levanto os olhos e nada vejo
lá em cima. Apenas nuvens,
navegando meio perdidas --
pequenas, grandes,
cumulus-nimbus,
algumas cirrus,
nuvens de chuva também.
Veem de algures,
vão p'ra alhures --
algumas se perdem
pelos caminhos além.
Dizem até, que há sete céus.
Pode ser a verdade;
eu não duvido --
não descreio em ninguém.
Porém, poderia ao menos
em um deles conhecer as
delícias que alguns ditos
dos seus súditos dizem?..
Ou talvez, um dos sete
mais perto estivesse de nós,
para que, sob a nuvens,
o seu plano espraiasse
as brancas suas areias
ao alcance dos incréus.
-- Corrigindo, todos nós.
Que naveguem nuvens negras
-- nuvens densas verticais,
gotas de água, granizo, chuva;
não seriam bolhas quentes no ar?
São intrépidas colunas
que metem medo aos céus
não os deixando descer de
patamar!..
lá em cima. Apenas nuvens,
navegando meio perdidas --
pequenas, grandes,
cumulus-nimbus,
algumas cirrus,
nuvens de chuva também.
Veem de algures,
vão p'ra alhures --
algumas se perdem
pelos caminhos além.
Dizem até, que há sete céus.
Pode ser a verdade;
eu não duvido --
não descreio em ninguém.
Porém, poderia ao menos
em um deles conhecer as
delícias que alguns ditos
dos seus súditos dizem?..
Ou talvez, um dos sete
mais perto estivesse de nós,
para que, sob a nuvens,
o seu plano espraiasse
as brancas suas areias
ao alcance dos incréus.
-- Corrigindo, todos nós.
Que naveguem nuvens negras
-- nuvens densas verticais,
gotas de água, granizo, chuva;
não seriam bolhas quentes no ar?
São intrépidas colunas
que metem medo aos céus
não os deixando descer de
patamar!..
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Navegante errante
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar!..
O navegante errante poderá,
um dia, o sonho realizar?..
Haveria um ancoradouro --
que pudesse abrigar a sua
nave do submundo --
o submarino, aquele imerso
nas águas conturbadas do mar
(não confundir com
o submundo dos marginais);
aliás, os dois são quase iguais.
Tem mais, o navegante
é misterioso por demais.
Diz ser um buscante bravio
dos Cisnes dos Lagos,
aqueles da dança do
Lago dos Cisnes
que fizeram outrora
as delícias das Damas
e dos Senhores feudais.
Como eram todos eles,
em seus sonhos,
tão parecidos e especiais!
Jamais serão esquecidos
por suas façanhas geniais.
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar;
arrimou-se às nossas praias --
pediu licença p'ra desembarcar.
Haveria algo em sua mente
que nos poderia ensejar?..
Não seria ele um farsante
que quisesse nos roubar?
Um pirata dos altos mares
se fingindo um navegante
uma causa por desnudar.
Mas se pode sempre duvidar!
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar?..
Esperemos
o que pode ele nos contar!..
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar!..
O navegante errante poderá,
um dia, o sonho realizar?..
Haveria um ancoradouro --
que pudesse abrigar a sua
nave do submundo --
o submarino, aquele imerso
nas águas conturbadas do mar
(não confundir com
o submundo dos marginais);
aliás, os dois são quase iguais.
Tem mais, o navegante
é misterioso por demais.
Diz ser um buscante bravio
dos Cisnes dos Lagos,
aqueles da dança do
Lago dos Cisnes
que fizeram outrora
as delícias das Damas
e dos Senhores feudais.
Como eram todos eles,
em seus sonhos,
tão parecidos e especiais!
Jamais serão esquecidos
por suas façanhas geniais.
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar;
arrimou-se às nossas praias --
pediu licença p'ra desembarcar.
Haveria algo em sua mente
que nos poderia ensejar?..
Não seria ele um farsante
que quisesse nos roubar?
Um pirata dos altos mares
se fingindo um navegante
uma causa por desnudar.
Mas se pode sempre duvidar!
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar?..
Esperemos
o que pode ele nos contar!..
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Pergunta a um "amigo"
O teu conteudo de fora,
será um conteudo maior
do que o de dentro de ti?
Não será tua vida externa
mais uma vida de nada?..
Uma vida que só é vivida
por causa dos ais, -- que
há muito, tu jorras de si?..
Não respondas! Perguntes
somente dos teus ideais.
São eles consistentes, ou
apenas são cacos de ais?
Muitos deles, são tais quais
os teus dias felizes o foram
-- por surtos de insultos aos
pobres, e muitos incultos...
Por que então achas que és
mais feroz que os mortais?..
Também és mortal! O portal
de passagem abriu-se pra ti
-- a hora chegada está!..
Terás de partir breve daqui.
Terás tu, por acaso, morada
sensata do lado de lá? Será?
será um conteudo maior
do que o de dentro de ti?
Não será tua vida externa
mais uma vida de nada?..
Uma vida que só é vivida
por causa dos ais, -- que
há muito, tu jorras de si?..
Não respondas! Perguntes
somente dos teus ideais.
São eles consistentes, ou
apenas são cacos de ais?
Muitos deles, são tais quais
os teus dias felizes o foram
-- por surtos de insultos aos
pobres, e muitos incultos...
Por que então achas que és
mais feroz que os mortais?..
Também és mortal! O portal
de passagem abriu-se pra ti
-- a hora chegada está!..
Terás de partir breve daqui.
Terás tu, por acaso, morada
sensata do lado de lá? Será?
Ao douto irmão na fé
"Douto" e venerável irmão na fé,
especialista em falar com deus,
"profeta" de araque. Baita Sr De
pérfido sotaque. Engana a todos
e, se alguém bobear, ...até a si.
Douto -- de erudito. E a verdade,
o cara é um esquizóide renhido!
Por que será? Porque aos ínfira-
... do pensamento e do entender
basta uma palavra para se reter.
Não é preciso falar coisas e tal...
Basta dizer-se que é o maioral --
O povo entende como razão final,
para se dar-lhe no seu amor total.
E que conquista ao douto farsal!..
Ele quer dízimo, mesmo roubado.
Aquele do dosonesto ganho... Ah!
O dinheiro o que não faz!? Salvar
até a alma, segundo alguns, seria
-- com ele, ...qualquer um capaz!..
"Douto" e venerável irmão da "sé"!
Não faças zombarias da pouca fé
dos pequeninos, a ti iguais. Né?
Eles de espírito pobres -- demais!
Não sirva-te, explorando-os mais..
Nota:
farsal = de farsa, ato ridículo, próprio de farsas
farsa = peça teatral burlesca; pode ser pantomima
especialista em falar com deus,
"profeta" de araque. Baita Sr De
pérfido sotaque. Engana a todos
e, se alguém bobear, ...até a si.
Douto -- de erudito. E a verdade,
o cara é um esquizóide renhido!
Por que será? Porque aos ínfira-
... do pensamento e do entender
basta uma palavra para se reter.
Não é preciso falar coisas e tal...
Basta dizer-se que é o maioral --
O povo entende como razão final,
para se dar-lhe no seu amor total.
E que conquista ao douto farsal!..
Ele quer dízimo, mesmo roubado.
Aquele do dosonesto ganho... Ah!
O dinheiro o que não faz!? Salvar
até a alma, segundo alguns, seria
-- com ele, ...qualquer um capaz!..
"Douto" e venerável irmão da "sé"!
Não faças zombarias da pouca fé
dos pequeninos, a ti iguais. Né?
Eles de espírito pobres -- demais!
Não sirva-te, explorando-os mais..
Nota:
farsal = de farsa, ato ridículo, próprio de farsas
farsa = peça teatral burlesca; pode ser pantomima
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