Juntaram-se os bichos para uma festa...
Havia presentes macacos, leões, tigres,
leopardos e muitos outros. Até bizões.
Não se confunda estes com o "Bison antiquus"
--- antepassado do bisão "normal" americano.
É o próprio bisonte da Caverna de Altamira --
o amigo dos dobradores do vento.
Sai do templo, se lança ao relento.
Ele fala melhor que ninguém, pois
é da famosa "Avatar Generation".
Cada qual apresentaria,
de algum modo, algo novo.
Jamais visto antes pelo povo.
Disseram que a festa seria
um evento, como jamais
um igual ali se vira.
Nem se ouvira.
Também, não se confunda
com o canto portugues do Vira-Vira.
O Vira mesmo é do Minho
--- terra do Vinho Verde,
mistura de aroma e leveza!
Pleno encanto da fiel natureza.
O macaco tocava um fagote.
Clarineta, ao longe, se ouvia em dueto.
Bandoneon a cargo do urso estava, que,
entre os intervalos de quarta, resmungava.
O tigre rosnava --- e na escala de barítono,
furioso, uma canção nova ensaiava...
Leopardo, com o seu olhar estranho,
a todos fascinava... --- Ondulante
os seus movimentos graciosos desfilava.
Fingia-se de gato... Porém, não miava...
O leão a tudo acompanhava. Era o rei!
A grande festa organizava.
No grande encontro, o seu rugido,
só com o do tigre se ombreava.
A todos ordem impunha.
Ninguém --- de nada, reclamava...
Enfim, a festa como tal,
por ordem do leão, às tantas, começava.
Não pude acompanhar.
Outra tarefa me aguardava.
Abandonei a festa da bicharada
e, de mansinho, me pus em retirada.
outubro de 2010
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