Escrito está "Deus lhes deu
espírito de profundo sono:
olhos para não verem, e
ouvidos para não ouvirem".
Assim está
até os dias de hoje. A sua mesa,
se lhes tornou em seu próprio laço.
Tornou-se a sua armadilha e
em tropeço como sua retribuição!..
Seus olhos se fecharam,
para que não vejam e suas
costas submeteram-se ao jugo
de suas próprias maquinações!
Levantam, em vão, as suas mãos ao alto
e elas não conseguem se suster assim!..
Pesadas estão pela sujeira acumulada ---
dos afazeres seus, mesquinhos e ruins!...
São farisaicos, sem serem fariseus.
Cultuam deuses da fartura e do "bon vivant".
São céleres em se postarem nas vitrines ---
Dizem serem herdeiros da verdade e razão!
E, como são! --- Nas assembléias de "churro"
as suas perspicácias se percebem... E, tanto
quanto se possa imaginar, convencem que, se
não são deuses de verdade, -- Filhos seus são.
Dos deuses o templo, em sete espetos assaram
e, junto aos sete mares, o seu "tofu" saborearam.
Coitadas das pobres ovelhas, agora tosqueadas e
sem pasto, sentiram-se só. Os deuses? Nem dó!
E eram muitos os deuses no templo...
O dos caminhos da sorte,
alguns do trabalho pesado e da morte,
muitos da fortuna e da fartura.
Os demais todos cuidavam
dos lindos cantares e da beleza;
porém, nenhum achou-se que cuidasse da
pura e simples sabedoria, e da singeleza!..
E "Deus lhes deu
espírito de profundo sono:
olhos para não verem, e
ouvidos para não ouvirem".
04/25/2010
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