Gotas de sangue,
sem sangue real...
São gotas de fleugmas
-- humores da vida...
São quatro, ao todo
Nenhum é quase real.
Expandem-se à toa --
Será um veneno fatal?
Quem vive por eles --
tem frieza mental tal.
Então, é mesmo fatal!
Ou é apenas um simples sinal.
Lá em Cós, o tal de Hipócrates
-- aos seus alunos, propós:
Sangue, fleugma, bilis branca,
e a bilis negra são os humores
determinantes dos dissabores.
De todos os possíveis amores!
Seria "sim"?
Seria "não"?
No fundo, o mestre da Escola,
poderia ter tido a razão.
Ou, não!
As gotas de sangue de um poema,
dos poemas, que fluem do coração,
São tão ardentes, como se o sangue
se expelisse, em gotas do sistema
ventrícular do coração...
Hipócrates teria sabido disso? Não?
Quando, um dia, leres
algum dos meus poemas,
Lembrar-te deverás da minha dor!..
Escritos com as gotas
do hipocrático humor.
Poemas banhados de sangue
-- São gotas de fleugmas.
Dilemas da vida.
Lembranças sentidas por mim. Assim.
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