sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Estou de partida

Não!.. Não conte mais comigo,
seja lá para o que for. Já vou --
estou de partida... Para longe!

Outras bandas comporei,
trilharei caminhos outros,
ao sabor de aventuras...
Muitas!
Novas sendas buscarei!
Sim!..
Novos rumos seguirei!

Descortinarei os horizontes
-- terei sonhos novos,
ao sabor dos sonhos
que um dia já sonhei e,
sonhanndo qual sonâmbulo
das noites enluaradas
eu em sonho me farei!

No incôgnito encapsulado,
sentirei-me um vazio
de mim mesmo esvasiado;
porém, não ao ponto
de não sentir-me extasiado
-- serei um inusitado.

Do incógnito quero provar a emoção,
Do inesperado sentir quero o impacto,
pelo mergulho, da alma e do corpo,
no infinito do longínquo insondável!..

Procurarei, entre os etéreos, volatizar-me
mas não ao ponto de desafzer-me de mim mesmo.
Quero impregnar-me da morte dos cemitérios, para
sentir a dor dos que ficaram beirando os ermitérios.
Como granizo rolarei dos ceus abaixo
sobre os vetustos campos do paraiso,
que em caindo ainda eu possa sentir a
dor (por instantes) dos dentes de siso.

De plúmbeo peso
quero meus ombros cingir.
Da cor de estanho
quero as minhas faces tingir e,
ao som de um bronze, quero
afinar os meus tímpanos
para que os ouvidos me possam ouvir.

Do clarão relampejante, afoito
luzes quero cantar...
No meu semblante quero gravar
a imagem indestrutível da atômica lei
que aniquilou a Iroshima e Nagazaki!
Quero "masturbar-me" em desejo
na presença venérea do planeta Venus
para gozar as delícias do coito infinito,
envolto nas nuvens,
com estrelas e astros da via-Lactea
e lácteas outra, dos mundos de além!..
Distantes daqui; porém,
de lá, bem aquém!!!

01/15/2010

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