quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um mortal como você

Mortal comum como você.
Só vejo à frente o que me agrada.
Não quero sentir a dor de não ser
um astro -- dentre aqueles astros,
que brilham no céu
acima dos horizontes e que
navegam como navios,
nos mares bravios das
latitudes entre o sul e o norte.

De porte portado
eu não desagrado a quem
quer-me ver desatado dos
laços que trago do berço!..
São laços sutis de desforra, que
não permitem que eu jogue agora
o que se gastou na cisão da masmorra
dos ignóbeis e atávicos modos de ser...

Sou igual a você!
Mas detesto ser caluniado,
não me deixo ser espezinhado;
sou por vezes grosseiro
para não ver-me humilhado.
Sou assim!.. Serei assim!..
De resto, não sou malvado.

Então, vai um sorriso meu...
Não me perceba como um "ao léu".
Tenho visões de coisas boas
-- desejo o mundo sem loas à toa...
Abraços meus são p'ra você:
que esteja firme sempre como um ipê,
um lenho forte que não se corta facil --
tenha idéias, sempre seja você!

Eu sou mortal como você.
Juntos faremos o mundo -- em algo,
conosco se parecer! --- Pode Ser?..

21.jan.2010

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