quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Naquele dia

Naquele dia, um vento gélido rugia,
nuvens espessas,
por sobre os astros, navegavam
-- qual bêbado, sem rumo e sem destino,
pesdas de água, cambaleavam.

Parindo chuvas torrenciais
e, como que pútrido sangue tornado urina,
sobre a terra indefesa
-- queimada pelo sol e ressequida,
vomitavam.

Naquele dia, um vento gélido rugia.
Nuvens espessas,
talvez perdidas sem ter o que fazer,
de água carregadas, navegavam...

10/02/2008

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