sexta-feira, 10 de outubro de 2008

São Paulo, a Metrópole

São Paulo, a grande metrópole
-- um gordo super mercado,
em permanente liquidação...

Não de produtos perecíveis,
da produção dos homens,
mas de almas humanas...

Algumas delas destroçadas
outras ainda, desavisadas e,
todas, tomadas de emoção!

Bola de Neve -- super produto
que anestesia toda a razão.
Embala tudo na sensação!..

Canto estridente, onipresente
que tange as cordas de uma viola
-- um rock puro... É, meu irmão!

Da "Nova Era", tem-se de tudo.
Desde as idéias do "positivo"
até o despreso do "volitivo"...

Apenas deve seguir-se o script,
de um dos gurus, da promoção
-- de vida farta, de boa ação!

Pagar carnê de apontamentos,
de estar em dia, no comungar
dos que por ti dizem pensar.

Das Assembléias da decisão
se tira apenas uma menção:
"a Salvação se compra", irmão!

O sincretismo tomou a todos.
Não se permite mais distinção
-- sendo unidos, por que a Razão?

56 mil seitas e religiões. Igrejas,
as há aos mil montões... Brasil!
Acorda! Por que tantos senões?

É porta de uma oficina de lazer
-- ali, de fato, um "templo" será.
Até que o seu fautor o desfará.

O nome? Pouco ou nada importa.
Poderá ser igreja, comunidade, ou
coisa que lembre uma rica torta...

Mesmo, logo depois, não haverá
quem dele conte algo -- Apenas,
tão só, como tapete, pisado será.

Doutrinas? Não delas se precisa.
Elas fazem pensar e refletir...
Por que uma Igreja deve existir?

Melhor assim, num só balaio,
misturem-se as concepções e,
de soslaio, se façam as promoções.

Todos terão um ganho... Exceto,
os mais coitados e os desavisados
que não se incluiram no tablado!..

10/10/2008

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