terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Aos que se foram, sem terem nascido

De frágil feto não passaste!
Na escuridão tubária, oh!,
Tu, que tanto prometeste,
de modo inglório findaste...

Não conheceste tu, nem mágoas,
nem térreos plurdissabores...
Não navegaste pelas águas
de sulfuroso mar de faces áscuas.

Repousa, pois, eternamente
na tua ingênua solidão!..
Tiveste sorte mais que a gente.

Oh, não! Saudades não sentiste.
Da proto-cósmica mundivisão;
antes mesmo de nascer, fugiste.

01/20/2009

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