Ele é um poeta louco.
Cabelos longos
barba cerrada;
por entre os lábios,
da boca entreaberta,
dentes brilham
de cor marfim.
Gesticula muito,
fala bastante e
sorridente diz:
Sou filho das selvas.
Nas minhas veias
corre o sangue tupi;
conheço de cor
o canto dos bem-te-vi'.
Ele é um poeta louco.
Diz mais do que sabe.
E o que sabe, não diz.
Para ele versejar
é tão facil -- vejam só:
como soltar fumaça
pelos buracos do nariz!
Ele é um poeta louco.
Jorra seus cantos
qual um chafariz,
no largo da praça da matriz.
Ele sorri e gesticula,
porque é um poeta, ou
porque é um feliz?
01/21/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário