terça-feira, 27 de janeiro de 2009

No vórtice do progresso

De solidão soturna fantasiados,
milhões de homens robotizados
perambulam pelas calçadas.
Sós... Despersonalizados!

A máquina se ri, de si por si,
no ranger enferrujado das engrenajens.
Está tudo desolado. Ou, quase tudo...

Queimadas foram as últimas pastagens.
No crepitar das folhas secas
ressoa um cântico saudoso
dos tempos em que a lua
ainda sentia-se amada,
o sol ainda era um astro febril
e, nas tardes de verão, resplandecia.

Hoje, tudo é tão diferente!

No vórtice do progresso
sustem-se só quem pode equilibrar-sejavascript:void(0)
qual trapezista de um circo decadente.

Milhões de homens robotizados
se esboroam na vertigem do vai-e-vem.

01/27/2009

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