Taras H. Chevchenko
1841 St. Petersburg
Introdução ao poema dedicado à sua amiga de infância "Maryana-Chernytsya"
(o nome verdadeiro era Oksana Kovalenko). O poema descreve a sua sorte desdita.
Tradução de Mykola Szoma (Shchoma Mykola Opanasovych)
***
Conversa o vento com os bosques
-- confabula com os carriços;
pelas águas do Danúbio,
suavemente, deslisa uma jangada.
Jangada cheia de água,
ninguém a interceptará.
-- Um pescador;
quem o deteria, no mundo não há.
A jangada foi para o mar azul, que,
enfurecido, encapelou-se.
Em vagas gigantes -- como se em montes,
o mar transformou-se;
da jangada nem lasca de um cavaco notou-se.
Não longo o caminho -- como o foi da jangada,
até as águas dos mares azuis --
terá uma órfã para as terras estranhas,
depois lá, desventuras e dores...
Então, gente boa fará pouco caso do acaso,
como as ondas gigantes geladas e,
depois, apenas ouvirão o choro da órfã...
Se alguém perguntar "onde está a esquecida?" --
dirão que ninguém a viu nem o seu lamento se ouviu.
03/13/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário