Seu Bento era um bento "capelão";
não de qualquer capela, mas de irmãos.
Exercia o seu papel não como o papel,
mas como um grandioso "papelão" --
havia, na família sua, um grande rachão.
A sogra Isma, parecia uma taquara.
Quando rachada, não soa nem na marra.
Mas ela ao saber não se dava -- cantar e
cantar... A todo custo se apresentava...
E cantava, que a dor de dor se espantava.
Foi a tanto tempo, que nem me lembrava.
Hoje, por acaso, acordei e vi que sonhava.
Estava lá nos Campos Gerais. Chovia...
A lua já não brilhava. O dia clareava -- até
poderia ter sido a madrugada que entrava.
Mas vejam só, quem na estória adentrava.
Era ela. -- A "tia". Aquela, que a cegonha,
ao meu pai, por alguma razão a deixava...
Era e será a irmã que não podia faltar, não!
- Junto a Isma, e com ela, a dupla formava.
Foi ali que o começo se iniciava. -- A troca
da toca se fez por um triz... Cantar quis e,
por nada e de nada, perdeu o próprio nariz.
Seguiu os conselhos do "capelão" -- agora,
um simples chapelão. Feito de "papelão"!..
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