Às margens da Babilônia,
cantamos as nossas canções
-- são gospel de ilusões!
Não há salgueiros,
foram todos cortados
-- apenas secas relvas rastejam.
Nem os capins-gordura vicejam.
Aqueles que se diziam
terem barba de Arão...
-- Todos medream!
Os cativos se encantaram
e aos cantos de encantos,
ao som dos acalantos
e dos búzios frutuosos,
se entregaram... -- Gostaram!
Gostaram tanto,
que até se algemaram.
E gostaram!..
Os opressores os ataram:
pediram os seus cantos e,
ao lado deles, juntos com
-- também cantaram.
Disseram-lhes, às palmas:
Cantem-nos e nos encantem
com os seus cantos santos!
Pode ser gospel.
Podem ser prantos.
Senhores somos.
Pagamos, ao peso de ouro:
Dêem-nos o gospel de ilusões!
Um gospel de paladar nosso.
Que tenha um rebolado apimentado.
Bem temperado!
Que arrase os alicerces das multidões.
Não deixe a pedra sobre pedra
-- que tudo seja ao som abafado
nas mofadas criptas dos grotões.
Então, teremos reconstruido a Babilônia
e seremos verdadeiros filhos de Edom!..
Ao som de canções gospel de ilusões...
12/14/2009
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