quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Milhares de cruzes

Olhei para os espaços à frente,
notei milhares de cruzes fincadas.
Eram cruzes de todos os tempos
que veneravam os que já partiram.
Aqueles que um dia viveram aqui,
como nós labutaram e, sumiram!..

Pequenos e grandes. Nivelados,
na morte certeira, todos se viram.
A terra pisaram, de todas as laias
os homens seus feitos deixaram.
Porém, da morte não escaparam.
Os seus poderios a nada valeram.

Olhei para os espaços à frente,
milhares de cruzes zumbiram --
não eram as vozes dos mortos;
eram os ventos que sibilaram...
Trançando por entre as cruzes,
pela vez derradeira dançaram!..

Pequenas e grandes. Milhares!
Eram cruzes de matizes diversas,
desbotadas pelo tempo e cinzas,
coloridas de estilo. Havia no meio
uma cruz diferente. Monumento?
Talvez homenageasse algum Grilo.

02/12/2009

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