domingo, 1 de fevereiro de 2009

Em memória a uma amiga dos meus amigos

-- a Doroty. Não a conheci.
Poema escrito em 5.4.1984

Eu sempre quis falar contigo;
agora, é tarde.
Tu não estás!..

Partiste assim inesperadamente,
sem te despedires de ninguém...
Levaste mágoa ou desavença?
Ninguém o sabe. Nem eu, também.

Por que partiste sem um adeus?
Por que deixaste os amigos e os teus?
Por que?

Por que a dor da tua ausência
terá de agora a nos torturar?
Será porque não soubemos
um pouco mais em ti confiar?
Será porque não soubemos te amar?

Dorô!
Tu partiste... saudades deixaste.
A tua ausência é triste...
Por que tão cedo de nós te apartaste?

Eu sempre quis falar contigo
e tu soubeste disto sempre...
Agora é tarde,
tu não estás.

Quem sabe um dia, lá no além,
além das nuvens e das estrelas
e, mais além dos espaços siderais,
destino tenha nos reservado um encontro
-- espera por nós!
Não mais falharemos. Jamais...

Partiste assim inesperadamente,
mas, na lembrança de todos, persistirás,
porque marcaste indelevelmente
nos corações e no tempo,
com o teu modo donairoso de ser,
a tua estada temporal.

Dorô!
Tu foste uma estrela ignota.
Agora, tu és uma estrela sem par.

Eternamente tu serás
e estarás pairando por sobre as sombras,
porque és luz e brilharás para sempre.

Já foste massa feita de água e pó,
sentiste desejos e tiveste fome;
hoje, és uma estrela cortando horizontes
não mais experimentas dores
nem tens mais saudades
-- teu mundo, agora, é um mundo de flores.

Dorô, continuará o teu nome
e, na nossa lembrança, assim tu serás!.

02/01/2009

Nenhum comentário: