I
Que cessem, da morte os canhões,
o seu fúnebre canto!
Ressoem os sinos da paz
-- o canto dos homens de boa vontade
na busca efetiva de amor entre os pares
nos laços fraternos de real amizade!..
Não chorem mais os velhos
-- vencidos guerreiros
pelas lutas do dia-a-dia.
Seus feitos, jamais esquecidos,
serão venerados e tidos bem-feitos.
Crianças não chorem
-- não há mais a fome.
Brinquedos, vestidos,
a todos, aos montes.
Escola, cadernos e lápis e mestres
-- são todos amigos!
Sorriso nos lábios. Desejos antigos.
Casais separados não mais se hostilizam.
Educam seus filhos e se realizam.
Tudo é tão calmo, parece um nirvana.
II
Do éden o aroma perfuma os espaços
e frutos e flores de líricas cores,
de olores suaves percorrem airios:
os montes e vales
escarpados e serras
estepes e prados
rochedos
areias
e mares bravios e rios e lagos...
As nuvens e as vagas dos mares,
num coro sublime, polifonam
as suas ondúleas vibrações.
III
Dobrai os sinos o seu último canto funéreo.
Da guerra os funerais clamai!..
A paz venceu!
-- Vitória! Vitória! Proclamai.
Aos quatro ventos dos hemisférios
a paz vencendo anunciai!
IV
Tres cruzes altas de concreto
na terra ensanguentada ancorados
serão lembrança triste do passado
-- de ódio e de vingança,
para sempre enterradas.
V
Que cessem, da morte os canhões, o seu fúnebre canto!.
Que bradem, os sinos da paz, tangendo canções de acalanto!
O mundo livrou-se do medo e do pranto. São todos irmãos...
Ecoam canções, por todas as partes, de amor, não de espanto!
02/20/2009
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