Poema de 1984
Com cada caneta, que de mim você ganhou,
escreva o meu nome no seu coração...
Em tinta vermelha e calque bem forte, para que
se assemelhe à dor dolorida da minha paixão!..
Com cada caneta, que de mim você ganhou,
escreva as lembranças que ainda restaram...
Em tinta azul, mas não calque tão forte, para que
não se transporte às páginas limpas nova ilusão.
Com cada caneta, que de mim você ganhou,
escreva poemas, canções e floreios...
Em tinta azul e vermelha e chore para afogar-se
na saudade que a sua sudade em mim provocou.
Com cada caneta, que de mim você ganhou,
escreva o meu nome e anote as memórias de cada
nosso momento, com a tinta -- de que cor seja,
que no tinteiro ainda restou, que você surrupiou!
Ao final, as canetas, que de mim você ganhou,
quebre-as todas... Rasure as notas que você anotou.
Separe as suas lembranças das minhas... Findou!
O meu coração não mais vive. -- Também, se apagou.
02/01/2009
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