Cantem! Cantem!
Cantem um cântico novo.
Encham os cântaros
de cantigas de encanto
que elas efluam
por todos os lados,
vertendo transbordos
para fora das suas paredes...
Cantem! Cantem!
Cantem que o canto é lindo,
quando é cantado
por todos os cantadores,
por todos os homens
e mulheres da Terra.
Que cantos evoluam
como serpentes gigantes,
com seus braços airosos
abracem as gargantas de todos
que dispostos se ponham
a cantar da vida os encantos...
Que os deuses do mundo
se curvem -- de agora em diante,
não há mais que o Deus poderoso.
E os outros, invenções são dos homens
que, ao uivar dos ventos bravios,
se perdem à toa -- como a brisa
se espraia à luz de uma linda manhã.
Nada lhe resta à tarde
que ao sol foi queimada
pois não passara de uma simples cortesã.
Cantem! Cantem!
Cantem um cântico devido
de oferendas cravejado
despoluido, de coração puro
em uníssono e afinado!
Nos átrios do Senhor
que o nome dele seja, dignamente, venerado!
Que cante toda a Terra --
que brame o mar e a sua plenitude.
Cantem! Cantem!
Cantem todos um cântico novo.
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