A sua vida não é real;
você é todo (a) virtual!..
Vive de outrem,
até no Carnaval e diz:
"eu sou o (a) tal!".
Porém, você não é real.
É todo, dos pés à cabeça
é virtual -- a sua alma,
se por acaso a tem,
não mais sua. É toda
recauchutada --
todinha artificial.
Você se diz incrementado;
porque, tens aparência de
apimentado social -- bem
temperado do correto social.
Mas, quero fazer-lhe uma
pergunta simples:
você se indagou, alguma vez,
o que dizer-se diz, quando se
diz que um ser de fato é social?
A coisa é esta... Tal e qual!
Preste atenção!
Mais facil é encontrar-se
num bananal do que
perder-se num emaranhado
de um "lindo" cunho
(ou rascunho) social.
Quiz dizer isso mesmo
na qualidade de poeta,
desses que fala muito
e nada faz de mal...
Eu, cá do meu lado.
Você, lá do seu lugar
continua sendo um virtual.
O seu dente pivotado,
foi de porcelana incrementado;
o estômago "cortado", mantém
o trânsito "intra" seu desviado;
o seu nariz arrebitado foi, para
que tenha mais valia de mercado.
Da sua carteira o dinheiro "vivo"
foi trocado por um plástico pintado
-- dá-lhe mais possibilidades e
lhe tira quase todas as liberdades!
Seus negócios são aqueles os
que possam render mais prazeres
-- mas, é claro, não a você; a seus
sábios credores que se sustentam
sob os auspícios de seus sonhos.
E haja sonhos! Que o diga você!..
A sua vida não é real;
você é todo (a) virtual!..
Até parece um Carnaval.
Começa em fevereiro e
termina só no Natal...
Nos intervalos entre os dois
a vida é se matar. Não se pode
ficar "atrás" dos outros --
afinal, a vida é quase toda social.
Em nada se parece com você
nem com os seus
-- familiares,
-- filhos,
-- pais,
-- amigos,
-- os residentes ao seu redor...
Você deve mostrar-se diferenciado (a)
para que seja notado (a) e,
então,
será feliz até o final...
-- Final do que?
Saber resposta é um tanto banal!
Esqueço a pergunta. E digo:
by! by!
Meu ou minha irreal --
o (a) virtual.
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