sábado, 7 de novembro de 2009

Quo vadis, Saci!

Saci...
Quo vadis?
Cadê você?
Aonde vai, por que?
De onde vem, trazendo o que?
Por que?

Se perguntar
"ser ou não ser"
será igual ao
"to be, or not to be"?
-- Por esta, eu acho que respondi!
Mas na linguagem dos Tupi
com os percalços do descalço Saci.

Dizem que em Nairobi
coisa tal já tem se visto;
porém, não comenta nada quanto a isto.
Mas eu insisto e faço uma nova indagação
"to be or not to be" será igual ao ser ou não?
O que acha você, meu irmão.
Responda-me de antemão --
sem se ater ao palavrão do pregão
da Bolsa de Valores dos ricos,
aqueles que nem sabem que existe
um tal de sertão. É sim, meu irmão!

Este poema -- um poemeto salafrário
que deveria estar na boca todos os dias
dos homens de bem; pelo contrário,
está saindo aqui da minha pena
com vontade de voar, feito
uma pequena ave serena!
Coitado!
Não tem asas
nem está coberto de penas
nem parece conhecer a Atenas
-- para alguns uma cidade grega
que teria se erigido por alfenas.
Que intrepidez esta minha
misturando o trabalho dos humanos
com a beleza das flores -- alfenas...
São oleáceas brancas de negras bagas
encanto dos botânicos e de suas plagas.

Epa!
Já estou distante o bastante
e quase estou me perdendo.
Vou retornar ao passado;
talvez, ao começo deste evento
de escrever um poema rebento,
que jorrasse de si um dvento --
literalmente, até purulento...
Será que eu aguento?
Mas é este o meu intento!
Vou me acomodar no meu assento
e passar a relatar o começo da pergunta
"quo vadis"?.

Ei, você! Fique atento.

-- "Quo Vadis" foi um grande evento.
A perseguição romana aos cristãos --
por Nero, do século um do cristão advento.
A saga foi traçada por Henryk Sienkiewicz,
um polaco do russo império purulento.

-- Saci
de nome Pererê, que tinha uma perna só,
usava gorro vermelho e um cachimbo.
Brincalhão e divertido
vive nas matas, aprontando travessuras --
assustando cavalos, emitindo ruidos; porém,
não faz mal a ninguém.
31 de outubro é o seu dia -- o dia do Sacit...

-- "to be, or not to be"?
Agora, você me pegou. Nem sei porque
eu encaixei esta "frase" estranha aqui!..
Em todo caso, vamos lá. Explicarei.
A frase é de William Shakespeare
-- de Hamlet o interior solilóquio
que se pergunta a sua parte
no patamar da sua patopéia;
que, na verdade, diz
cabe a nós fazermos a nossa posição
sem apelarmos para nenhuma petição.
"Ser, ou não ser" -- em português
eu digo assim
para crescer, para nada copiar dos outros.
Aliás, também tenho desejo de vencer!..

Já em Tupi
eu me prendi
para trazer as origens do Saci,
um brasileiro nato.
Graças ao Moneiro Lobato, acho que consegui

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