terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eras um dia algo

Quando as lágrimas tombarem
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete estendido dos orientais,

dos teus amigos lembrarás e tu
-- como que de retorno aos idos
terás sentido a falta dela e, mais
ainda, relembrarás os sonhos --

que já ruiram quais dominós
que se partiram nos disfarces
carnavalescos de uma túnica
-- sem mangas e sem braços.

De capuz que escondeu a paz,
não retsrama nem as sombras
dos teus dias sonambúlicos de
de ventríloquo astuto e sagaz!..

Eras um dia algo. Nada és mais!
Eras algo, porque não eras gente
- fazias coisas sem pensar! Logo,
se não pensavas, ...não existias!

Não existindo, simplesmente...ias
te deslocando aos ventos cardiais.
Dos movimentos peristálticos dos
outros -- chamados seres virais...

Quando as lágrimas tombarem
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete. Sentirás-te um patuá!..

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