quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Enfoque do toque

A libido estocada,
explode ao toque da mão;
ao toque de palmas,
se acendem do quarto as luzes;
da sala o abajur se abaga ao toque da voz
e, ao toque do ego de uma mulher,
o homem consegue romper a sua cortina
que dá-lhe a primícia de ser a rainha nas
coisas da terra -- inclusive, nas do amor.

E tudo a um simples toque. Sim, senhor!

Com um toque de dedo
se liga o celular,
se disca o destino a chamar e
se aguarda do desejado o falar,
o da pessoa de quem
já se tem a saudade --
por mais distante que ela possa estar.
Com o toque do dedo, também,
se digita a conta do seviço a debitar!..

Com o toque do dedo,
no gatilho de uma arma moderna,
se faz a morte
-- as vidas de outrem --
para outra "vida" levar...
Não se pergunta nem o porque
de toque tamanho
não mais a ninguém incomodar!

Será porque a psicologia do toque,
se faça presença constante na vida
e, por si só se explique:
que existe no toque um algo de fato
que só pelo tato dá a razão de estar?
É bom meditar!

-- Não é preciso explicar.
Apenas pensar de como
alguns toques se possa evitar.

Já um toque de viola, craviola, ou
de algumas teclas de um piano
-- ao som de um cantar,
mesmo os dos cantos daqueles
não sendo os dos profanos,
se possa a alma tocar...

Não basta tocar, com o toque de um dedo,
o controle remoto para na TV mudar um canal.
Com um toque, de mão ou de um dedo,
toca-se em tudo e, tocando-se em tudo,
tudo pode-se parar!. É só pensar!..

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