Idiota perfumado
é menos inteligente
que o perfume que usa.
A prova está no perfume usado --
quanto mais forte e nauseabundo,
mais indica que o usuário é insosso
-- de baixo do perfumado
só um cesto de ossos
cheio de carboidratos,
já digeridos e incorporados...
Idiotizar-se é o seu campo ideal.
Não ter posição, para não se opor
-- a vida "lógica" é não polemizar!
"Viver" sugando as "idéias" de outrem,
caso as venha captar... E só "caminhar".
Na verdade, arrastando-se na maionese
de salada de outras verduras, misturada
com sais ao vinagre, pimenta, mostarda
e alguns ovos batidos. ... de codorna ou
de galinha, de preferência, sortidos...
No cotidiano,
o ato normal idiotiano
é imitar um avestruz: é
meter a cabeça perfumada
num incolorido capuz...
12/24/2009
Aqui publicarei os meus escritos ---- versos, poemas e poemetos.
Fico grato, desde já, se você se dignar a lê-los. Ao menos, levemente.
Ao seu dispor, agora e eternamente.
Mykola Szoma
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Eu sou -- Poema 1
Poema 1
Nélia dos Santos Szoma
Eu sou o que ninguém vê
Eu sou a nuvem
que voa pelos espaços azuis do ceu;
eu sou o barco
que navega pelas ondas do mar afora,
levando corações apaixonados.
Eu sou a folha caida
que tombou pelas ruas em busca de você...
Também, sou como uma estrela
que brilha com a luz das noites frias,
iluminando as cachoeiras que cortam as rochas
dos íngremes escarpados da vida
pelos quais passa você...
Às vezes, sou vento
que levanta as ondas dos mares
para molhar as beiradas da terra
para que ela produza as flores --
que desabrochem nos ondulados caminhos
pelos quais passa você!..
Eu sou tudo isso;
porém, quase ninguém me vê.
Nem mesmo você!
12/23/2009
Nélia dos Santos Szoma
Eu sou o que ninguém vê
Eu sou a nuvem
que voa pelos espaços azuis do ceu;
eu sou o barco
que navega pelas ondas do mar afora,
levando corações apaixonados.
Eu sou a folha caida
que tombou pelas ruas em busca de você...
Também, sou como uma estrela
que brilha com a luz das noites frias,
iluminando as cachoeiras que cortam as rochas
dos íngremes escarpados da vida
pelos quais passa você...
Às vezes, sou vento
que levanta as ondas dos mares
para molhar as beiradas da terra
para que ela produza as flores --
que desabrochem nos ondulados caminhos
pelos quais passa você!..
Eu sou tudo isso;
porém, quase ninguém me vê.
Nem mesmo você!
12/23/2009
Eu sou -- Poema 1
Poema 1
Nélia dos Santos Szoma
Eu sou o que ninguém vê
Eu sou a nuvem
que voa pelos espaços azuis do ceu;
eu sou o barco
que navega pelas ondas do mar afora,
levando corações apaixonados.
Eu sou a folha caida
que tombou pelas ruas em busca de você...
Também, sou como uma estrela
que brilha com a luz das noites frias,
iluminando as cachoeiras que cortam as rochas
dos íngremes escarpados da vida
pelos quais passa você...
Às vezes, sou vento
que levanta as ondas dos mares
para molhar as beiradas da terra
para que ela produza as flores --
que desabrochem nos ondulados caminhos
pelos quais passa você!..
Eu sou tudo isso;
porém, quase ninguém me vê.
Nem mesmo você!
12/23/2009
Nélia dos Santos Szoma
Eu sou o que ninguém vê
Eu sou a nuvem
que voa pelos espaços azuis do ceu;
eu sou o barco
que navega pelas ondas do mar afora,
levando corações apaixonados.
Eu sou a folha caida
que tombou pelas ruas em busca de você...
Também, sou como uma estrela
que brilha com a luz das noites frias,
iluminando as cachoeiras que cortam as rochas
dos íngremes escarpados da vida
pelos quais passa você...
Às vezes, sou vento
que levanta as ondas dos mares
para molhar as beiradas da terra
para que ela produza as flores --
que desabrochem nos ondulados caminhos
pelos quais passa você!..
Eu sou tudo isso;
porém, quase ninguém me vê.
Nem mesmo você!
12/23/2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Ao telefone
Ao telefone
De "Antigos Poemas" de
Piterka Badmaieva Olga
Tradução do russo por Mykola Szoma
... Eu voltarei e telefonarei para você,
não sinta saudades minhas!
Sintamos, como se fosse um beijo, a sua voz ao telefone
aqui comigo, eu grito -- Não parta!
Desabafando, rio em voz alta
como um gracejo da despedida...
Mas, a separação será breve,
apenas por três dias e,
eu já sinto o medo da espera
de saudades suas
-- assim, doridamente,
a alma congelar!
Minhas amigas de quatro patas
literalmente, tudo entenderam e me acariciam
até a Bacya, que é feroz e desajeitada,
não sei porque, não está me censurando.
----------------------------
Dirijo-me à varanda,
mergulhando-me na escuridão,
lanço o meu ohar sobre a cidade da meia noite
e lanço, de novo, meus pensamento para você.
Eu sei que tudo, entre nós, está precariamente.
----------------------------------------------------------------------
De "Antigos Poemas" de
Piterka Badmaieva Olga
Tradução do russo por Mykola Szoma
... Eu voltarei e telefonarei para você,
não sinta saudades minhas!
Sintamos, como se fosse um beijo, a sua voz ao telefone
aqui comigo, eu grito -- Não parta!
Desabafando, rio em voz alta
como um gracejo da despedida...
Mas, a separação será breve,
apenas por três dias e,
eu já sinto o medo da espera
de saudades suas
-- assim, doridamente,
a alma congelar!
Minhas amigas de quatro patas
literalmente, tudo entenderam e me acariciam
até a Bacya, que é feroz e desajeitada,
não sei porque, não está me censurando.
----------------------------
Dirijo-me à varanda,
mergulhando-me na escuridão,
lanço o meu ohar sobre a cidade da meia noite
e lanço, de novo, meus pensamento para você.
Eu sei que tudo, entre nós, está precariamente.
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Grosseto de Toscana
Aversão ao fascismo arrogante
invade as estradas de Grosseto.
O poder absoluto mata as liberdades,
o indivíduo e a sua solúvel solidão.
Conspiradores que não conspiram:
amigos do subversivo Mariani.
Em pensamentos solitários e confusos
combatem aos filo-fascistas de Toscana.
Mas a sua luta não é com armas.
É, na ausência delas que conta o seu poder.
É o desvio de um homem do rebanho
que fará cair por terra todo o mal!
Sem ter paixão de mártir,
num grupo social mutante,
o melhor é estar calado.
O melhor é mesmo estar calado
entre os companheiros da solidão!
Que narre a história os devaneios
do poderoso contra os indefesos!..
Na arte do silêncio de uma folha
imprimirei os escassos fatos... Ó!
Os fatos de Grosseto de Toscana!
Fugir o deformado corpo de crianças,
porque a paz não há de rsidir nos seres vivos?
A esperança é um fruto
que apodrece em nossas mãos!
Na solidão de Mariani
na distante Grosseto
nasce um cântico de dor e de libertação...
Nos escritos de Alessandro Manzoni.
--- Não leia quem não puder!
Digo sim e, digo não.
E ouça, quem quiser...
Na dança dos blocos ginga do mundo,
no divórcio das falhas geológicas
não se esconde a verdade nua e crua
aos meninos vagabundos da nossa rua!
Aversão ao fascismo arrogante
invade as estradas de Grosseto.
Tenho lido algo assim
em algum lugar. E este poemeto
que seja apenas um simples torpedo
da expressão da verdade de Grosseto.
------------------------------------------------------------------------------
Alessandro Francesco Tommaso Manzoni (1785-1873)
Scrittore e poeta italiano.
12/18/2009
invade as estradas de Grosseto.
O poder absoluto mata as liberdades,
o indivíduo e a sua solúvel solidão.
Conspiradores que não conspiram:
amigos do subversivo Mariani.
Em pensamentos solitários e confusos
combatem aos filo-fascistas de Toscana.
Mas a sua luta não é com armas.
É, na ausência delas que conta o seu poder.
É o desvio de um homem do rebanho
que fará cair por terra todo o mal!
Sem ter paixão de mártir,
num grupo social mutante,
o melhor é estar calado.
O melhor é mesmo estar calado
entre os companheiros da solidão!
Que narre a história os devaneios
do poderoso contra os indefesos!..
Na arte do silêncio de uma folha
imprimirei os escassos fatos... Ó!
Os fatos de Grosseto de Toscana!
Fugir o deformado corpo de crianças,
porque a paz não há de rsidir nos seres vivos?
A esperança é um fruto
que apodrece em nossas mãos!
Na solidão de Mariani
na distante Grosseto
nasce um cântico de dor e de libertação...
Nos escritos de Alessandro Manzoni.
--- Não leia quem não puder!
Digo sim e, digo não.
E ouça, quem quiser...
Na dança dos blocos ginga do mundo,
no divórcio das falhas geológicas
não se esconde a verdade nua e crua
aos meninos vagabundos da nossa rua!
Aversão ao fascismo arrogante
invade as estradas de Grosseto.
Tenho lido algo assim
em algum lugar. E este poemeto
que seja apenas um simples torpedo
da expressão da verdade de Grosseto.
------------------------------------------------------------------------------
Alessandro Francesco Tommaso Manzoni (1785-1873)
Scrittore e poeta italiano.
12/18/2009
Por que demônios?
Na minha ocre solidão de ex-campônio,
que ex não fora de natureza ,
eu tenho a alma simples de um roceiro...
Mora saudade traiçoeira
ardendo qual braseiro
meu peito adentro
que me inflama e me machuca o coração!
Por que demônios?
Por que padece um campônio tanto?
Por que mais sente que os demais?..
Da vida os reveses mais o afetam
será porque tem o coração mais puro
ou porque tem a alma mais ardente
que a mais ardente alma dentre os mortais?
Por que a saudade de um campônio
é mais saudade?.. Mesmo que ex não fora
de natureza, a sua alma camponesa?
Será porque a saudade sua
é uma saudade mais saudade que a saudade
dos saudosistas, que é a mais saudosa dentre
os mortais? -- Não estou pensando demais!..
12/18/2009
que ex não fora de natureza ,
eu tenho a alma simples de um roceiro...
Mora saudade traiçoeira
ardendo qual braseiro
meu peito adentro
que me inflama e me machuca o coração!
Por que demônios?
Por que padece um campônio tanto?
Por que mais sente que os demais?..
Da vida os reveses mais o afetam
será porque tem o coração mais puro
ou porque tem a alma mais ardente
que a mais ardente alma dentre os mortais?
Por que a saudade de um campônio
é mais saudade?.. Mesmo que ex não fora
de natureza, a sua alma camponesa?
Será porque a saudade sua
é uma saudade mais saudade que a saudade
dos saudosistas, que é a mais saudosa dentre
os mortais? -- Não estou pensando demais!..
12/18/2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O recordar dos anos 30 de 1900
Naqueles dias sombrios não se notava a fome.
Pois, era tão presente ela, que o não comer era o normal!
Nem a barriga mais roncava, acostumada que estava
ao "eterno" vazio das tripas.
-- E reclamar para quem e por que? A fome era o normal...
O demais, não passava dos descuidos -- o "sophistiquer!"
de "La Révolution française" -- "à chaque étape"... na terra
dos russos mujique. Derruba-se o reino, em nome de que?
E por que? -- Não responda... Não quero saber!
Qual foi o motivo de tantas desgraças,
na terras dos homens que mais pareciam escravos...
Perderam seus sonhos e seus dias, sem se notarem --
todos passaram, à história, como herdeiros de bravos!..
Cada ser humano,
sentindo-se um desumano,
via no seu semelhante
restos de uma civilização ruindo.
Em cada semblante
reflexo de um rosto disforme
marcado pelo excesso de ossatura
geometricamente irregular
-- apenas cadavérica se via, sem respirar.
Cada corpo que se deslocava,
pelos corredores estreitos da vida,
parecia ser um arcabouço desajeitado
de silos corroidos, dos velhos asilos,
em processo de uma lenta destruição.
Não se houvia prantos... Não os havia.
O chorar não adiantava nem importava
-- a ninguém interessava.
Eram os mujiques russos. E bastava!..
Os sentimentos se desfizeram como fumaça.
O homem rude (que um dia era) perambulava
pelas esquinas da desfeita. Procurava algo --
não achava. "Morte" o buscado se chamava!
Das dez pragas do Egito
a primeira, no cavalo amarelo do quarto selo,
então vingava. E, o cavaleiro do cavalo negro
bestamente cavalgava: como foice e martelo,
firmes na mão, a todos ceifava. E cavalgava!
A fome que era fome de verdade, a todos os
espíritos e a todos os sopros vitais domava!
E todos choravam,
apenas a fome não chorava,
porque não tinha lágrimas --
porque não sentia e não via!
Ela não via, o que se dizia...
Dizia-se à boca pequena --
e todos, pequenos e grandes,
sem terem visto o selo da besta
sentiam sobre os seu ombros
uma ira divina,
mas não os ocidentais -
"a ira dos deuses e dos anjos também
que nos castigue à vontade, porém
não nos jogue além do além! Amen!.."
Anos trinta
foram anos medonhos!.. Tão longos, que
jamais terminavam e, cada vez mais,
os homens que os vivenciavam -- animais
irracionais se tornavam. Não choravam!..
A fome grassava.
Dominava os espaços vitais.
Os campos, que antes floriam,
sem chuva secavam -- não verdejavam mais.
A culpa não era do tempo e sim, dos iguais.
Parreiras murcharam,
seus frutos não deram.
Os trigos tombaram,
não mais vegetaram.
De sede cairam os viventes mortais e,
fracos sumiram no meio dos ossos insossos.
Naqueles dias dos anos sombrios da fome
viveram a morte total os mortais. Todos
sentiram o Apocalipse na carne. Eram assim
de Deus os sinais? E eram severos demais!..
Naqueles anos nauseabundos
cada ser humano via
no semblante do seu semelhante
restos putrefatos de uma civilização ruida.
Não estaria sendo
a "Revolução Francesa" vencida?
12/17/2009
Pois, era tão presente ela, que o não comer era o normal!
Nem a barriga mais roncava, acostumada que estava
ao "eterno" vazio das tripas.
-- E reclamar para quem e por que? A fome era o normal...
O demais, não passava dos descuidos -- o "sophistiquer!"
de "La Révolution française" -- "à chaque étape"... na terra
dos russos mujique. Derruba-se o reino, em nome de que?
E por que? -- Não responda... Não quero saber!
Qual foi o motivo de tantas desgraças,
na terras dos homens que mais pareciam escravos...
Perderam seus sonhos e seus dias, sem se notarem --
todos passaram, à história, como herdeiros de bravos!..
Cada ser humano,
sentindo-se um desumano,
via no seu semelhante
restos de uma civilização ruindo.
Em cada semblante
reflexo de um rosto disforme
marcado pelo excesso de ossatura
geometricamente irregular
-- apenas cadavérica se via, sem respirar.
Cada corpo que se deslocava,
pelos corredores estreitos da vida,
parecia ser um arcabouço desajeitado
de silos corroidos, dos velhos asilos,
em processo de uma lenta destruição.
Não se houvia prantos... Não os havia.
O chorar não adiantava nem importava
-- a ninguém interessava.
Eram os mujiques russos. E bastava!..
Os sentimentos se desfizeram como fumaça.
O homem rude (que um dia era) perambulava
pelas esquinas da desfeita. Procurava algo --
não achava. "Morte" o buscado se chamava!
Das dez pragas do Egito
a primeira, no cavalo amarelo do quarto selo,
então vingava. E, o cavaleiro do cavalo negro
bestamente cavalgava: como foice e martelo,
firmes na mão, a todos ceifava. E cavalgava!
A fome que era fome de verdade, a todos os
espíritos e a todos os sopros vitais domava!
E todos choravam,
apenas a fome não chorava,
porque não tinha lágrimas --
porque não sentia e não via!
Ela não via, o que se dizia...
Dizia-se à boca pequena --
e todos, pequenos e grandes,
sem terem visto o selo da besta
sentiam sobre os seu ombros
uma ira divina,
mas não os ocidentais -
"a ira dos deuses e dos anjos também
que nos castigue à vontade, porém
não nos jogue além do além! Amen!.."
Anos trinta
foram anos medonhos!.. Tão longos, que
jamais terminavam e, cada vez mais,
os homens que os vivenciavam -- animais
irracionais se tornavam. Não choravam!..
A fome grassava.
Dominava os espaços vitais.
Os campos, que antes floriam,
sem chuva secavam -- não verdejavam mais.
A culpa não era do tempo e sim, dos iguais.
Parreiras murcharam,
seus frutos não deram.
Os trigos tombaram,
não mais vegetaram.
De sede cairam os viventes mortais e,
fracos sumiram no meio dos ossos insossos.
Naqueles dias dos anos sombrios da fome
viveram a morte total os mortais. Todos
sentiram o Apocalipse na carne. Eram assim
de Deus os sinais? E eram severos demais!..
Naqueles anos nauseabundos
cada ser humano via
no semblante do seu semelhante
restos putrefatos de uma civilização ruida.
Não estaria sendo
a "Revolução Francesa" vencida?
12/17/2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Tia Mria
Era uma vez uma "tia"
era chamada assim, porque
dizia ter o saber de toda a freguesia.
A todos conhecia, conselhos dava e
não blefava.. -- Quem a conhecesse,
tranquilo não dormiria. De tudo
ela -- a "tia" saberia.
Era assim a sua inusitada sabedoria.
Era isso que, a seu respeito,
ela pensava e dizia. E dizia
para toda a sua freguesia
-- de aconselhados, entre fronteiras,
de sua suserania.
O pior de tudo é que
acreditava naquilo que afirmava.
E dominava... Porém, não faturava,
porque somente o bolso dela é que
se esvasiava. Alegre, ela sorria...
Depois, só na lembrança se lamentava.
Mas, não chorava. Dizia ser forte.
-- A "tia" suportava e não chorava.
Alguns passadistas sentem
dos tempos juvenis dela
uma verdadeita nostalgia.
A freguesia, ao redor dela, só progredia
e só ganhava. Ela crescia, porque
achava que semeava. Resumindo,
todo aquele que a conhecia,
em seu próprio bolso, algo amealhava...
A "tia" sentindo-se gratificada, suspirava!
Carnês plantava
e sustentava grandes negócios de fé.
Alianças de plástico até comprava --
Elas abriam as portas do paraiso
para quem nelas depositasse
quantias substantivas nos portos de areia;
e, dos construtores de gigantescas balsas,
para as armadouras dos navegantes sem fé.
Assim caminhava e caminha a humanidade.
Baseando-se na credibilidade dos outros,
pode-se provar que os ventos não sopram e
que as chuvas não chovem. Apenas tomar
a posse, do possuido pelos outros; depois,
só arrastar o pé. Para alguém dizer:
"é, não tem fé...". Um outro, vai sugerir:
"um bom carnê resolve tudo, mesmo sem fé".
12/16/2009
era chamada assim, porque
dizia ter o saber de toda a freguesia.
A todos conhecia, conselhos dava e
não blefava.. -- Quem a conhecesse,
tranquilo não dormiria. De tudo
ela -- a "tia" saberia.
Era assim a sua inusitada sabedoria.
Era isso que, a seu respeito,
ela pensava e dizia. E dizia
para toda a sua freguesia
-- de aconselhados, entre fronteiras,
de sua suserania.
O pior de tudo é que
acreditava naquilo que afirmava.
E dominava... Porém, não faturava,
porque somente o bolso dela é que
se esvasiava. Alegre, ela sorria...
Depois, só na lembrança se lamentava.
Mas, não chorava. Dizia ser forte.
-- A "tia" suportava e não chorava.
Alguns passadistas sentem
dos tempos juvenis dela
uma verdadeita nostalgia.
A freguesia, ao redor dela, só progredia
e só ganhava. Ela crescia, porque
achava que semeava. Resumindo,
todo aquele que a conhecia,
em seu próprio bolso, algo amealhava...
A "tia" sentindo-se gratificada, suspirava!
Carnês plantava
e sustentava grandes negócios de fé.
Alianças de plástico até comprava --
Elas abriam as portas do paraiso
para quem nelas depositasse
quantias substantivas nos portos de areia;
e, dos construtores de gigantescas balsas,
para as armadouras dos navegantes sem fé.
Assim caminhava e caminha a humanidade.
Baseando-se na credibilidade dos outros,
pode-se provar que os ventos não sopram e
que as chuvas não chovem. Apenas tomar
a posse, do possuido pelos outros; depois,
só arrastar o pé. Para alguém dizer:
"é, não tem fé...". Um outro, vai sugerir:
"um bom carnê resolve tudo, mesmo sem fé".
12/16/2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Salmo 139
Ao começar pensar, já estou pensando.
Os pensamentos meus todos, Ele os vê
e deles tira pouco proveito -- são inúteis.
Porque são meus, de fraco conteúdo e,
porque incosistentes, não passam pelo
crivo do julgamento Seu. E sei porque!..
Porque sou um caído -- do jardim Éden
fui expulso como um transgressor. Traí
a confiança do Poderoso. Do Criador!..
Ele cercou-me por todos os lados.
Criou limites ao meu caminhar...
Posso andar somente pelas sendas
dos Seus desígnios, sem me desviar.
Nem poderia me afogar nos fundos
do mar revolto, por entre as ondas,
como um peixe, me esconder. Ele
ali estará me vendo e me fará soer.
Mas, a sua face não me apavora,
porque encontro nela da bondade
o perdão. Ele estende-me a mão,
e dá-me a proteção. Afogar-me?..
Oh! Não, e não!..
Seguro posso estar na dEle mão.
Depois de expulso, lá do Éden --
amargo aprendi a lição: Perdão!..
Não me aborreço com os malfeitores;
pois são inimigos de si mesmos e de
seus parcos valores. Vindita terão --
sem por isso esperar. Terão de pagar!
Os pensares meus, de fraco conteúdo,
porque incosistentes, não passam pelo
crivo do julgamento Seu. E sei porque!..
Porque do jardim Éden sou um caído --
fui expulso como um transgressor. Traí
a confiança do Poderoso. Do Criador!..
12/15/2009
Os pensamentos meus todos, Ele os vê
e deles tira pouco proveito -- são inúteis.
Porque são meus, de fraco conteúdo e,
porque incosistentes, não passam pelo
crivo do julgamento Seu. E sei porque!..
Porque sou um caído -- do jardim Éden
fui expulso como um transgressor. Traí
a confiança do Poderoso. Do Criador!..
Ele cercou-me por todos os lados.
Criou limites ao meu caminhar...
Posso andar somente pelas sendas
dos Seus desígnios, sem me desviar.
Nem poderia me afogar nos fundos
do mar revolto, por entre as ondas,
como um peixe, me esconder. Ele
ali estará me vendo e me fará soer.
Mas, a sua face não me apavora,
porque encontro nela da bondade
o perdão. Ele estende-me a mão,
e dá-me a proteção. Afogar-me?..
Oh! Não, e não!..
Seguro posso estar na dEle mão.
Depois de expulso, lá do Éden --
amargo aprendi a lição: Perdão!..
Não me aborreço com os malfeitores;
pois são inimigos de si mesmos e de
seus parcos valores. Vindita terão --
sem por isso esperar. Terão de pagar!
Os pensares meus, de fraco conteúdo,
porque incosistentes, não passam pelo
crivo do julgamento Seu. E sei porque!..
Porque do jardim Éden sou um caído --
fui expulso como um transgressor. Traí
a confiança do Poderoso. Do Criador!..
12/15/2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A Severina, não!
Ele é fora de série.
Até parece um menestrel
-- canta seus cantos
como se forem comprimidos
para dores de cabeça,
de quem dela não pode se livrar
delas. Mas, tem de ser a
dor de cabeça de uma mulher...
Ele é Robert!
O dito foi: tem grude pelas mãos
e o prazo, jamais vencido está...
Mas, o reverso não lhe agrada --
sempre está no prejuizo. Embora,
de papo agradável, tudo lhe é farsa.
Em troca, tem apenas o cutucar --
na popular butique da Severina;
ficando-lhe, depois, a conta a pagar!
Dizem que a Severina sabe nadar,
nas águas dos rios naturais e
nas fundas piscinas de vitrais.
No fundo, ele é um trabalhador.
Batalha muito, não ganha tanto... Mas
o que consegue, elas -- irmãs da Severina,
lapidam mais depressa que se dê a conta e
o menestrel "sabido" fica só com o lápis na mão,
ainda bem que pode, fazendo a conta.
Espero que um dia a consciência dele
de algum modo desponte: a real situação
ele entenda, de uma vez, e a afronte.
Alguma Severina talvez lhe aponte!..
Por enquanto,
só vejo uma coleção de esquecidas
no seu abrigo incluidas -- que nada
podem oferecer... Apenas sabem lapidar
os outros -- aqueles
que não aprenderam a se defender!
Direi como uma dica -- não é conselho, não!
O cutucar butique da Severina, não vale a pena
se a pena for viver, todos os dias, nas mãos da
mísera e miserável cantiga da enganação.
Cuidado! A Severina, não!
12/14/2009
Até parece um menestrel
-- canta seus cantos
como se forem comprimidos
para dores de cabeça,
de quem dela não pode se livrar
delas. Mas, tem de ser a
dor de cabeça de uma mulher...
Ele é Robert!
O dito foi: tem grude pelas mãos
e o prazo, jamais vencido está...
Mas, o reverso não lhe agrada --
sempre está no prejuizo. Embora,
de papo agradável, tudo lhe é farsa.
Em troca, tem apenas o cutucar --
na popular butique da Severina;
ficando-lhe, depois, a conta a pagar!
Dizem que a Severina sabe nadar,
nas águas dos rios naturais e
nas fundas piscinas de vitrais.
No fundo, ele é um trabalhador.
Batalha muito, não ganha tanto... Mas
o que consegue, elas -- irmãs da Severina,
lapidam mais depressa que se dê a conta e
o menestrel "sabido" fica só com o lápis na mão,
ainda bem que pode, fazendo a conta.
Espero que um dia a consciência dele
de algum modo desponte: a real situação
ele entenda, de uma vez, e a afronte.
Alguma Severina talvez lhe aponte!..
Por enquanto,
só vejo uma coleção de esquecidas
no seu abrigo incluidas -- que nada
podem oferecer... Apenas sabem lapidar
os outros -- aqueles
que não aprenderam a se defender!
Direi como uma dica -- não é conselho, não!
O cutucar butique da Severina, não vale a pena
se a pena for viver, todos os dias, nas mãos da
mísera e miserável cantiga da enganação.
Cuidado! A Severina, não!
12/14/2009
Salmo 137
Às margens da Babilônia,
cantamos as nossas canções
-- são gospel de ilusões!
Não há salgueiros,
foram todos cortados
-- apenas secas relvas rastejam.
Nem os capins-gordura vicejam.
Aqueles que se diziam
terem barba de Arão...
-- Todos medream!
Os cativos se encantaram
e aos cantos de encantos,
ao som dos acalantos
e dos búzios frutuosos,
se entregaram... -- Gostaram!
Gostaram tanto,
que até se algemaram.
E gostaram!..
Os opressores os ataram:
pediram os seus cantos e,
ao lado deles, juntos com
-- também cantaram.
Disseram-lhes, às palmas:
Cantem-nos e nos encantem
com os seus cantos santos!
Pode ser gospel.
Podem ser prantos.
Senhores somos.
Pagamos, ao peso de ouro:
Dêem-nos o gospel de ilusões!
Um gospel de paladar nosso.
Que tenha um rebolado apimentado.
Bem temperado!
Que arrase os alicerces das multidões.
Não deixe a pedra sobre pedra
-- que tudo seja ao som abafado
nas mofadas criptas dos grotões.
Então, teremos reconstruido a Babilônia
e seremos verdadeiros filhos de Edom!..
Ao som de canções gospel de ilusões...
12/14/2009
cantamos as nossas canções
-- são gospel de ilusões!
Não há salgueiros,
foram todos cortados
-- apenas secas relvas rastejam.
Nem os capins-gordura vicejam.
Aqueles que se diziam
terem barba de Arão...
-- Todos medream!
Os cativos se encantaram
e aos cantos de encantos,
ao som dos acalantos
e dos búzios frutuosos,
se entregaram... -- Gostaram!
Gostaram tanto,
que até se algemaram.
E gostaram!..
Os opressores os ataram:
pediram os seus cantos e,
ao lado deles, juntos com
-- também cantaram.
Disseram-lhes, às palmas:
Cantem-nos e nos encantem
com os seus cantos santos!
Pode ser gospel.
Podem ser prantos.
Senhores somos.
Pagamos, ao peso de ouro:
Dêem-nos o gospel de ilusões!
Um gospel de paladar nosso.
Que tenha um rebolado apimentado.
Bem temperado!
Que arrase os alicerces das multidões.
Não deixe a pedra sobre pedra
-- que tudo seja ao som abafado
nas mofadas criptas dos grotões.
Então, teremos reconstruido a Babilônia
e seremos verdadeiros filhos de Edom!..
Ao som de canções gospel de ilusões...
12/14/2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Memórias de então
Seu Bento era um bento "capelão";
não de qualquer capela, mas de irmãos.
Exercia o seu papel não como o papel,
mas como um grandioso "papelão" --
havia, na família sua, um grande rachão.
A sogra Isma, parecia uma taquara.
Quando rachada, não soa nem na marra.
Mas ela ao saber não se dava -- cantar e
cantar... A todo custo se apresentava...
E cantava, que a dor de dor se espantava.
Foi a tanto tempo, que nem me lembrava.
Hoje, por acaso, acordei e vi que sonhava.
Estava lá nos Campos Gerais. Chovia...
A lua já não brilhava. O dia clareava -- até
poderia ter sido a madrugada que entrava.
Mas vejam só, quem na estória adentrava.
Era ela. -- A "tia". Aquela, que a cegonha,
ao meu pai, por alguma razão a deixava...
Era e será a irmã que não podia faltar, não!
- Junto a Isma, e com ela, a dupla formava.
Foi ali que o começo se iniciava. -- A troca
da toca se fez por um triz... Cantar quis e,
por nada e de nada, perdeu o próprio nariz.
Seguiu os conselhos do "capelão" -- agora,
um simples chapelão. Feito de "papelão"!..
não de qualquer capela, mas de irmãos.
Exercia o seu papel não como o papel,
mas como um grandioso "papelão" --
havia, na família sua, um grande rachão.
A sogra Isma, parecia uma taquara.
Quando rachada, não soa nem na marra.
Mas ela ao saber não se dava -- cantar e
cantar... A todo custo se apresentava...
E cantava, que a dor de dor se espantava.
Foi a tanto tempo, que nem me lembrava.
Hoje, por acaso, acordei e vi que sonhava.
Estava lá nos Campos Gerais. Chovia...
A lua já não brilhava. O dia clareava -- até
poderia ter sido a madrugada que entrava.
Mas vejam só, quem na estória adentrava.
Era ela. -- A "tia". Aquela, que a cegonha,
ao meu pai, por alguma razão a deixava...
Era e será a irmã que não podia faltar, não!
- Junto a Isma, e com ela, a dupla formava.
Foi ali que o começo se iniciava. -- A troca
da toca se fez por um triz... Cantar quis e,
por nada e de nada, perdeu o próprio nariz.
Seguiu os conselhos do "capelão" -- agora,
um simples chapelão. Feito de "papelão"!..
sábado, 12 de dezembro de 2009
Para Maiakovski
Para Maiakovski
Poema de Marina Ivanovna Tsvetaievna (1892 - 1941)
Tradução do russo de Mykola Szoma
Acima das cruzes e das chaminés,
batisado no fogo e na fumaça,
Salve! -- Pelos séculos, Arcanjo
de passo pesado -- Vladimir!..
Ele é o carreteiro, e ele é o cavalo,
ele é o capricho, e ele é o direito...
Tomou alento, cuspiu na palma da mão:
-- Agarre-se, a glória do carroceiro!
Cantor de milagres obscenos --
Salve! O imundo orgulhoso,
que, com a pedra de peso-pesado,
escolheu não se seduzir pelo diamante.
Salve! Trovão das pedras de calcetar!..
Deu um bocejo, trunfou -- de novo...
Tomou as rédeas da carroça --
como se asa fosse de Arcanjo.
18 de setembro de 1921
Poema de Marina Ivanovna Tsvetaievna (1892 - 1941)
Tradução do russo de Mykola Szoma
Acima das cruzes e das chaminés,
batisado no fogo e na fumaça,
Salve! -- Pelos séculos, Arcanjo
de passo pesado -- Vladimir!..
Ele é o carreteiro, e ele é o cavalo,
ele é o capricho, e ele é o direito...
Tomou alento, cuspiu na palma da mão:
-- Agarre-se, a glória do carroceiro!
Cantor de milagres obscenos --
Salve! O imundo orgulhoso,
que, com a pedra de peso-pesado,
escolheu não se seduzir pelo diamante.
Salve! Trovão das pedras de calcetar!..
Deu um bocejo, trunfou -- de novo...
Tomou as rédeas da carroça --
como se asa fosse de Arcanjo.
18 de setembro de 1921
O Natal que nunca foi
Por que não foi?
-- Não lhes direi, porque
nem mesmo eu o sei...
Apenas imagino, que deve ter um
álibi p'ra tudo -- o que se faz ou,
que não se faz -- entre os homens,
aqui na terra, no pequenino porém
importante mundo de cada um...
Acostumados que fomos,
que alguém sempre rogasse por nós,
eis que de novo sentimo-nos a sós...
Sendo assim, sempre estamos nós
rodopiando em torno de si e a sós!..
Sabemos, porém ou pensamos assim,
que dave haver um alguém rogando por
nós -- talvez, contra nós. E a sós!
O álibi de que falei
foi a "tia", que não é minha e
não fui eu qem a inventou, mas
foi meu pai que, de uma "segonha"
que por acaso voava sem destino --
a comprou... Agora, é toda verdade:
ele de algum jeito gostou. Digo,
o meu pai. Porque, a mim só complicou!
Ela é tia dos filhos meus.
Que se entromete em tudo que não é dela;
dizendo ser aquela que vê as coisas de
solaio e fala... fala... fala mais que um
treinado papagaio. Pelo sotaque r...r...
e carnê felpudo da renascida fênix...
Agora, eu me retraio. Porque,
com tia não se brinca -- nem de folgança...
A vida é pensar só em poupança.
O ganho a mais, dever é dar à liderança --
dos chamados abutres de esperança.
Em troca se recebe uma linda página
impressa. De resto, pensar que é bonança!
Agora digo o que se foi.
Foi a palavra de desrespeito ao ser tal qual.
Dizer que a mãe, que o pai e os demais
-- enquanto ainda heróis da infância,
não são os tais. Que são ignaros e
que não passam de "marginais" da fé
porque não dão seus décimos de pé
-- sentados preferem ver uma TV e
ler um livro "caro" para a mente despertar...
-- Jogar dinheiro assim, não dá...
A ordem é economizar! Depois, aos sábios,
de algum "templo", em segredo entregar!..
Para que viajem pelas galerias de vinhos franceses,
construam palácios enormes de sabores ingleses --
vivendo a vida, em nome dos pobres da fé,
destruindo deles a alma, por vezes.
Futricando assim,
separando os iguais,
destruiu sonhos natais.
Sem falar muito, fico por aqui...
Cada qual siga os seus passos;
em outros não veja os seus fracassos.
Devoradores não há. Há os enganadores,
que se apossar querem do pouco que tens e,
te prometem milhares de sonhos em troca de
alguns dos teus vintens. Cuide-os. É o que tens!
À "tia" -- não minha, mas a de vocês
desejo felicidades e meus parabens!
12/12/2009
-- Não lhes direi, porque
nem mesmo eu o sei...
Apenas imagino, que deve ter um
álibi p'ra tudo -- o que se faz ou,
que não se faz -- entre os homens,
aqui na terra, no pequenino porém
importante mundo de cada um...
Acostumados que fomos,
que alguém sempre rogasse por nós,
eis que de novo sentimo-nos a sós...
Sendo assim, sempre estamos nós
rodopiando em torno de si e a sós!..
Sabemos, porém ou pensamos assim,
que dave haver um alguém rogando por
nós -- talvez, contra nós. E a sós!
O álibi de que falei
foi a "tia", que não é minha e
não fui eu qem a inventou, mas
foi meu pai que, de uma "segonha"
que por acaso voava sem destino --
a comprou... Agora, é toda verdade:
ele de algum jeito gostou. Digo,
o meu pai. Porque, a mim só complicou!
Ela é tia dos filhos meus.
Que se entromete em tudo que não é dela;
dizendo ser aquela que vê as coisas de
solaio e fala... fala... fala mais que um
treinado papagaio. Pelo sotaque r...r...
e carnê felpudo da renascida fênix...
Agora, eu me retraio. Porque,
com tia não se brinca -- nem de folgança...
A vida é pensar só em poupança.
O ganho a mais, dever é dar à liderança --
dos chamados abutres de esperança.
Em troca se recebe uma linda página
impressa. De resto, pensar que é bonança!
Agora digo o que se foi.
Foi a palavra de desrespeito ao ser tal qual.
Dizer que a mãe, que o pai e os demais
-- enquanto ainda heróis da infância,
não são os tais. Que são ignaros e
que não passam de "marginais" da fé
porque não dão seus décimos de pé
-- sentados preferem ver uma TV e
ler um livro "caro" para a mente despertar...
-- Jogar dinheiro assim, não dá...
A ordem é economizar! Depois, aos sábios,
de algum "templo", em segredo entregar!..
Para que viajem pelas galerias de vinhos franceses,
construam palácios enormes de sabores ingleses --
vivendo a vida, em nome dos pobres da fé,
destruindo deles a alma, por vezes.
Futricando assim,
separando os iguais,
destruiu sonhos natais.
Sem falar muito, fico por aqui...
Cada qual siga os seus passos;
em outros não veja os seus fracassos.
Devoradores não há. Há os enganadores,
que se apossar querem do pouco que tens e,
te prometem milhares de sonhos em troca de
alguns dos teus vintens. Cuide-os. É o que tens!
À "tia" -- não minha, mas a de vocês
desejo felicidades e meus parabens!
12/12/2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Hino à Jerusalém
Hino à Jerusalém
Piterka Badmaieva Olga
Tradução do russo por Mykola Szoma
Jerusalém!
Sempre que estou a caminho,
para pisar o teu solo, a minha alma estremece
-- e eu me arrependo e choro!..
Jerusalém!
O caminho de busca da ventura nos teus páramos é eterno!
Jerusalém!
As pedras brancas tuas foram lavadas pelos rios de lágrimas!
Iluminadas pelas Luzes do Amor!
Jerusalém!
Tu és uma gota própria, de cada um de nós!
Aqui, nas estrelas matutinas das casas,
elas viajam nos navios sobre a terra!
Lançam vapores nas nuvens do firmamento
Levantando às alturas celestiais o repique dos sinos!
Literalmente, pedem a ti -- RESPONDA!
Jerusalém!
A ninguém foi dado "ad aeternum"
A essência das coisas e a sua sabedoria conceber!
Somente, estar com sabedoria de cativeiro!
E, jogando-se ora à discreção, ora à vanglória,
Anunciando ora a guerra, ora a paz --
Podendo, cada qual, cair e alcançar!..
Apenas, não se dá ser imorredouro, a ninguém!
Jerusalém!
Com o teu Mundo vigoroso imortal!
Vemos aqui toda a insignificância das ofensas,
saciando-se as mágoas das traições!
Aperto os meus lábios ao Muro!
E sinto-me, como que crescendo Contigo!
Expandindo-me em Teus abraços --
sinto a minh'alma reconciliar-se consigo!..
Jerusalém!
A avalanche de sentimentos e o cruzamento de Credos!
Todos as táboas sagradas da terra!
Também, coragem e Modelo de Grandes Sofrimentos!..
Jerusalém!
As pedras brancas tuas foram lavadas pelos rios de lágrimas!
Iluminadas pelas Luzes do Amor!
----------------------------------------------------------------------------
Jerusalém!
Tu és uma gota própria, de cada um de nós!
Aqui, nas estrelas matutinas das casas,
elas viajam nos navios sobre a terra!
Lançam vapores nas nuvens do firmamento
Levantando às alturas celestiais o repique dos sinos!
Literalmente, pedem a ti -- RESPONDA!
Israel, 2009
Piterka Badmaieva Olga
Tradução do russo por Mykola Szoma
Jerusalém!
Sempre que estou a caminho,
para pisar o teu solo, a minha alma estremece
-- e eu me arrependo e choro!..
Jerusalém!
O caminho de busca da ventura nos teus páramos é eterno!
Jerusalém!
As pedras brancas tuas foram lavadas pelos rios de lágrimas!
Iluminadas pelas Luzes do Amor!
Jerusalém!
Tu és uma gota própria, de cada um de nós!
Aqui, nas estrelas matutinas das casas,
elas viajam nos navios sobre a terra!
Lançam vapores nas nuvens do firmamento
Levantando às alturas celestiais o repique dos sinos!
Literalmente, pedem a ti -- RESPONDA!
Jerusalém!
A ninguém foi dado "ad aeternum"
A essência das coisas e a sua sabedoria conceber!
Somente, estar com sabedoria de cativeiro!
E, jogando-se ora à discreção, ora à vanglória,
Anunciando ora a guerra, ora a paz --
Podendo, cada qual, cair e alcançar!..
Apenas, não se dá ser imorredouro, a ninguém!
Jerusalém!
Com o teu Mundo vigoroso imortal!
Vemos aqui toda a insignificância das ofensas,
saciando-se as mágoas das traições!
Aperto os meus lábios ao Muro!
E sinto-me, como que crescendo Contigo!
Expandindo-me em Teus abraços --
sinto a minh'alma reconciliar-se consigo!..
Jerusalém!
A avalanche de sentimentos e o cruzamento de Credos!
Todos as táboas sagradas da terra!
Também, coragem e Modelo de Grandes Sofrimentos!..
Jerusalém!
As pedras brancas tuas foram lavadas pelos rios de lágrimas!
Iluminadas pelas Luzes do Amor!
----------------------------------------------------------------------------
Jerusalém!
Tu és uma gota própria, de cada um de nós!
Aqui, nas estrelas matutinas das casas,
elas viajam nos navios sobre a terra!
Lançam vapores nas nuvens do firmamento
Levantando às alturas celestiais o repique dos sinos!
Literalmente, pedem a ti -- RESPONDA!
Israel, 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Salmos 126.127
1.
Quando acordamos, percebemos
que tinha sido apenas um sonho!
O cativeiro nosso continua ainda
-- ainda somos prisioneiros de si.
Não temos o que queremos,
porque queremos o que nós
não sabemos o que querer!
Ou, queremos o não poder!
2.
Haveria, porventura, numa ternura
de coração macio, um lapso ígni-,
que abrigasse algumas chamas --
aquelas que aquecessem a corá?
Fome não passaria, teria o maná!
Do sul saimos -- chegamos até lá.
Ganhamos nada... Por que será?..
O cativeiro nosso ainda é, ou está!
Não temos o que queremos,
porque queremos o que nós
não sabemos o que querer!
Ou, queremos o não poder!
3.
E se a guarda não for vigilante, a
segurança pouco eficiente será...
O pão de centeio será diluido. ---
Por entre os dedos, todo fluirá!..
Será a cidade dos mortos. Será
apenas um sonho que se findou.
Madrugadas geladas farão dias;
os viventes, vazias aljavas verão.
Quando acordamos, percebemos
que tinha sido apenas um sonho!
O cativeiro nosso continua ainda
-- ainda somos prisioneiros de si.
4.
Quando acordamos, percebemos!
Percebemos apenas: o que houve,
já se foi e, nunca mais retornará!..
-- Somos cativos de nós mesmos.
Quando acordamos, percebemos
que tinha sido apenas um sonho!
O cativeiro nosso continua ainda
-- ainda somos prisioneiros de si.
Não temos o que queremos,
porque queremos o que nós
não sabemos o que querer!
Ou, queremos o não poder!
2.
Haveria, porventura, numa ternura
de coração macio, um lapso ígni-,
que abrigasse algumas chamas --
aquelas que aquecessem a corá?
Fome não passaria, teria o maná!
Do sul saimos -- chegamos até lá.
Ganhamos nada... Por que será?..
O cativeiro nosso ainda é, ou está!
Não temos o que queremos,
porque queremos o que nós
não sabemos o que querer!
Ou, queremos o não poder!
3.
E se a guarda não for vigilante, a
segurança pouco eficiente será...
O pão de centeio será diluido. ---
Por entre os dedos, todo fluirá!..
Será a cidade dos mortos. Será
apenas um sonho que se findou.
Madrugadas geladas farão dias;
os viventes, vazias aljavas verão.
Quando acordamos, percebemos
que tinha sido apenas um sonho!
O cativeiro nosso continua ainda
-- ainda somos prisioneiros de si.
4.
Quando acordamos, percebemos!
Percebemos apenas: o que houve,
já se foi e, nunca mais retornará!..
-- Somos cativos de nós mesmos.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
O Pão Comunal
Sergei Orlov
Stikhotvoreniya. Rossiya -- Rodina Moya
Biblioteca de Poesia Soviética Russa
Moskva 1967
O Pão Comunal
Tradução de Mykola Szoma
Desde a infância eu vivi em comuna
P'ra lá de Byisk nos montes de Altai.
Sob o vasto céu do distante junho
estendia-se o espaço de suas terras.
Ali, como se num verde oceano,
tudo era comum em suas minúcias:
Quintais, casas, também a "banha"
-- comum aos homens e mulheres.
Desvios havia -- era bom estar atento.
Porém, não quero julgar aqueles dias;
apenas vejo com os olhos de criança.
Tenho um olhar indulgente ao feito ali.
"Serebristy", azuis, nuvens estenderam
um manto fresco em tempo de calor --
Fontes do brilho dos álamos radiantes
que se vergavam, sob o vento comunal.
Sobre um fundo azulado, imponentes
montanhas, formavam as cordilheiras.
Entre a bardana e a relva, se agitavam
como flores: eram pássaros. Voavam!
Tirlintava a forja na outra banda do rio.
Entre nós, alguém mentia, que ali
o sol cansado, às tardes, se escondia.
E pelas manhãs, aos ceus logo subia.
No campo de instruçoes, o dia todo --
aos ventos, subia fumaça pelo telhado.
Mal construido, já muito gasto pelo uso,
ali pairava firme e alto um longo prédio.
Na entrada, agradável cheiro de alimento.
Piso todo branco, estende-se ao longo...
As mesas, com as suas pernas abertas
abundavam pães -- que iam até as portas.
Trepidava, cortando a casca crepitando...
Todo esmigalhado, qual metal enferrujado,
o redondo pão ruborizado -- ainda retinha
as marcas da folha de repolho debaixo...
Sobre as duas palmas grandes, de fato,
ele tinha sido assado pelo fogo do forno.
Guardava as suas marcas desiguais
-- todas as nervuras, linhas, e raios...
Igual para todos, o pão gratuitamente --
O pão comunal, como uma sombra e luz.
Sobre mesas longas, aplainadas, e sem
bordas, não pintadas. Na hora do almoço.
Havia o pão para o café e para o jantar;
Mas, para nós -- da rapaziada, só o arado
-- correr ao lado dele, quando se o precisa.
Com ele o sal, com ele o verde cebolinho.
Em latões velhos de flandres, já empanados,
transporta-se "obrat", tipo de leite desnatado.
E banqueteia-se, quando se tem a vontade!
Tudo distante dos risos de crianças felizes...
Rapidamente voaste -- O!, meninice nossa...
Não mais se ouve o balouçar de tuas asas.
Porém, a vida deixa sempre a consequência
-- dela jamais esquecerei. A minha vivência!
O pão comunal. Sob os pálidos ceus azuis,
eu o comi não mais de uma vez... Depois --
uma "bukhanka khleba" (um pão de forma),
cortava-se em cinco, como trofeu de espada.
Com mãos encouraçadas, juntava-se migalhas
-- todas já congeladas, como se neve prateada,
sob a artilharia antiaérea e bombardeamentos.
Como se a vida fosse a morte; e o bem, o mal!..
O pão era duro. Fora assado com fogo e dor.
Era como a própria lágrima. Mas, para a vida
jamais se mostrou amargo... Nem uma vez --
Mesmo ainda na infância. E na guerra depois.
Tenho por felicidade pessoal, exclusiva,
tudo aquilo que a vida doou para mim:
O pão comunal e redondo, feito de trigo,
e o vento forte, que sorpou em Outubro!..
1957
----------------------------------------------------------------------
"banha" ---
estabelecimento de banhos coletivos
"Serebristy" oblaka ---
nuvens bastante tênuas, alt. de 70 - 90 km,
num fundo de um céu noturno
-----------------------------------------------------------------------
Stikhotvoreniya. Rossiya -- Rodina Moya
Biblioteca de Poesia Soviética Russa
Moskva 1967
O Pão Comunal
Tradução de Mykola Szoma
Desde a infância eu vivi em comuna
P'ra lá de Byisk nos montes de Altai.
Sob o vasto céu do distante junho
estendia-se o espaço de suas terras.
Ali, como se num verde oceano,
tudo era comum em suas minúcias:
Quintais, casas, também a "banha"
-- comum aos homens e mulheres.
Desvios havia -- era bom estar atento.
Porém, não quero julgar aqueles dias;
apenas vejo com os olhos de criança.
Tenho um olhar indulgente ao feito ali.
"Serebristy", azuis, nuvens estenderam
um manto fresco em tempo de calor --
Fontes do brilho dos álamos radiantes
que se vergavam, sob o vento comunal.
Sobre um fundo azulado, imponentes
montanhas, formavam as cordilheiras.
Entre a bardana e a relva, se agitavam
como flores: eram pássaros. Voavam!
Tirlintava a forja na outra banda do rio.
Entre nós, alguém mentia, que ali
o sol cansado, às tardes, se escondia.
E pelas manhãs, aos ceus logo subia.
No campo de instruçoes, o dia todo --
aos ventos, subia fumaça pelo telhado.
Mal construido, já muito gasto pelo uso,
ali pairava firme e alto um longo prédio.
Na entrada, agradável cheiro de alimento.
Piso todo branco, estende-se ao longo...
As mesas, com as suas pernas abertas
abundavam pães -- que iam até as portas.
Trepidava, cortando a casca crepitando...
Todo esmigalhado, qual metal enferrujado,
o redondo pão ruborizado -- ainda retinha
as marcas da folha de repolho debaixo...
Sobre as duas palmas grandes, de fato,
ele tinha sido assado pelo fogo do forno.
Guardava as suas marcas desiguais
-- todas as nervuras, linhas, e raios...
Igual para todos, o pão gratuitamente --
O pão comunal, como uma sombra e luz.
Sobre mesas longas, aplainadas, e sem
bordas, não pintadas. Na hora do almoço.
Havia o pão para o café e para o jantar;
Mas, para nós -- da rapaziada, só o arado
-- correr ao lado dele, quando se o precisa.
Com ele o sal, com ele o verde cebolinho.
Em latões velhos de flandres, já empanados,
transporta-se "obrat", tipo de leite desnatado.
E banqueteia-se, quando se tem a vontade!
Tudo distante dos risos de crianças felizes...
Rapidamente voaste -- O!, meninice nossa...
Não mais se ouve o balouçar de tuas asas.
Porém, a vida deixa sempre a consequência
-- dela jamais esquecerei. A minha vivência!
O pão comunal. Sob os pálidos ceus azuis,
eu o comi não mais de uma vez... Depois --
uma "bukhanka khleba" (um pão de forma),
cortava-se em cinco, como trofeu de espada.
Com mãos encouraçadas, juntava-se migalhas
-- todas já congeladas, como se neve prateada,
sob a artilharia antiaérea e bombardeamentos.
Como se a vida fosse a morte; e o bem, o mal!..
O pão era duro. Fora assado com fogo e dor.
Era como a própria lágrima. Mas, para a vida
jamais se mostrou amargo... Nem uma vez --
Mesmo ainda na infância. E na guerra depois.
Tenho por felicidade pessoal, exclusiva,
tudo aquilo que a vida doou para mim:
O pão comunal e redondo, feito de trigo,
e o vento forte, que sorpou em Outubro!..
1957
----------------------------------------------------------------------
"banha" ---
estabelecimento de banhos coletivos
"Serebristy" oblaka ---
nuvens bastante tênuas, alt. de 70 - 90 km,
num fundo de um céu noturno
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O distante está próximo
Serhei Orlov (1921-1977)
Poeta soviético russo, filósofo, paleontólogo, zoólogo, e
membro da Academia de Ciências da URSS.
Dalekoje stanovitsja vse blizhe
Do livro "Kniha Stikhov"
Moskva, 1982
O distante está próximo
Tradução de Mykola Szoma
O distante está cada vez mais próximo!
A Lua -- já está ali, ao nosso alcance...
A ciência avança e impulsiona o mundo
ao encontro dos tempos novos. Enquanto,
os queridos mais próximos se distanciam,
... a oculta essência das coisas se revela.
Como medir as alegrias e as tristezas,
-- seus pontos altos e os profundos...
Aproximar como, tendo-se a vitória por
sobre os abismos, que já separaram,
como se da Constelação de Andrômeda,
o mundo das humanas almas diferentes?
Os cálculos -- absurdo! Nem fórmulas há...
Apenas Homero, Tolstoi, Beetowen e Dante.
Também, da poderosa arte os foguetes geniais.
Ou ainda, ... os novos Romeus e Julietas --
Os grandes talentos de unidades de amar!..
São eles só! -- Por ninguém substituíveis!..
Sem eles, não! O mundo, por todos os anos,
jamais será pensado e jamais será realizado...
Harmonia e a felicidade nunca serão sonhados.
12/08/2009
Poeta soviético russo, filósofo, paleontólogo, zoólogo, e
membro da Academia de Ciências da URSS.
Dalekoje stanovitsja vse blizhe
Do livro "Kniha Stikhov"
Moskva, 1982
O distante está próximo
Tradução de Mykola Szoma
O distante está cada vez mais próximo!
A Lua -- já está ali, ao nosso alcance...
A ciência avança e impulsiona o mundo
ao encontro dos tempos novos. Enquanto,
os queridos mais próximos se distanciam,
... a oculta essência das coisas se revela.
Como medir as alegrias e as tristezas,
-- seus pontos altos e os profundos...
Aproximar como, tendo-se a vitória por
sobre os abismos, que já separaram,
como se da Constelação de Andrômeda,
o mundo das humanas almas diferentes?
Os cálculos -- absurdo! Nem fórmulas há...
Apenas Homero, Tolstoi, Beetowen e Dante.
Também, da poderosa arte os foguetes geniais.
Ou ainda, ... os novos Romeus e Julietas --
Os grandes talentos de unidades de amar!..
São eles só! -- Por ninguém substituíveis!..
Sem eles, não! O mundo, por todos os anos,
jamais será pensado e jamais será realizado...
Harmonia e a felicidade nunca serão sonhados.
12/08/2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
É dia de Natal
Papai Noel, Santa Claus,
Saint Nicholas, Sinterklaas,
Père Noël, Did Moroz --
Tanto faz!.. É dia de Natal!..
No coração dos homens, só
paz e alegria. -- Uma celeste
e inusitada sinfonia de vozes
ecoa, ecoa, ecoa e se entoa
-- como nunca antes se ouvia
ao secular canto da Boa Nova.
Ave aos homens! Jesus veiu!..
Deixou os céus, estar na terra
-- aqui conosco... Ele preferiu.
Quis conhecer a sorte humana
para depois, na cruz morrer e,
sem titubear por nós interceder.
St. Nicholas Day,
is December 6 --
(Nicholas of Myra)
who is also known as
Nikolaus in Germany
and Sinterklaas in the
Netherlands and Flanders.
Did Moroz ucraniano, ou
Ded Moroz! dos russos,
pouco importa para nós.
Saber devemos só, que
ele entra pela chaminé e
dentro do seu saco roxo
trás de tudo, para quem
tenha nele um puco de fé!
Ded Moroz!
Ano Novo. Árvore de Natal.
Festa para milhões
-- adultos e crianças.
A todos os que recebem a
Ded Moroz, terão também
uma Snegurotchka linda --
a bela donzela de neve!..
Mas...
Tanto faz!.. É dia de Natal!..
12/06/2009
Saint Nicholas, Sinterklaas,
Père Noël, Did Moroz --
Tanto faz!.. É dia de Natal!..
No coração dos homens, só
paz e alegria. -- Uma celeste
e inusitada sinfonia de vozes
ecoa, ecoa, ecoa e se entoa
-- como nunca antes se ouvia
ao secular canto da Boa Nova.
Ave aos homens! Jesus veiu!..
Deixou os céus, estar na terra
-- aqui conosco... Ele preferiu.
Quis conhecer a sorte humana
para depois, na cruz morrer e,
sem titubear por nós interceder.
St. Nicholas Day,
is December 6 --
(Nicholas of Myra)
who is also known as
Nikolaus in Germany
and Sinterklaas in the
Netherlands and Flanders.
Did Moroz ucraniano, ou
Ded Moroz! dos russos,
pouco importa para nós.
Saber devemos só, que
ele entra pela chaminé e
dentro do seu saco roxo
trás de tudo, para quem
tenha nele um puco de fé!
Ded Moroz!
Ano Novo. Árvore de Natal.
Festa para milhões
-- adultos e crianças.
A todos os que recebem a
Ded Moroz, terão também
uma Snegurotchka linda --
a bela donzela de neve!..
Mas...
Tanto faz!.. É dia de Natal!..
12/06/2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Salmo 113
Do leste ao ocidente
que brilhe a luz do Onipotente!
Do seu poder, da sua graça -
da permanente presença sua
e da sua gloriosa vitória que,
por nós ao longe não passa...
Sempre conosco está e,
com o seu manto sagrado,
ao calor do seu abrigo,
nos acalentando abraça!..
Está nos conduzindo pelos vales
-- por vezes sombrios, por vezes
de rochas truncadas, ao som de
riachos cantando suaves alentos
de brisas e de brandos ventos...
Assim caminhamos,
tranquilos com ele,
aos páramos de saberes silentes!
Seja alegre a mãe
que lê o salmo 113
porque seus filhos
louvarão sempre ao Senhor!
que brilhe a luz do Onipotente!
Do seu poder, da sua graça -
da permanente presença sua
e da sua gloriosa vitória que,
por nós ao longe não passa...
Sempre conosco está e,
com o seu manto sagrado,
ao calor do seu abrigo,
nos acalentando abraça!..
Está nos conduzindo pelos vales
-- por vezes sombrios, por vezes
de rochas truncadas, ao som de
riachos cantando suaves alentos
de brisas e de brandos ventos...
Assim caminhamos,
tranquilos com ele,
aos páramos de saberes silentes!
Seja alegre a mãe
que lê o salmo 113
porque seus filhos
louvarão sempre ao Senhor!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Michael JACKSON
Michael JACKSON
In memoriam -- Aleksandra Lotos
Tradução do russo por Mykola Szoma
Partiu o Rei, o cativo bisbilhotado,
Caiu, caluniado de boatos...
Porém, o seu caminho foi limpo e claro,
Embora a sua imagem se fez complexa...
O!, Michael, como foste infeliz!
Somente o palco mudou o paraiso...
Não, tu não morreste por agressões,
Disseste-nos apenas o teu: "Good-by!"
Porém, em todos os pontos do planeta
Ecoam os "Michael Jackson Hits!"
Os teus admiradores ficaram aquecidos
Pelas chamas da brasa das tuas canções...
12/01/2009
In memoriam -- Aleksandra Lotos
Tradução do russo por Mykola Szoma
Partiu o Rei, o cativo bisbilhotado,
Caiu, caluniado de boatos...
Porém, o seu caminho foi limpo e claro,
Embora a sua imagem se fez complexa...
O!, Michael, como foste infeliz!
Somente o palco mudou o paraiso...
Não, tu não morreste por agressões,
Disseste-nos apenas o teu: "Good-by!"
Porém, em todos os pontos do planeta
Ecoam os "Michael Jackson Hits!"
Os teus admiradores ficaram aquecidos
Pelas chamas da brasa das tuas canções...
12/01/2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Restrospectiva
Restrospectiva do que era
Ele chegou todo garboso,
cheio de si e do seu saber
-- até mostrava ser ditoso.
Vinha das glebas secas e
já seifadas pelo ocaso...
Sem um descaso, foi esta
mesmo a história da triste
dele trajetória, que se ruiu
ao som de batuquins ruins
-- imitando tamborins...
Foi lá nos quinze anos idos.
O povo era animado. Só ria!
Queria ter uma mestre-cuca
que soubesse assar um pão,
e diluir na água o sabão.
Não foi assim que se seguiu.
O pão não se assava, o que
ainda tinha se consumia -- e,
apenas o sabão se diluia nas
águas da pobre sacristia.
"ducados" femininos surgiram!
Os masculinos se tingiram --
até hoje não se sabe de cor Q.
Dizia, então o mestre, esperar!
-- Que iria algo melhorar...
De fato, o inusitado aconteceu.
A ensinante "sábia" emudeceu
-- e, não porque o quis; porque
o mestre-cuca, "sabidamente",
o predisse... E disse!..
Luzidia, era o nome que luzia!..
Brilhava à noite e durante o dia.
Não enchergava, quem não via,
também o mestre disto sabia...
Daí em diante, só acontecia.
Mas não. O mestre não queria.
Derrubou a cadeira luzidia, ela
se foi ao meio dia daquele dia!
Tudo parou, como se não luzia.
Exigiu-se a orfanologia!..
Mas, também, não foi somente.
Havia cantadores nesta gente!?
O cuca de sabido, com a prole
que de "temido" fez tremido os
labores das cantareiras;
Trirou-as, uma a uma, de cima
das prateleiras. Queria renovar
o seu canto de sereias. Feias?
Eram até alinhadas, chilreavam
como pombas belas...
Ao som do cravo ou dum piano,
não me lembro, era de antanho.
O conjunto (mais d'um) cedeu --
a voz calou e o som emudeceu!
A prole mestral venceu.
Foi então, que tudo escureceu...
Ninguém cantou. O piano parou.
Apenas os batuquins -- E ruins!
Tocam a sós, imitam tamborins.
-- Proletários mafi(-ns)...
A pergunta última restou agora,
quem levará a grande desforra?..
Digo, paredes quedas do medo
-- lembranças do passado, que
um dia era o bem cantado.
Há um serafim humano, e mais o
o querubim anti-romano. Ambos,
querendo de algum modo vencer
-- um destruino, o que ve e pode;
o outro, do primeiro o poder.
Assim é:
o desmantelar do que um dia foi.
Ele chegou todo garboso,
cheio de si e do seu saber
-- até mostrava ser ditoso.
Vinha das glebas secas e
já seifadas pelo ocaso...
Sem um descaso, foi esta
mesmo a história da triste
dele trajetória, que se ruiu
ao som de batuquins ruins
-- imitando tamborins...
Foi lá nos quinze anos idos.
O povo era animado. Só ria!
Queria ter uma mestre-cuca
que soubesse assar um pão,
e diluir na água o sabão.
Não foi assim que se seguiu.
O pão não se assava, o que
ainda tinha se consumia -- e,
apenas o sabão se diluia nas
águas da pobre sacristia.
"ducados" femininos surgiram!
Os masculinos se tingiram --
até hoje não se sabe de cor Q.
Dizia, então o mestre, esperar!
-- Que iria algo melhorar...
De fato, o inusitado aconteceu.
A ensinante "sábia" emudeceu
-- e, não porque o quis; porque
o mestre-cuca, "sabidamente",
o predisse... E disse!..
Luzidia, era o nome que luzia!..
Brilhava à noite e durante o dia.
Não enchergava, quem não via,
também o mestre disto sabia...
Daí em diante, só acontecia.
Mas não. O mestre não queria.
Derrubou a cadeira luzidia, ela
se foi ao meio dia daquele dia!
Tudo parou, como se não luzia.
Exigiu-se a orfanologia!..
Mas, também, não foi somente.
Havia cantadores nesta gente!?
O cuca de sabido, com a prole
que de "temido" fez tremido os
labores das cantareiras;
Trirou-as, uma a uma, de cima
das prateleiras. Queria renovar
o seu canto de sereias. Feias?
Eram até alinhadas, chilreavam
como pombas belas...
Ao som do cravo ou dum piano,
não me lembro, era de antanho.
O conjunto (mais d'um) cedeu --
a voz calou e o som emudeceu!
A prole mestral venceu.
Foi então, que tudo escureceu...
Ninguém cantou. O piano parou.
Apenas os batuquins -- E ruins!
Tocam a sós, imitam tamborins.
-- Proletários mafi(-ns)...
A pergunta última restou agora,
quem levará a grande desforra?..
Digo, paredes quedas do medo
-- lembranças do passado, que
um dia era o bem cantado.
Há um serafim humano, e mais o
o querubim anti-romano. Ambos,
querendo de algum modo vencer
-- um destruino, o que ve e pode;
o outro, do primeiro o poder.
Assim é:
o desmantelar do que um dia foi.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Um jardineiro imprecavido
Um jardineiro quis plantar 200 orquídeas,
em seu jardim improvisado, -- às pressas.
-- O terreno dizia ser dele já há muito; mas
de tanto descuidado, ...capim não nascia!..
E tudo que ali brotava bonito, logo fenecia.
Dizer porque, ninguém sabia! Assim se ia.
Se ia vivendo... -- Carpindo mal. Carpindo!
Carpindo o que, saber-se não podia. Ora...
Deveria ser o joio que ali só nascia. A terra,
mesmo que sendo boa, produzir não podia:
o jardineiro não regava. Nem ele água bebia.
A torneira sempre era seca. Dela nada saia!
Um dia, de surpresa, o jardineiro anunciou,
plantar iria só 100 cravos da cor amarelada,
daqueles que brotam nas tumbas dos idos,
esquecidos por também os não lembrados.
Quando não mais se esperava, as bromélias
já ali brotavam. E cem não eram; apenas, 60
delas vingavam. Das duzentas originais, -- É!
Apenas quarenta flores-espinhosas pintavam.
Contente o jardineiro com a colheita fabulosa
quis regar a terra, para deixá-la mais aquosa;
não percebeu, a água estava muito quente --
das 60 bromélias restaram 30 simplesmente!
Um jardineiro quis plantar 200 orquídeas,
em seu jardim improvisado, -- às pressas...
E, ao regar a terra, a água era quente --
Restaram-lhe 30 bromélias tão somente.
em seu jardim improvisado, -- às pressas.
-- O terreno dizia ser dele já há muito; mas
de tanto descuidado, ...capim não nascia!..
E tudo que ali brotava bonito, logo fenecia.
Dizer porque, ninguém sabia! Assim se ia.
Se ia vivendo... -- Carpindo mal. Carpindo!
Carpindo o que, saber-se não podia. Ora...
Deveria ser o joio que ali só nascia. A terra,
mesmo que sendo boa, produzir não podia:
o jardineiro não regava. Nem ele água bebia.
A torneira sempre era seca. Dela nada saia!
Um dia, de surpresa, o jardineiro anunciou,
plantar iria só 100 cravos da cor amarelada,
daqueles que brotam nas tumbas dos idos,
esquecidos por também os não lembrados.
Quando não mais se esperava, as bromélias
já ali brotavam. E cem não eram; apenas, 60
delas vingavam. Das duzentas originais, -- É!
Apenas quarenta flores-espinhosas pintavam.
Contente o jardineiro com a colheita fabulosa
quis regar a terra, para deixá-la mais aquosa;
não percebeu, a água estava muito quente --
das 60 bromélias restaram 30 simplesmente!
Um jardineiro quis plantar 200 orquídeas,
em seu jardim improvisado, -- às pressas...
E, ao regar a terra, a água era quente --
Restaram-lhe 30 bromélias tão somente.
Meus miolos na escala do arsenal
Meus miolos são tingidos de cinza claro.
Dizem que o produto foi usado em natura
-- em tempo quando ainda produzido não
o era em escala de industrializado. E era
o mais eficiente e eficaz no predicado!...
Correspondia às especificações da norma
-- a vigente na ocasião, que o produto, em
sendo aplicado, o fosse de pleno coração!
Não machucasse os desejos sutis e belos
da alma pura. Aquela que almejasse amor.
E foi assim que os sonhos sombrios cinza
se imiscuiram no sangue vermelho da vida.
Por um propósito inicial de tingir de belo os
dias do pensamento humano e das almas,
acabaram por tornarem-se amargas palmas!
Depois, enfeitaram os caminhos das igrejas
-- por todos os lados possíveis, até os riveis.
Muitos deles incríveis, irresistíveis, de cacto
e até são comestíveis. Dizem serem críveis.
São críveis, porque são reais. São naturais!
Distam da cor cinza de meus miolos e mais,
não brotam mais, como antigamente faziam.
Perderam o seu natural sentimento de nada,
para tornarem-se tudo na escala do arsenal!
Dizem que o produto foi usado em natura
-- em tempo quando ainda produzido não
o era em escala de industrializado. E era
o mais eficiente e eficaz no predicado!...
Correspondia às especificações da norma
-- a vigente na ocasião, que o produto, em
sendo aplicado, o fosse de pleno coração!
Não machucasse os desejos sutis e belos
da alma pura. Aquela que almejasse amor.
E foi assim que os sonhos sombrios cinza
se imiscuiram no sangue vermelho da vida.
Por um propósito inicial de tingir de belo os
dias do pensamento humano e das almas,
acabaram por tornarem-se amargas palmas!
Depois, enfeitaram os caminhos das igrejas
-- por todos os lados possíveis, até os riveis.
Muitos deles incríveis, irresistíveis, de cacto
e até são comestíveis. Dizem serem críveis.
São críveis, porque são reais. São naturais!
Distam da cor cinza de meus miolos e mais,
não brotam mais, como antigamente faziam.
Perderam o seu natural sentimento de nada,
para tornarem-se tudo na escala do arsenal!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Enfoque do toque
A libido estocada,
explode ao toque da mão;
ao toque de palmas,
se acendem do quarto as luzes;
da sala o abajur se abaga ao toque da voz
e, ao toque do ego de uma mulher,
o homem consegue romper a sua cortina
que dá-lhe a primícia de ser a rainha nas
coisas da terra -- inclusive, nas do amor.
E tudo a um simples toque. Sim, senhor!
Com um toque de dedo
se liga o celular,
se disca o destino a chamar e
se aguarda do desejado o falar,
o da pessoa de quem
já se tem a saudade --
por mais distante que ela possa estar.
Com o toque do dedo, também,
se digita a conta do seviço a debitar!..
Com o toque do dedo,
no gatilho de uma arma moderna,
se faz a morte
-- as vidas de outrem --
para outra "vida" levar...
Não se pergunta nem o porque
de toque tamanho
não mais a ninguém incomodar!
Será porque a psicologia do toque,
se faça presença constante na vida
e, por si só se explique:
que existe no toque um algo de fato
que só pelo tato dá a razão de estar?
É bom meditar!
-- Não é preciso explicar.
Apenas pensar de como
alguns toques se possa evitar.
Já um toque de viola, craviola, ou
de algumas teclas de um piano
-- ao som de um cantar,
mesmo os dos cantos daqueles
não sendo os dos profanos,
se possa a alma tocar...
Não basta tocar, com o toque de um dedo,
o controle remoto para na TV mudar um canal.
Com um toque, de mão ou de um dedo,
toca-se em tudo e, tocando-se em tudo,
tudo pode-se parar!. É só pensar!..
explode ao toque da mão;
ao toque de palmas,
se acendem do quarto as luzes;
da sala o abajur se abaga ao toque da voz
e, ao toque do ego de uma mulher,
o homem consegue romper a sua cortina
que dá-lhe a primícia de ser a rainha nas
coisas da terra -- inclusive, nas do amor.
E tudo a um simples toque. Sim, senhor!
Com um toque de dedo
se liga o celular,
se disca o destino a chamar e
se aguarda do desejado o falar,
o da pessoa de quem
já se tem a saudade --
por mais distante que ela possa estar.
Com o toque do dedo, também,
se digita a conta do seviço a debitar!..
Com o toque do dedo,
no gatilho de uma arma moderna,
se faz a morte
-- as vidas de outrem --
para outra "vida" levar...
Não se pergunta nem o porque
de toque tamanho
não mais a ninguém incomodar!
Será porque a psicologia do toque,
se faça presença constante na vida
e, por si só se explique:
que existe no toque um algo de fato
que só pelo tato dá a razão de estar?
É bom meditar!
-- Não é preciso explicar.
Apenas pensar de como
alguns toques se possa evitar.
Já um toque de viola, craviola, ou
de algumas teclas de um piano
-- ao som de um cantar,
mesmo os dos cantos daqueles
não sendo os dos profanos,
se possa a alma tocar...
Não basta tocar, com o toque de um dedo,
o controle remoto para na TV mudar um canal.
Com um toque, de mão ou de um dedo,
toca-se em tudo e, tocando-se em tudo,
tudo pode-se parar!. É só pensar!..
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Eras um dia algo
Quando as lágrimas tombarem
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete estendido dos orientais,
dos teus amigos lembrarás e tu
-- como que de retorno aos idos
terás sentido a falta dela e, mais
ainda, relembrarás os sonhos --
que já ruiram quais dominós
que se partiram nos disfarces
carnavalescos de uma túnica
-- sem mangas e sem braços.
De capuz que escondeu a paz,
não retsrama nem as sombras
dos teus dias sonambúlicos de
de ventríloquo astuto e sagaz!..
Eras um dia algo. Nada és mais!
Eras algo, porque não eras gente
- fazias coisas sem pensar! Logo,
se não pensavas, ...não existias!
Não existindo, simplesmente...ias
te deslocando aos ventos cardiais.
Dos movimentos peristálticos dos
outros -- chamados seres virais...
Quando as lágrimas tombarem
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete. Sentirás-te um patuá!..
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete estendido dos orientais,
dos teus amigos lembrarás e tu
-- como que de retorno aos idos
terás sentido a falta dela e, mais
ainda, relembrarás os sonhos --
que já ruiram quais dominós
que se partiram nos disfarces
carnavalescos de uma túnica
-- sem mangas e sem braços.
De capuz que escondeu a paz,
não retsrama nem as sombras
dos teus dias sonambúlicos de
de ventríloquo astuto e sagaz!..
Eras um dia algo. Nada és mais!
Eras algo, porque não eras gente
- fazias coisas sem pensar! Logo,
se não pensavas, ...não existias!
Não existindo, simplesmente...ias
te deslocando aos ventos cardiais.
Dos movimentos peristálticos dos
outros -- chamados seres virais...
Quando as lágrimas tombarem
sobre a poltrona ou sobre o sofá
-- aquele do estrado alto e com
o tapete. Sentirás-te um patuá!..
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Abestalhados "vidiotas"
Decoreba -- louvável ato de criar memória,
assimilando os processos de estocar as
ditas "leis básicas" do conhecer humano.
Depois, é só entrelaçá-las em cruzadores
investimentos cerebrais, para obterem-se
os mais inovadores e válidos suprimentos!
Atos criativos não passam de combinação
de coisas já existentes e conhecidas ante.
E estas, algures devem estar armazendas,
Haja alguém que delas uma noção tenha e
saiba como e onde possa servir-se delas...
Para compor um rosário novo de aquarelas!
Depois, criaram a matemática dita moderna,
encheram os livros de figurinhas e desenhos
-- apagando a abstração mental das gentes.
E, todos abestalhados, "vidiotas" acabaram
pensando em nada -- nada em seus miolos
foi encontrado. Até o córtex foi desbotado!..
"Paz e amor", ou algo similar, aglutinaram
ao sibilar dos gritos sufocados da miséria --
a dor e o sofrimento de outrem ficou pilhéria!
Agora, todos igualados na mesmice básica,
de "sesta básica" se nutre os corações. São
atos caridosos dos corruptos. -- São foliões,
Os que da vida comem as migalhas. Os que
migalhas fazem para nutrir os seus menores.
Ao fim e ao cabo, diria eu, são todos atores!
Atores do coletivo falso. Um coletivo que vive
na mente apenas de alguns. Os chamados --
"doutores doutos". Os outros, são comuns...
assimilando os processos de estocar as
ditas "leis básicas" do conhecer humano.
Depois, é só entrelaçá-las em cruzadores
investimentos cerebrais, para obterem-se
os mais inovadores e válidos suprimentos!
Atos criativos não passam de combinação
de coisas já existentes e conhecidas ante.
E estas, algures devem estar armazendas,
Haja alguém que delas uma noção tenha e
saiba como e onde possa servir-se delas...
Para compor um rosário novo de aquarelas!
Depois, criaram a matemática dita moderna,
encheram os livros de figurinhas e desenhos
-- apagando a abstração mental das gentes.
E, todos abestalhados, "vidiotas" acabaram
pensando em nada -- nada em seus miolos
foi encontrado. Até o córtex foi desbotado!..
"Paz e amor", ou algo similar, aglutinaram
ao sibilar dos gritos sufocados da miséria --
a dor e o sofrimento de outrem ficou pilhéria!
Agora, todos igualados na mesmice básica,
de "sesta básica" se nutre os corações. São
atos caridosos dos corruptos. -- São foliões,
Os que da vida comem as migalhas. Os que
migalhas fazem para nutrir os seus menores.
Ao fim e ao cabo, diria eu, são todos atores!
Atores do coletivo falso. Um coletivo que vive
na mente apenas de alguns. Os chamados --
"doutores doutos". Os outros, são comuns...
domingo, 22 de novembro de 2009
A taça comunitária
A taça da comunhão não foi comum a todos,
houve alguns que a tiveram toda de ouro puro;
mas outros, apenas a viram em suas mãos --
de plástico barato... Modelo que se descarta,
aquele da China importado... O mais barato!..
Os clérigos não se misturam com os prelados.
São honrarias destes que conduzem o missal.
Aos clérigos compete controlar o povo e o fiel
devoto abnegado que, a espera de migalhas de
dizimais promessas de hortelã, em fé se esvai!
Talvez, num copo d'agua benta sobre uma tela,
aquela tela que reproduz toda a sorte de traíras
da irmandadde santa do carteado. Do pôquer --
dos irmãos americanos, nas mentes enraizado.
Por um décimo da tua renda, serás eternizado!
Caminha assim a humanidade. Para onde será?
Certeza tem-se e, esta é a verdade: uns poucos
com o cálice bento de ouro em bandeja de prata;
enquanto a maior parte dos párias -- e sem nada,
batem palmas de glórias. -- Um dia algo haverá?
houve alguns que a tiveram toda de ouro puro;
mas outros, apenas a viram em suas mãos --
de plástico barato... Modelo que se descarta,
aquele da China importado... O mais barato!..
Os clérigos não se misturam com os prelados.
São honrarias destes que conduzem o missal.
Aos clérigos compete controlar o povo e o fiel
devoto abnegado que, a espera de migalhas de
dizimais promessas de hortelã, em fé se esvai!
Talvez, num copo d'agua benta sobre uma tela,
aquela tela que reproduz toda a sorte de traíras
da irmandadde santa do carteado. Do pôquer --
dos irmãos americanos, nas mentes enraizado.
Por um décimo da tua renda, serás eternizado!
Caminha assim a humanidade. Para onde será?
Certeza tem-se e, esta é a verdade: uns poucos
com o cálice bento de ouro em bandeja de prata;
enquanto a maior parte dos párias -- e sem nada,
batem palmas de glórias. -- Um dia algo haverá?
Do Salmo 96
Cantem! Cantem!
Cantem um cântico novo.
Encham os cântaros
de cantigas de encanto
que elas efluam
por todos os lados,
vertendo transbordos
para fora das suas paredes...
Cantem! Cantem!
Cantem que o canto é lindo,
quando é cantado
por todos os cantadores,
por todos os homens
e mulheres da Terra.
Que cantos evoluam
como serpentes gigantes,
com seus braços airosos
abracem as gargantas de todos
que dispostos se ponham
a cantar da vida os encantos...
Que os deuses do mundo
se curvem -- de agora em diante,
não há mais que o Deus poderoso.
E os outros, invenções são dos homens
que, ao uivar dos ventos bravios,
se perdem à toa -- como a brisa
se espraia à luz de uma linda manhã.
Nada lhe resta à tarde
que ao sol foi queimada
pois não passara de uma simples cortesã.
Cantem! Cantem!
Cantem um cântico devido
de oferendas cravejado
despoluido, de coração puro
em uníssono e afinado!
Nos átrios do Senhor
que o nome dele seja, dignamente, venerado!
Que cante toda a Terra --
que brame o mar e a sua plenitude.
Cantem! Cantem!
Cantem todos um cântico novo.
Cantem um cântico novo.
Encham os cântaros
de cantigas de encanto
que elas efluam
por todos os lados,
vertendo transbordos
para fora das suas paredes...
Cantem! Cantem!
Cantem que o canto é lindo,
quando é cantado
por todos os cantadores,
por todos os homens
e mulheres da Terra.
Que cantos evoluam
como serpentes gigantes,
com seus braços airosos
abracem as gargantas de todos
que dispostos se ponham
a cantar da vida os encantos...
Que os deuses do mundo
se curvem -- de agora em diante,
não há mais que o Deus poderoso.
E os outros, invenções são dos homens
que, ao uivar dos ventos bravios,
se perdem à toa -- como a brisa
se espraia à luz de uma linda manhã.
Nada lhe resta à tarde
que ao sol foi queimada
pois não passara de uma simples cortesã.
Cantem! Cantem!
Cantem um cântico devido
de oferendas cravejado
despoluido, de coração puro
em uníssono e afinado!
Nos átrios do Senhor
que o nome dele seja, dignamente, venerado!
Que cante toda a Terra --
que brame o mar e a sua plenitude.
Cantem! Cantem!
Cantem todos um cântico novo.
sábado, 21 de novembro de 2009
A oração dos "Startsi"
O Ocidente está de pé ainda
por causa apenas das orações
dos idosos do Oriente. E só...
"Startsi"! "Startsi"! Orai por nós,
enquanto aqui nós nos fartamos
-- o do melhor, saboreamos...
Já disse alguém, que o Deus
o dedo seu em riste apontou p'ra
Ocidente e erigiu da Rússa Cruz
-- abrindo a porta para os lados:
a escolha p'ra sinistra, para destra.
A cada qual cabe o destino seu!..
O céu e o inferno estão unidos --
leis faltam para tudo separar. Já,
no Ocidente programado, basta
viver, viver. Em nada mais pensar!
A qual dos dois, cabe a Deus irar?
-- A quem os golpistas iriam apoiar!
Da Rússia, Deus guardará a sorte,
p'ra que a morte vingada seja um dia.
No Ocidente, não terá fim a alegria!..
Se as orações ouvidas dos "Startsi"
reconhecidas forem pelo(s) Petrarca(s)
Não restará do triste ido nem marca.
Nota:
1.
"Startsi"
-- velhos monges dos monastérios; levavam a vida
rezando pela purificação espiritual de seus semelhantes.
Eram os legítimos guardiães e propulsores da espiritualidade,
da cultura e de toda a vida (sócio-política) russa.
2.
Petrarca (Francesco Petrarca)
-- an Italian poet famous for love lyrics (1304-1374)
"Vedi la fonte d'ogni bel costume,
d'ogni eloquenzia e d'ogni bel vulgare,
poeta singulare,
misser Francesco,
che Fiorenza onora."
por causa apenas das orações
dos idosos do Oriente. E só...
"Startsi"! "Startsi"! Orai por nós,
enquanto aqui nós nos fartamos
-- o do melhor, saboreamos...
Já disse alguém, que o Deus
o dedo seu em riste apontou p'ra
Ocidente e erigiu da Rússa Cruz
-- abrindo a porta para os lados:
a escolha p'ra sinistra, para destra.
A cada qual cabe o destino seu!..
O céu e o inferno estão unidos --
leis faltam para tudo separar. Já,
no Ocidente programado, basta
viver, viver. Em nada mais pensar!
A qual dos dois, cabe a Deus irar?
-- A quem os golpistas iriam apoiar!
Da Rússia, Deus guardará a sorte,
p'ra que a morte vingada seja um dia.
No Ocidente, não terá fim a alegria!..
Se as orações ouvidas dos "Startsi"
reconhecidas forem pelo(s) Petrarca(s)
Não restará do triste ido nem marca.
Nota:
1.
"Startsi"
-- velhos monges dos monastérios; levavam a vida
rezando pela purificação espiritual de seus semelhantes.
Eram os legítimos guardiães e propulsores da espiritualidade,
da cultura e de toda a vida (sócio-política) russa.
2.
Petrarca (Francesco Petrarca)
-- an Italian poet famous for love lyrics (1304-1374)
"Vedi la fonte d'ogni bel costume,
d'ogni eloquenzia e d'ogni bel vulgare,
poeta singulare,
misser Francesco,
che Fiorenza onora."
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A "Internacional"
O hino da Internacional foi escrito por um anarquista.
A letra, do francês Eugène Edine Pottier
(4 out. 1816 - 6 nov. 1887, Paris), datada de 1871,
expressa as idéias dos socialistas,
dos comunistas e dos anarquistas.
Tradução (da versão russa) de Mykola Szoma
1.
Levanta, pela maldição marcado,
o famélico e oprimido povo!
A nossa mente -- cratera abrasada,
com torrentes de lava inundará o mundo.
Rompendo os grilhões do passado,
os servos se erguerão, depois
o mundo será mudado nas suas bases:
Agora nada -- depois, seremos tudo!
É tempo de batalha
unamo-nos para o combate.
Na Internacional
fundir-se-á o gênero humano!
2.
Ninguém dará nos o livramento:
nem deus, nem tsar e nem herói.
Conquistaremos a liberdade
com a nossa própria mão.
Para que o ladrão nos restitua, o que levou,
para que a sombra da cadeia se desfaça,
forjaremos o ferro com o fogo
enquanto o metal está ainda em brasa.
3.
O Estado -- a opressão, a lei apenas uma máscara,
tributos sufocam de modo insuportável.
Ninguém aos ricos prescreve algo,
e os direitos aos pobres não se econtram.
Já basta aos direitos do Estado,
que se ouça o direito da Igualdade:
De hoje em diante, apenas há o direito nosso,
entre os iguais não há pois leis!
4.
Chegaram os aproveitantes ao limite
monarccas do carvão, dos trilhos e do minério.
Os seus negócios asquerosos --
apenas são os de roubar e oprimir o Trabalho.
Nós criamos os capitais todos,
que nos cofres dos canalhas se encontram.
Avante! Agora chegou o tempo
de reaver o que é nosso de volta!
5.
Basta embebedar-nos com estupefacientes!
Adeus, adestramento militar!
Aos povos -- paz, guerra -- aos tiranos!
Declaração de greve, soldado, é hora.
Quando os canibais nos ordenarem
heroicamente sacrificarmo-nos --
então aos nossos generais
que as nossas balas sejam orientadas!
6.
Trabalhadores, camponeses, sejamos
um grande exército do Trabalho.
A Terra foi dada para a felicidade dos povos,
espantemos os zangões para sempre!
Embebidos de sangue até a fartura,
o abutre bebum e o corvo engordaram.
Conseguiremos que ambos se extingam
e o mundo de novo a luz do sol veja!
Alguns apontamentos históricos:
O anarquista francês Eugène Edine Pottier, membro da
Primeira Internacional e da Comuna de Paris. A letra foi
escrita durante o desbaratemnto da Comuna de Paris
(1871). No início cantava-se com a música da Marselhesa
(La Marseillaise). A nova melodia da "Internacional" foi
escrita em 1888 por Pierre Degeyter (operário francês,
trabalhava como torneiro mecânico numa metalúrgica;
nas horas de folga, dedicava-se à música). A primeira
execução com a nova melodia deu-se a 23 de junho de
1888. Em 1910, no Congresso Internacional Socialista,
em Copenhague, o texto de Pottier com a música de
Degeyter, foi adotado como o hino oficial da Internacional
Socialista mundial.
Em 1902, o texto foi traduzido para o ruso por Arkadiy
Yakovlevich Kots (1872 -1943). Tornou-se o hino do
Partido Revolucionário Social Democrático que, a partir
de 1918, passou a ser o hino oficial do Estado Soviético
da Rússia, depois como o hino da URSS.
Tendo a URSS adotado um novo hino em 1944, o texto
de Pottier ("Internacional", versão russa) passou a ser
como hino oficial do "partido dos bolsheviques" que era
o Partido Comunista da União Soviética. Hoje (2009)
o hino é o hino oficial do Partido Comunista da
Federação Russa. Há um estudo de adaptar a letra
às condições atuais, para que a "Internacional"
corresponda às necessidades e tarefas do homem
do século XXI.
A letra, do francês Eugène Edine Pottier
(4 out. 1816 - 6 nov. 1887, Paris), datada de 1871,
expressa as idéias dos socialistas,
dos comunistas e dos anarquistas.
Tradução (da versão russa) de Mykola Szoma
1.
Levanta, pela maldição marcado,
o famélico e oprimido povo!
A nossa mente -- cratera abrasada,
com torrentes de lava inundará o mundo.
Rompendo os grilhões do passado,
os servos se erguerão, depois
o mundo será mudado nas suas bases:
Agora nada -- depois, seremos tudo!
É tempo de batalha
unamo-nos para o combate.
Na Internacional
fundir-se-á o gênero humano!
2.
Ninguém dará nos o livramento:
nem deus, nem tsar e nem herói.
Conquistaremos a liberdade
com a nossa própria mão.
Para que o ladrão nos restitua, o que levou,
para que a sombra da cadeia se desfaça,
forjaremos o ferro com o fogo
enquanto o metal está ainda em brasa.
3.
O Estado -- a opressão, a lei apenas uma máscara,
tributos sufocam de modo insuportável.
Ninguém aos ricos prescreve algo,
e os direitos aos pobres não se econtram.
Já basta aos direitos do Estado,
que se ouça o direito da Igualdade:
De hoje em diante, apenas há o direito nosso,
entre os iguais não há pois leis!
4.
Chegaram os aproveitantes ao limite
monarccas do carvão, dos trilhos e do minério.
Os seus negócios asquerosos --
apenas são os de roubar e oprimir o Trabalho.
Nós criamos os capitais todos,
que nos cofres dos canalhas se encontram.
Avante! Agora chegou o tempo
de reaver o que é nosso de volta!
5.
Basta embebedar-nos com estupefacientes!
Adeus, adestramento militar!
Aos povos -- paz, guerra -- aos tiranos!
Declaração de greve, soldado, é hora.
Quando os canibais nos ordenarem
heroicamente sacrificarmo-nos --
então aos nossos generais
que as nossas balas sejam orientadas!
6.
Trabalhadores, camponeses, sejamos
um grande exército do Trabalho.
A Terra foi dada para a felicidade dos povos,
espantemos os zangões para sempre!
Embebidos de sangue até a fartura,
o abutre bebum e o corvo engordaram.
Conseguiremos que ambos se extingam
e o mundo de novo a luz do sol veja!
Alguns apontamentos históricos:
O anarquista francês Eugène Edine Pottier, membro da
Primeira Internacional e da Comuna de Paris. A letra foi
escrita durante o desbaratemnto da Comuna de Paris
(1871). No início cantava-se com a música da Marselhesa
(La Marseillaise). A nova melodia da "Internacional" foi
escrita em 1888 por Pierre Degeyter (operário francês,
trabalhava como torneiro mecânico numa metalúrgica;
nas horas de folga, dedicava-se à música). A primeira
execução com a nova melodia deu-se a 23 de junho de
1888. Em 1910, no Congresso Internacional Socialista,
em Copenhague, o texto de Pottier com a música de
Degeyter, foi adotado como o hino oficial da Internacional
Socialista mundial.
Em 1902, o texto foi traduzido para o ruso por Arkadiy
Yakovlevich Kots (1872 -1943). Tornou-se o hino do
Partido Revolucionário Social Democrático que, a partir
de 1918, passou a ser o hino oficial do Estado Soviético
da Rússia, depois como o hino da URSS.
Tendo a URSS adotado um novo hino em 1944, o texto
de Pottier ("Internacional", versão russa) passou a ser
como hino oficial do "partido dos bolsheviques" que era
o Partido Comunista da União Soviética. Hoje (2009)
o hino é o hino oficial do Partido Comunista da
Federação Russa. Há um estudo de adaptar a letra
às condições atuais, para que a "Internacional"
corresponda às necessidades e tarefas do homem
do século XXI.
A "International" -- uma idéia anarquista
O hino da Internacional foi escrito por um anarquista. A letra, do francês Eugène Edine Pottier (4 out. 1816 - 6 nov. 1887, Paris), datada de 1871, expressa as idéias dos socialistas, dos comunistas e dos anarquistas. O hino era aceito como oficial de todas as três correntes do século XIX. Pottier escreveu o seu poema na clandestinidade, como convocação de vingança (deforra), quando a revolução francesa se deitava em ruinas. Poucos anos depois, Pottier morria sem conhecer o alcance histórico social dos seus versos.
Os versos de conteudo ateista ou materialista -
incutem uma fé absoluta nas próprias forças (do coletivo humano)
como algo decisório (e é o que unifica os socialistas, os anarquistas
e os comunistas).
Realmente, no mundo há duas formas globais de concepção -- diria, duas filosofias: o deocentrismo e o ateismo (antropocentrismo). Todas as formas do pensamento humano enquadram-se numa destas duas concepções básicas (do pensar e de crer).
Por algumas razões, as idéias da versão original da Internacional foram extirpadas, amenizando-se o seu conteudo.
Breve "publicarei" uma versão plena da letra da versão original.
Mykola Szoma
Os versos de conteudo ateista ou materialista -
incutem uma fé absoluta nas próprias forças (do coletivo humano)
como algo decisório (e é o que unifica os socialistas, os anarquistas
e os comunistas).
Realmente, no mundo há duas formas globais de concepção -- diria, duas filosofias: o deocentrismo e o ateismo (antropocentrismo). Todas as formas do pensamento humano enquadram-se numa destas duas concepções básicas (do pensar e de crer).
Por algumas razões, as idéias da versão original da Internacional foram extirpadas, amenizando-se o seu conteudo.
Breve "publicarei" uma versão plena da letra da versão original.
Mykola Szoma
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Bezobraznaia Elza
Беzобраzная Эльzа
27-10-2009
http://www.liveinternet.ru/community/2115022/post60158201/
Bezobraznaia Elza
Poetisa russa de Petropavlovsk, Região de Kamchatka, FR
Tradução de Mykola Szoma
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Sobre os telhados, por si mesmos,
Numa valsa silenciosa: um-dois-três!
Rodopiavam pares de pombos
Uma gata dormia na chaminé
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Chilreava bravo um pardal
-- De ti não tenho medo, vejas!
-- Tu tens razão... À estrela d'alva,
Submissa às ancestrais feitiçarias,
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Eu te ouvirei, como aos ceus
Balouçam as estrelas o balanço
A noite toda -- é tua, apressa-te, agarres!
Ela se abrirá só para ti
Nas luzes inapagáveis das vitrines.
27-10-2009
http://www.liveinternet.ru/community/2115022/post60158201/
Bezobraznaia Elza
Poetisa russa de Petropavlovsk, Região de Kamchatka, FR
Tradução de Mykola Szoma
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Sobre os telhados, por si mesmos,
Numa valsa silenciosa: um-dois-três!
Rodopiavam pares de pombos
Uma gata dormia na chaminé
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Chilreava bravo um pardal
-- De ti não tenho medo, vejas!
-- Tu tens razão... À estrela d'alva,
Submissa às ancestrais feitiçarias,
Nas luzes inapagáveis das vitrines
Eu te ouvirei, como aos ceus
Balouçam as estrelas o balanço
A noite toda -- é tua, apressa-te, agarres!
Ela se abrirá só para ti
Nas luzes inapagáveis das vitrines.
O ser deixou de ser
O ser deixou de ser
para ser um fantoche
dos manipuladores!
Dos que o dominaram
e despojaram-no do pedestal
para as baixadas do nada,
da vida pacata de um mortal!
Segundo o Criador
o ser criado foi igual ao criador
-- tomar do mundo a conta e,
de todas as coisas da terra...
Ser um absoluto senhor!..
Dar nome aos bichos,
pastar os rebanhos,
pescar os peixes,
deliciar-se da brisa matutina e,
na surdina, das sombras das tardes
-- ao por do sol, amar sem dissabor!
O ser deixou de ser
para ser um fantoche
dos manipuladores!
Tomaram-lhe a coroa,
tornaram-no órfão de si e,
disseram-lhe que,
por mais que quisesse,
não passaria de sombra de outrem
-- um animal apenas, aos outros igual;
sem vontade de ser um ser divinal --
E, então, foi a desgraça total!..
"Ser, ou não ser",
eis a questão capital.
Despojaram o homem de tudo
-- deixaram-lhe uma vida banal.
Para ser um alguém,
deve em outros buscar;
nada em si tem, para se desvendar;
mas, do outro a vontade nem sempre
presente está -- vale só quando
o custo compensa e a verdade,
à base de ouro, garante-lhe a sentença.
Depois vieram os "profetas"
os psiquiatras e os atletas
dos jogos solenes dos gregos e dos romanos
-- homens fortes e sem pudor,
que domaram as coisas a seu modo
tirando o resto que ainda havia se camuflado
nas entrelinhas dos poetas --
os seres que seres não mais eram,
pois se tornaram tombadores
das verdades de algum Senhor.
para ser um fantoche
dos manipuladores!
Dos que o dominaram
e despojaram-no do pedestal
para as baixadas do nada,
da vida pacata de um mortal!
Segundo o Criador
o ser criado foi igual ao criador
-- tomar do mundo a conta e,
de todas as coisas da terra...
Ser um absoluto senhor!..
Dar nome aos bichos,
pastar os rebanhos,
pescar os peixes,
deliciar-se da brisa matutina e,
na surdina, das sombras das tardes
-- ao por do sol, amar sem dissabor!
O ser deixou de ser
para ser um fantoche
dos manipuladores!
Tomaram-lhe a coroa,
tornaram-no órfão de si e,
disseram-lhe que,
por mais que quisesse,
não passaria de sombra de outrem
-- um animal apenas, aos outros igual;
sem vontade de ser um ser divinal --
E, então, foi a desgraça total!..
"Ser, ou não ser",
eis a questão capital.
Despojaram o homem de tudo
-- deixaram-lhe uma vida banal.
Para ser um alguém,
deve em outros buscar;
nada em si tem, para se desvendar;
mas, do outro a vontade nem sempre
presente está -- vale só quando
o custo compensa e a verdade,
à base de ouro, garante-lhe a sentença.
Depois vieram os "profetas"
os psiquiatras e os atletas
dos jogos solenes dos gregos e dos romanos
-- homens fortes e sem pudor,
que domaram as coisas a seu modo
tirando o resto que ainda havia se camuflado
nas entrelinhas dos poetas --
os seres que seres não mais eram,
pois se tornaram tombadores
das verdades de algum Senhor.
sábado, 14 de novembro de 2009
Escrevas algo
Se tu queres escrever algo,
então escrevas algo que te pareça tal.
Um algo pode ser algo da tua senda
que um dia fez perderes-te
pelo caminho e não te deu
a marca de marcá-la, para
não desviares-te dela...
A culpa não foi tua e, sim
foi dela -- da senda, que fez
perderes-te nela. O simples fato
foi a falta tua de cautela.
Então escrevas isto simplesmente,
dizendo que perdido foste tu, por falta
de cautela; porém, a maior culpa foi a
da senda por não deitar-re marcas
pelo caminho que tu trilhaste nela.
Se tu queres escrever algo,
escrevas simplesmente.
Todos lerão o teu escrito e,
haverá aqueles ainda
que da senda a existência
duvidarão... Dirão:
será possível o haver algo
assim inverossímil -- uma
senda transitável que paz
o viandante seu perder-se?
Terás apenas de responder:
ninguém é obrigado a crer...
-- "Escrevo eu, para que tu possas algo ler.
Se é verdade ou mentira... Não vem ao caso.
Apenas são estórias de quem vive o seu viver."
Se tu queres escrever algo,
então escrevas algo que te pareça tal.
então escrevas algo que te pareça tal.
Um algo pode ser algo da tua senda
que um dia fez perderes-te
pelo caminho e não te deu
a marca de marcá-la, para
não desviares-te dela...
A culpa não foi tua e, sim
foi dela -- da senda, que fez
perderes-te nela. O simples fato
foi a falta tua de cautela.
Então escrevas isto simplesmente,
dizendo que perdido foste tu, por falta
de cautela; porém, a maior culpa foi a
da senda por não deitar-re marcas
pelo caminho que tu trilhaste nela.
Se tu queres escrever algo,
escrevas simplesmente.
Todos lerão o teu escrito e,
haverá aqueles ainda
que da senda a existência
duvidarão... Dirão:
será possível o haver algo
assim inverossímil -- uma
senda transitável que paz
o viandante seu perder-se?
Terás apenas de responder:
ninguém é obrigado a crer...
-- "Escrevo eu, para que tu possas algo ler.
Se é verdade ou mentira... Não vem ao caso.
Apenas são estórias de quem vive o seu viver."
Se tu queres escrever algo,
então escrevas algo que te pareça tal.
Você que se diz
Você que diz ser um dos tais,
que se arvora em sabido para
além dos, da morte, umbrais...
Ou se diz conhecer a saida do
saber inglório dos que não são
portadores da sorte da morte...
Por sorte, também não dispõe,
você como tal, a chave sagrada
da tumba final do fim do astral..
E eis todo o meu arsenal. Eu,
que não sou semelhante a você
-- pois eu sou um mortal. E tal
Serei até o final... Por sinal, não
invejo a você nem um pouco. E
nada eu teria, assim o fizesse!..
Inveja quem tem, bem não quer;
nem pode arvorar-se em um ser
-- pode ser apenas um perecer!
Sem nenhuma manhã de porvir,
apenas gozar-se, gozando a si.
Uma sombra de sombras por si.
E você, que ainda se mostra --
um dizer por gesto e sinal, que
não há mais ninguém tão igual.
Tome um jeito! Seja menos o tal.
Batuta é aquele que sabe sentir
dos outros a sorte, a sua afinal!..
que se arvora em sabido para
além dos, da morte, umbrais...
Ou se diz conhecer a saida do
saber inglório dos que não são
portadores da sorte da morte...
Por sorte, também não dispõe,
você como tal, a chave sagrada
da tumba final do fim do astral..
E eis todo o meu arsenal. Eu,
que não sou semelhante a você
-- pois eu sou um mortal. E tal
Serei até o final... Por sinal, não
invejo a você nem um pouco. E
nada eu teria, assim o fizesse!..
Inveja quem tem, bem não quer;
nem pode arvorar-se em um ser
-- pode ser apenas um perecer!
Sem nenhuma manhã de porvir,
apenas gozar-se, gozando a si.
Uma sombra de sombras por si.
E você, que ainda se mostra --
um dizer por gesto e sinal, que
não há mais ninguém tão igual.
Tome um jeito! Seja menos o tal.
Batuta é aquele que sabe sentir
dos outros a sorte, a sua afinal!..
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Oh! Vate insano
Aonde vais? Oh! "Vate" insano.
Para tu seres como... Falta-te
o principal -- o "cano".
Para tirar a fumaça das chaminés,
renovar o ar dos ambientes e,
deles fazer lugares atraentes.
Só exigir que depositem os dados
-- fatos correntes da vida
dos simplórios e dos abnegdos,
Não redunda em impérios gigantes.
Apenas serão pequenos reinados --
fechados em si, sem os navegantes.
Aonde vais? Oh! "Vate" insano...
Na competição, pelo poder terreno,
não se pode os outros tripudiar. Não!
Já que perdeu-se o objetivo principal,
não se perca por completo a vontade
de ter um pouco do poder temporal...
O primeiro já se foi. O segundo se vai.
O dinheiro tomou a conta dos grandes
exegetas do sagrado. E o resto se vai!
Vate! Já foste bardo dos desertos frios.
Clamaste os preceitos bons e sadios;
hoje, trocaste o passado por dinheiro...
Da vida "vocatus" em ouro puro diluiste.
-- Tornaste mais palpável e mais real o
que mais vale entre os homens. "Qui"?
Pergunta sem resposta!
Quem leu acima, já viu e percebeu
o que de fato e de "strictu sensu"
aconteceu... Ah! Agora deu!..
Para tu seres como... Falta-te
o principal -- o "cano".
Para tirar a fumaça das chaminés,
renovar o ar dos ambientes e,
deles fazer lugares atraentes.
Só exigir que depositem os dados
-- fatos correntes da vida
dos simplórios e dos abnegdos,
Não redunda em impérios gigantes.
Apenas serão pequenos reinados --
fechados em si, sem os navegantes.
Aonde vais? Oh! "Vate" insano...
Na competição, pelo poder terreno,
não se pode os outros tripudiar. Não!
Já que perdeu-se o objetivo principal,
não se perca por completo a vontade
de ter um pouco do poder temporal...
O primeiro já se foi. O segundo se vai.
O dinheiro tomou a conta dos grandes
exegetas do sagrado. E o resto se vai!
Vate! Já foste bardo dos desertos frios.
Clamaste os preceitos bons e sadios;
hoje, trocaste o passado por dinheiro...
Da vida "vocatus" em ouro puro diluiste.
-- Tornaste mais palpável e mais real o
que mais vale entre os homens. "Qui"?
Pergunta sem resposta!
Quem leu acima, já viu e percebeu
o que de fato e de "strictu sensu"
aconteceu... Ah! Agora deu!..
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Instale a meninice
Instale a meninice, do teu filho, no bom caminho,
e assim será até o fim dos dias dele -- Ele jamais
dele esquecerá. -- Trilhará reto, não se desviará!..
-- Algumas vezes, pode ser; em outras, não será.
Acreditei... Pensei assim e ensinei; porém, assim
não aconteceu. Cada qual deles, o seu caminho --
não sei se reto ou torto foi, escolheu. Apenas sei,
que o ensinado pouco ou quase de nada lhes valeu.
Enfatizando, um pouco exagerei! Algumas coisas
lhes valeram. Uns menos, outros mais aprenderam
que não se deve trapacear. Que a vida no trabalho
se estrutura. Que da labuta se ergue a formosura!..
-- A falha foi no pessoal relacional familial concreto.
Todos seguiram o seu caminho; de outros discreto.
Assim se fez uma escala de valores capitais -- uns
dispõem até demais; enquanto outros gemem ais!..
Mas é assim a vida! Para alguns, dá a grande sorte
e, para outros, a dor não comedida... O que a sofre
não se tem apercebido, que apenas paga pelo oque
não aprendeu -- em tempo adequado, do já vivido...
Instale a meninice, do teu filho, no bom caminho,
e assim será até o fim dos dias dele -- Ele jamais
dele esquecerá. -- Trilhará reto, não se desviará!..
-- Algumas vezes, pode ser; em outras, não será.
e assim será até o fim dos dias dele -- Ele jamais
dele esquecerá. -- Trilhará reto, não se desviará!..
-- Algumas vezes, pode ser; em outras, não será.
Acreditei... Pensei assim e ensinei; porém, assim
não aconteceu. Cada qual deles, o seu caminho --
não sei se reto ou torto foi, escolheu. Apenas sei,
que o ensinado pouco ou quase de nada lhes valeu.
Enfatizando, um pouco exagerei! Algumas coisas
lhes valeram. Uns menos, outros mais aprenderam
que não se deve trapacear. Que a vida no trabalho
se estrutura. Que da labuta se ergue a formosura!..
-- A falha foi no pessoal relacional familial concreto.
Todos seguiram o seu caminho; de outros discreto.
Assim se fez uma escala de valores capitais -- uns
dispõem até demais; enquanto outros gemem ais!..
Mas é assim a vida! Para alguns, dá a grande sorte
e, para outros, a dor não comedida... O que a sofre
não se tem apercebido, que apenas paga pelo oque
não aprendeu -- em tempo adequado, do já vivido...
Instale a meninice, do teu filho, no bom caminho,
e assim será até o fim dos dias dele -- Ele jamais
dele esquecerá. -- Trilhará reto, não se desviará!..
-- Algumas vezes, pode ser; em outras, não será.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Salmo 120
Num dia de angústia, desesperei-me e gritei;
os ceus se abriram, nuvens se esvairam e
cairam águas -- refrigeraram o rosto meu. Eu
acalmei-me, prostrei-me ao chão. Não chorei!
Os gritos meus, Ele ouvira. Nuvens fechara e,
gotas de vida pura, em forma d'agua, lançara;
para que, da minha alma, o tédio se afogasse.
E deste modo, as linguas más nada falassem!
Depois, de zimbro as flexas a brasa apagaram.
Assim, mortífero efeito seu, de todo anularam!..
Já calmo mais, as tendas de Quedat me viram
alguém de paz. Os inimigos meus se afligiram.
os ceus se abriram, nuvens se esvairam e
cairam águas -- refrigeraram o rosto meu. Eu
acalmei-me, prostrei-me ao chão. Não chorei!
Os gritos meus, Ele ouvira. Nuvens fechara e,
gotas de vida pura, em forma d'agua, lançara;
para que, da minha alma, o tédio se afogasse.
E deste modo, as linguas más nada falassem!
Depois, de zimbro as flexas a brasa apagaram.
Assim, mortífero efeito seu, de todo anularam!..
Já calmo mais, as tendas de Quedat me viram
alguém de paz. Os inimigos meus se afligiram.
Pedir perdão, não basta
Pedir perdão, não basta só.
Preciso é arrepender-se de
-- suas patadas, mesmo
aquelas dadas sobre
o asfalto macio, colorido
de branco, nas travessias
dos faróis, em dias de chuva;
-- seus gritos de insultos
aos ouvidos de não adultos,
que não aprenderam falar e,
nem ouvir dos outros
sarcásticas frases de asco;
-- sua fala insossa, contando
a vida dos outros sem graça,
como se fora uma piada
de ser espinhada ao riso
de coqueteis de cachaça;
-- o seu medo de ser tão só
um pedante, uma falastrão
insaciável, demolidor de
roda de amigos infatigável.
De ser um ser detestável...
Pedir perdão, não basta só.
Recolha-se ao seu abrigo --
lá fundo no coração do peito.
Descubra porque razão você
está tão perturbado -- o jeito
seu de ser assim; depois,
medite um pouco... -- Talvez
possa desvendar o mal feito
que o deixou desse jeito...
E, por enquanto, eu digo só.
Mas, você pode erigir-se um
parapeito. Daqueles que se
isola o possível a todo efeito.
Preciso é arrepender-se de
-- suas patadas, mesmo
aquelas dadas sobre
o asfalto macio, colorido
de branco, nas travessias
dos faróis, em dias de chuva;
-- seus gritos de insultos
aos ouvidos de não adultos,
que não aprenderam falar e,
nem ouvir dos outros
sarcásticas frases de asco;
-- sua fala insossa, contando
a vida dos outros sem graça,
como se fora uma piada
de ser espinhada ao riso
de coqueteis de cachaça;
-- o seu medo de ser tão só
um pedante, uma falastrão
insaciável, demolidor de
roda de amigos infatigável.
De ser um ser detestável...
Pedir perdão, não basta só.
Recolha-se ao seu abrigo --
lá fundo no coração do peito.
Descubra porque razão você
está tão perturbado -- o jeito
seu de ser assim; depois,
medite um pouco... -- Talvez
possa desvendar o mal feito
que o deixou desse jeito...
E, por enquanto, eu digo só.
Mas, você pode erigir-se um
parapeito. Daqueles que se
isola o possível a todo efeito.
Uma plêiade de falsetas
Anacoretas falsários de estirpe,
dizem-se ausentes dos males:
dos dissabores das mordomias;
Porém, mais próximo, que se
suponha, estão as suas mãos
-- repletas, de ricas pedrarias.
Às vezes, são profetas doutos;
outras, não passam de idiotas,
tanto prometem e até capotam.
Há farsantes, muito parlantes e
psicopatas socializantes -- são
os mais audazes. -- São bases.
Os intelectualiotas são os mais
purulentos, contaminam a todos,
mesmo em tempos sem ventos.
Produzem idéias de ante antes.
Desenharam as cores do mundo
-- dominaram a psique a fundo!..
As imundícies que há no mundo
são todas atos derivas de fatos
conjuminados de seus babados.
Há tocadores de trombetas que,
pelas esquinas e as alamedas,
se fazem presentes de muletas;
Cambaleando junto a sarjetas e
se dizem escoadoro dos desejos
dos pernetas. E são anacoretas!
Anacoretas falsários de estirpe,
dizem-se ausentes dos males:
dos dissabores das mordomias.
dizem-se ausentes dos males:
dos dissabores das mordomias;
Porém, mais próximo, que se
suponha, estão as suas mãos
-- repletas, de ricas pedrarias.
Às vezes, são profetas doutos;
outras, não passam de idiotas,
tanto prometem e até capotam.
Há farsantes, muito parlantes e
psicopatas socializantes -- são
os mais audazes. -- São bases.
Os intelectualiotas são os mais
purulentos, contaminam a todos,
mesmo em tempos sem ventos.
Produzem idéias de ante antes.
Desenharam as cores do mundo
-- dominaram a psique a fundo!..
As imundícies que há no mundo
são todas atos derivas de fatos
conjuminados de seus babados.
Há tocadores de trombetas que,
pelas esquinas e as alamedas,
se fazem presentes de muletas;
Cambaleando junto a sarjetas e
se dizem escoadoro dos desejos
dos pernetas. E são anacoretas!
Anacoretas falsários de estirpe,
dizem-se ausentes dos males:
dos dissabores das mordomias.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Retranscrição do salmo 73
Os soberbos, por serem ímpios, sempre prosperam.
Não sentem apertos na sua morte; eles não morrem!
Não se destroem pelos trabalhos -- E não trabalham.
Sempre envoltos em soberba. Desfrutam delícias só.
Colares vestem. O seu pescoço, é puro cabide d'ouro,
pés adornados e mãos macias. De bolso cheio, riem
sem o aperto do coração. Não sentem sede... O, não!
De corrompida vestimenta; ... não se sentem irmãos.
Dominam a Terra. Teem tudo às mãos. Teem servos,
falsos amigos; às vezes frequentam igrejas. Duvidam
que possa alguém destrui-los -- são indomáveis. São!
Não comparar-se com eles. -- Não se sentem irmãos.
Um dia serei deles? Pergunta me faço e digo que não.
-- O coração azedou-me e então entendi que somente
eles teem a riqueza. A grandeza da alma está lá, além
do horizonte, lá no Monte Calvário. Então compreendi!
Eis porque a minh'alma e o meu coração desfalecem:
... Todas as vezes que os meus pés se alongam de Ti.
E por certo, terás destruido a todos os que se desviam
dos caminhos da fé. Estou a teus pés, Oh! Deus Javé!
Não sentem apertos na sua morte; eles não morrem!
Não se destroem pelos trabalhos -- E não trabalham.
Sempre envoltos em soberba. Desfrutam delícias só.
Colares vestem. O seu pescoço, é puro cabide d'ouro,
pés adornados e mãos macias. De bolso cheio, riem
sem o aperto do coração. Não sentem sede... O, não!
De corrompida vestimenta; ... não se sentem irmãos.
Dominam a Terra. Teem tudo às mãos. Teem servos,
falsos amigos; às vezes frequentam igrejas. Duvidam
que possa alguém destrui-los -- são indomáveis. São!
Não comparar-se com eles. -- Não se sentem irmãos.
Um dia serei deles? Pergunta me faço e digo que não.
-- O coração azedou-me e então entendi que somente
eles teem a riqueza. A grandeza da alma está lá, além
do horizonte, lá no Monte Calvário. Então compreendi!
Eis porque a minh'alma e o meu coração desfalecem:
... Todas as vezes que os meus pés se alongam de Ti.
E por certo, terás destruido a todos os que se desviam
dos caminhos da fé. Estou a teus pés, Oh! Deus Javé!
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Tenho sensatês
Quero poupar-te do meu "gramàtiques".
Para ser sincero, eu nem falo o francês.
Portanto -- dizendo claro, tudo o que eu
dizer-te quero, vou fazê-lo em português
tão entendido o quanto possível seja...
E veja, de uma vez!
Eu tenho sensatez.
Errei, de novo. Isto seria espanhol.
Em português é sensatês.
Não sou cortês?..
Meus erros reconheço e os corrijo
com brevidade. Não quero ser um
intellect stupid (invertido)
na busca de notoriedade.
Quando eu peço-te entender-me
o faço com sinceridade -- idade
já tenho bastante, de verdade!..
Mentir não posso, nem por brevidade.
Dizem que, quando se aproxima do
ancoradouro, um barco faz amarras
-- para boiar seguro junto ao cais,
do porto dos finais.
Digo-te claro, em bom português:
homem que é homem
não faz intrigas nem em inglês...
O seu palavreado não é secreto;
é todo limpo e muito claro
como cristal e água benta
-- aquela da Da. Benta
que dá receitas de tom sadio
de sabor não acre,
nem muito salgado --
bem temperado, ao calafrio
de um chá dosado de erva doce
ou de um café de coador mellita.
Não se discute o gosto.
Nem por decreto! E tenho dito...
Sejas o que tu és.
Jamais serás o que os outros querem
que tu sejas. Despejes neles o teu
sorriso... e isto basta!
Tombarão como uma casta de mosquitos,
baratas, caronchas e outras tais --
como os cupins "sociais" que são
nada mais que alimento de tamanduá...
Alguns deles,
até podem usar os chapeus "panamá"...
E, não te irrites comigo!
Igual a ti, não há...
Eu tenho sensatês
para dizer-te, em português:
Não sejas tu nunca um insano.
P.S. P'ra terminar:
sou um profano,
daqueles que se veste de simples pano.
Para ser sincero, eu nem falo o francês.
Portanto -- dizendo claro, tudo o que eu
dizer-te quero, vou fazê-lo em português
tão entendido o quanto possível seja...
E veja, de uma vez!
Eu tenho sensatez.
Errei, de novo. Isto seria espanhol.
Em português é sensatês.
Não sou cortês?..
Meus erros reconheço e os corrijo
com brevidade. Não quero ser um
intellect stupid (invertido)
na busca de notoriedade.
Quando eu peço-te entender-me
o faço com sinceridade -- idade
já tenho bastante, de verdade!..
Mentir não posso, nem por brevidade.
Dizem que, quando se aproxima do
ancoradouro, um barco faz amarras
-- para boiar seguro junto ao cais,
do porto dos finais.
Digo-te claro, em bom português:
homem que é homem
não faz intrigas nem em inglês...
O seu palavreado não é secreto;
é todo limpo e muito claro
como cristal e água benta
-- aquela da Da. Benta
que dá receitas de tom sadio
de sabor não acre,
nem muito salgado --
bem temperado, ao calafrio
de um chá dosado de erva doce
ou de um café de coador mellita.
Não se discute o gosto.
Nem por decreto! E tenho dito...
Sejas o que tu és.
Jamais serás o que os outros querem
que tu sejas. Despejes neles o teu
sorriso... e isto basta!
Tombarão como uma casta de mosquitos,
baratas, caronchas e outras tais --
como os cupins "sociais" que são
nada mais que alimento de tamanduá...
Alguns deles,
até podem usar os chapeus "panamá"...
E, não te irrites comigo!
Igual a ti, não há...
Eu tenho sensatês
para dizer-te, em português:
Não sejas tu nunca um insano.
P.S. P'ra terminar:
sou um profano,
daqueles que se veste de simples pano.
O (a) virtual
A sua vida não é real;
você é todo (a) virtual!..
Vive de outrem,
até no Carnaval e diz:
"eu sou o (a) tal!".
Porém, você não é real.
É todo, dos pés à cabeça
é virtual -- a sua alma,
se por acaso a tem,
não mais sua. É toda
recauchutada --
todinha artificial.
Você se diz incrementado;
porque, tens aparência de
apimentado social -- bem
temperado do correto social.
Mas, quero fazer-lhe uma
pergunta simples:
você se indagou, alguma vez,
o que dizer-se diz, quando se
diz que um ser de fato é social?
A coisa é esta... Tal e qual!
Preste atenção!
Mais facil é encontrar-se
num bananal do que
perder-se num emaranhado
de um "lindo" cunho
(ou rascunho) social.
Quiz dizer isso mesmo
na qualidade de poeta,
desses que fala muito
e nada faz de mal...
Eu, cá do meu lado.
Você, lá do seu lugar
continua sendo um virtual.
O seu dente pivotado,
foi de porcelana incrementado;
o estômago "cortado", mantém
o trânsito "intra" seu desviado;
o seu nariz arrebitado foi, para
que tenha mais valia de mercado.
Da sua carteira o dinheiro "vivo"
foi trocado por um plástico pintado
-- dá-lhe mais possibilidades e
lhe tira quase todas as liberdades!
Seus negócios são aqueles os
que possam render mais prazeres
-- mas, é claro, não a você; a seus
sábios credores que se sustentam
sob os auspícios de seus sonhos.
E haja sonhos! Que o diga você!..
A sua vida não é real;
você é todo (a) virtual!..
Até parece um Carnaval.
Começa em fevereiro e
termina só no Natal...
Nos intervalos entre os dois
a vida é se matar. Não se pode
ficar "atrás" dos outros --
afinal, a vida é quase toda social.
Em nada se parece com você
nem com os seus
-- familiares,
-- filhos,
-- pais,
-- amigos,
-- os residentes ao seu redor...
Você deve mostrar-se diferenciado (a)
para que seja notado (a) e,
então,
será feliz até o final...
-- Final do que?
Saber resposta é um tanto banal!
Esqueço a pergunta. E digo:
by! by!
Meu ou minha irreal --
o (a) virtual.
você é todo (a) virtual!..
Vive de outrem,
até no Carnaval e diz:
"eu sou o (a) tal!".
Porém, você não é real.
É todo, dos pés à cabeça
é virtual -- a sua alma,
se por acaso a tem,
não mais sua. É toda
recauchutada --
todinha artificial.
Você se diz incrementado;
porque, tens aparência de
apimentado social -- bem
temperado do correto social.
Mas, quero fazer-lhe uma
pergunta simples:
você se indagou, alguma vez,
o que dizer-se diz, quando se
diz que um ser de fato é social?
A coisa é esta... Tal e qual!
Preste atenção!
Mais facil é encontrar-se
num bananal do que
perder-se num emaranhado
de um "lindo" cunho
(ou rascunho) social.
Quiz dizer isso mesmo
na qualidade de poeta,
desses que fala muito
e nada faz de mal...
Eu, cá do meu lado.
Você, lá do seu lugar
continua sendo um virtual.
O seu dente pivotado,
foi de porcelana incrementado;
o estômago "cortado", mantém
o trânsito "intra" seu desviado;
o seu nariz arrebitado foi, para
que tenha mais valia de mercado.
Da sua carteira o dinheiro "vivo"
foi trocado por um plástico pintado
-- dá-lhe mais possibilidades e
lhe tira quase todas as liberdades!
Seus negócios são aqueles os
que possam render mais prazeres
-- mas, é claro, não a você; a seus
sábios credores que se sustentam
sob os auspícios de seus sonhos.
E haja sonhos! Que o diga você!..
A sua vida não é real;
você é todo (a) virtual!..
Até parece um Carnaval.
Começa em fevereiro e
termina só no Natal...
Nos intervalos entre os dois
a vida é se matar. Não se pode
ficar "atrás" dos outros --
afinal, a vida é quase toda social.
Em nada se parece com você
nem com os seus
-- familiares,
-- filhos,
-- pais,
-- amigos,
-- os residentes ao seu redor...
Você deve mostrar-se diferenciado (a)
para que seja notado (a) e,
então,
será feliz até o final...
-- Final do que?
Saber resposta é um tanto banal!
Esqueço a pergunta. E digo:
by! by!
Meu ou minha irreal --
o (a) virtual.
domingo, 8 de novembro de 2009
Acho que há sinais
Assassinaram a igreja;
criaram seitas de montão.
Pastor é o dono do rebanho.
-- Não concordaste, não?
Então, cai fora! meu irmão!..
É a palavra mais construtiva
"entre na linha, siga o que
a minha douta sabedoria diz!".
Treinado fui -- é o pensamento
pastorício do grande chefe, que
encherga um pouco além
do seu grandioso nariz.
E praza a Deus
o tamanhão pinoquial deste nariz...
Eu, cá comigo, nunca tê-lo quis!
-- Sai tanta água suja dele,
até parece um gigante chafariz.
E é verdade a minha fala.
Não sou profeta nem sou abdal
de outros credos. Porém,
entendo um pouco do riscado
-- quando alguém se apossa
do que não lhe pertence, e
(fico abismado) diz que lhe é devido
por se postar como um atrevido
(usando o nome do Senhor) --
domar humanos como ovelhas,
ao pé da letra, como seus
súditos... Sem (mas, mesmo sem)
nenhum constrangimento
para elevar-se ao explendor.
Do ponto sociológicamente visto
identifico aqui o fato do moderno
Sr. Feudal, credor da vida
de um simples favelado
ou de qualquer outro sócio-marginal...
Assassinaram a igreja.
Do que dela restou,
fazem um seu próprio quintal.
Plantam flores, roseiras e orquídeas.
Delas recolhem as perfumadas pétalas
e jogam folhas, já ressequidas, aos
seus "súditos" -- submissos seres mortais.
Acho que há sinais
de algo fora do permissível
na "Casa de Abrantes".
Garanto que
nada havia disto antes!
É, as coisas mudam! Meus infantes.
criaram seitas de montão.
Pastor é o dono do rebanho.
-- Não concordaste, não?
Então, cai fora! meu irmão!..
É a palavra mais construtiva
"entre na linha, siga o que
a minha douta sabedoria diz!".
Treinado fui -- é o pensamento
pastorício do grande chefe, que
encherga um pouco além
do seu grandioso nariz.
E praza a Deus
o tamanhão pinoquial deste nariz...
Eu, cá comigo, nunca tê-lo quis!
-- Sai tanta água suja dele,
até parece um gigante chafariz.
E é verdade a minha fala.
Não sou profeta nem sou abdal
de outros credos. Porém,
entendo um pouco do riscado
-- quando alguém se apossa
do que não lhe pertence, e
(fico abismado) diz que lhe é devido
por se postar como um atrevido
(usando o nome do Senhor) --
domar humanos como ovelhas,
ao pé da letra, como seus
súditos... Sem (mas, mesmo sem)
nenhum constrangimento
para elevar-se ao explendor.
Do ponto sociológicamente visto
identifico aqui o fato do moderno
Sr. Feudal, credor da vida
de um simples favelado
ou de qualquer outro sócio-marginal...
Assassinaram a igreja.
Do que dela restou,
fazem um seu próprio quintal.
Plantam flores, roseiras e orquídeas.
Delas recolhem as perfumadas pétalas
e jogam folhas, já ressequidas, aos
seus "súditos" -- submissos seres mortais.
Acho que há sinais
de algo fora do permissível
na "Casa de Abrantes".
Garanto que
nada havia disto antes!
É, as coisas mudam! Meus infantes.
sábado, 7 de novembro de 2009
Quo vadis, Saci!
Saci...
Quo vadis?
Cadê você?
Aonde vai, por que?
De onde vem, trazendo o que?
Por que?
Se perguntar
"ser ou não ser"
será igual ao
"to be, or not to be"?
-- Por esta, eu acho que respondi!
Mas na linguagem dos Tupi
com os percalços do descalço Saci.
Dizem que em Nairobi
coisa tal já tem se visto;
porém, não comenta nada quanto a isto.
Mas eu insisto e faço uma nova indagação
"to be or not to be" será igual ao ser ou não?
O que acha você, meu irmão.
Responda-me de antemão --
sem se ater ao palavrão do pregão
da Bolsa de Valores dos ricos,
aqueles que nem sabem que existe
um tal de sertão. É sim, meu irmão!
Este poema -- um poemeto salafrário
que deveria estar na boca todos os dias
dos homens de bem; pelo contrário,
está saindo aqui da minha pena
com vontade de voar, feito
uma pequena ave serena!
Coitado!
Não tem asas
nem está coberto de penas
nem parece conhecer a Atenas
-- para alguns uma cidade grega
que teria se erigido por alfenas.
Que intrepidez esta minha
misturando o trabalho dos humanos
com a beleza das flores -- alfenas...
São oleáceas brancas de negras bagas
encanto dos botânicos e de suas plagas.
Epa!
Já estou distante o bastante
e quase estou me perdendo.
Vou retornar ao passado;
talvez, ao começo deste evento
de escrever um poema rebento,
que jorrasse de si um dvento --
literalmente, até purulento...
Será que eu aguento?
Mas é este o meu intento!
Vou me acomodar no meu assento
e passar a relatar o começo da pergunta
"quo vadis"?.
Ei, você! Fique atento.
-- "Quo Vadis" foi um grande evento.
A perseguição romana aos cristãos --
por Nero, do século um do cristão advento.
A saga foi traçada por Henryk Sienkiewicz,
um polaco do russo império purulento.
-- Saci
de nome Pererê, que tinha uma perna só,
usava gorro vermelho e um cachimbo.
Brincalhão e divertido
vive nas matas, aprontando travessuras --
assustando cavalos, emitindo ruidos; porém,
não faz mal a ninguém.
31 de outubro é o seu dia -- o dia do Sacit...
-- "to be, or not to be"?
Agora, você me pegou. Nem sei porque
eu encaixei esta "frase" estranha aqui!..
Em todo caso, vamos lá. Explicarei.
A frase é de William Shakespeare
-- de Hamlet o interior solilóquio
que se pergunta a sua parte
no patamar da sua patopéia;
que, na verdade, diz
cabe a nós fazermos a nossa posição
sem apelarmos para nenhuma petição.
"Ser, ou não ser" -- em português
eu digo assim
para crescer, para nada copiar dos outros.
Aliás, também tenho desejo de vencer!..
Já em Tupi
eu me prendi
para trazer as origens do Saci,
um brasileiro nato.
Graças ao Moneiro Lobato, acho que consegui
Quo vadis?
Cadê você?
Aonde vai, por que?
De onde vem, trazendo o que?
Por que?
Se perguntar
"ser ou não ser"
será igual ao
"to be, or not to be"?
-- Por esta, eu acho que respondi!
Mas na linguagem dos Tupi
com os percalços do descalço Saci.
Dizem que em Nairobi
coisa tal já tem se visto;
porém, não comenta nada quanto a isto.
Mas eu insisto e faço uma nova indagação
"to be or not to be" será igual ao ser ou não?
O que acha você, meu irmão.
Responda-me de antemão --
sem se ater ao palavrão do pregão
da Bolsa de Valores dos ricos,
aqueles que nem sabem que existe
um tal de sertão. É sim, meu irmão!
Este poema -- um poemeto salafrário
que deveria estar na boca todos os dias
dos homens de bem; pelo contrário,
está saindo aqui da minha pena
com vontade de voar, feito
uma pequena ave serena!
Coitado!
Não tem asas
nem está coberto de penas
nem parece conhecer a Atenas
-- para alguns uma cidade grega
que teria se erigido por alfenas.
Que intrepidez esta minha
misturando o trabalho dos humanos
com a beleza das flores -- alfenas...
São oleáceas brancas de negras bagas
encanto dos botânicos e de suas plagas.
Epa!
Já estou distante o bastante
e quase estou me perdendo.
Vou retornar ao passado;
talvez, ao começo deste evento
de escrever um poema rebento,
que jorrasse de si um dvento --
literalmente, até purulento...
Será que eu aguento?
Mas é este o meu intento!
Vou me acomodar no meu assento
e passar a relatar o começo da pergunta
"quo vadis"?.
Ei, você! Fique atento.
-- "Quo Vadis" foi um grande evento.
A perseguição romana aos cristãos --
por Nero, do século um do cristão advento.
A saga foi traçada por Henryk Sienkiewicz,
um polaco do russo império purulento.
-- Saci
de nome Pererê, que tinha uma perna só,
usava gorro vermelho e um cachimbo.
Brincalhão e divertido
vive nas matas, aprontando travessuras --
assustando cavalos, emitindo ruidos; porém,
não faz mal a ninguém.
31 de outubro é o seu dia -- o dia do Sacit...
-- "to be, or not to be"?
Agora, você me pegou. Nem sei porque
eu encaixei esta "frase" estranha aqui!..
Em todo caso, vamos lá. Explicarei.
A frase é de William Shakespeare
-- de Hamlet o interior solilóquio
que se pergunta a sua parte
no patamar da sua patopéia;
que, na verdade, diz
cabe a nós fazermos a nossa posição
sem apelarmos para nenhuma petição.
"Ser, ou não ser" -- em português
eu digo assim
para crescer, para nada copiar dos outros.
Aliás, também tenho desejo de vencer!..
Já em Tupi
eu me prendi
para trazer as origens do Saci,
um brasileiro nato.
Graças ao Moneiro Lobato, acho que consegui
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Herdeiros sem herança
São filhos -- de pais abnegados,
abdicaram direitos de serem a
linhagemn real de origem...
Seguiram a vertigem de outrem,
na penumbra da sócio-fuligem --
fizeram-se nada. E nadam agora!
Do viajante na metáfora "instaram"
"partiram, mas não chegaram"!
Atropelaram a si próprios. Fiaram
a sua sorte ao incerto, porque --
Das origens dos seus "passados",
sem razão alguma, se desligaram.
Partiram, mas não chegaram!..
Nada aceitaram; sem nada ficaram!
E nadam agora por sobre as águas,
que águas não são de rios profundos
-- são córregos rasos que secam
assim que raios solares os inundam.
Herdeiros sem herança!
Dos pais o passado renegaram...
Hoje são "flores" e nada mais, que
por destino alheio, cairam no nada.
Assim quiseram... Assim serão.
-- De raizes suas se desligaram.
Na mente dos outros responderão
como "traidores" não integrados!..
São filhos -- de pais abnegados,
abdicaram direitos de serem a
linhagem real de origem. Serão
uma penumbra da sócio-fuligem.
abdicaram direitos de serem a
linhagemn real de origem...
Seguiram a vertigem de outrem,
na penumbra da sócio-fuligem --
fizeram-se nada. E nadam agora!
Do viajante na metáfora "instaram"
"partiram, mas não chegaram"!
Atropelaram a si próprios. Fiaram
a sua sorte ao incerto, porque --
Das origens dos seus "passados",
sem razão alguma, se desligaram.
Partiram, mas não chegaram!..
Nada aceitaram; sem nada ficaram!
E nadam agora por sobre as águas,
que águas não são de rios profundos
-- são córregos rasos que secam
assim que raios solares os inundam.
Herdeiros sem herança!
Dos pais o passado renegaram...
Hoje são "flores" e nada mais, que
por destino alheio, cairam no nada.
Assim quiseram... Assim serão.
-- De raizes suas se desligaram.
Na mente dos outros responderão
como "traidores" não integrados!..
São filhos -- de pais abnegados,
abdicaram direitos de serem a
linhagem real de origem. Serão
uma penumbra da sócio-fuligem.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Caso Nintendo
Pensei Nintendo se entendendo;
porém, o Rev-enido embruteceu,
estupideceu-se
-- perdeu as estribeiras e, quase,
enlouqueceu...
O caso foi assim,
há gente que viu e descreveu:
Alguém lhe disse que também
sabia ler um pouco. Que entendia
do riscado, quando
se apresentasse-lhe o texto douto.
Aquele que exige um certo saber
para ser lido sem transtorno sério
-- para o seu correto entender!
E que desgraça não foi dita!..
Nintendo se enfureceu.
Pulou... pulou... pulou, gemeu!..
Até espuma rolou pelos seus lábios.
Parecia um cão raivoso. Esbraveceu!
O exagero foi necessário, para que
entendido fosse o caso e o seu
corolário. Rev-enido se perdeu em si.
Mais parecia ter uma perna só
-- quase seria um lendário Saci...
Perambulando, em pulos,
pelos galhos das mentes humanas
-- exalando de Mirtáceas cambuci.
Rev-enido, porque hoje a temperatura,
por ele absorvida, é de todo protendida
aos confins de um atabaque percutido
pelas mãos treinadas em bater manso
-- com fé simples, sem sotaque.
Apenas no puro ataque!
Para muitos outros,
o Nintendo poderia ser também um
Rev-ênidro que, vivendo das águas,
não dele -- dos outros, navega tranquilo
de um lado ao outro
sempre disposto a mudar de lacaio
desde que lhe seja submisso...
Que haja bromato para cozer o pão
-- de saruga ou de praganas.
E foi isso o que aconteceu.
O Rev-enido se exaltou. Tremeu.
Agarrou o pescoço de um coitado
e o quase da vida escafedeu!..
Parece até mentira; mas, foi assim
que a estória se deu. O coitado
do corifeu, cedeu. Era o posto
que ocupava, quando o fato aconteceu.
O Nintendo era um Rev-enido e,
o coitado era um simples corifeu.
O Rev-enido mandava em tudo.
Um dia foi desafiado; não concordou
e, do seu jeito mais apropriado, respondeu.
Muitos viram.
Todos calaram.
Nintendo não se entendeu,
continuou "abutrando"
sobre os mortos de pensamento
acreditando que foi ele que os escolheu.
--------------------------------------------------------------------------------------
Nota:
Saci (mitologia tupi) = entidade, por vezes, maléfica;
outras vezes, graciosa e zombeteira
pão de saruga = o que não tem mistura
praganas (saruga) = barbas de espigas de cereais
porém, o Rev-enido embruteceu,
estupideceu-se
-- perdeu as estribeiras e, quase,
enlouqueceu...
O caso foi assim,
há gente que viu e descreveu:
Alguém lhe disse que também
sabia ler um pouco. Que entendia
do riscado, quando
se apresentasse-lhe o texto douto.
Aquele que exige um certo saber
para ser lido sem transtorno sério
-- para o seu correto entender!
E que desgraça não foi dita!..
Nintendo se enfureceu.
Pulou... pulou... pulou, gemeu!..
Até espuma rolou pelos seus lábios.
Parecia um cão raivoso. Esbraveceu!
O exagero foi necessário, para que
entendido fosse o caso e o seu
corolário. Rev-enido se perdeu em si.
Mais parecia ter uma perna só
-- quase seria um lendário Saci...
Perambulando, em pulos,
pelos galhos das mentes humanas
-- exalando de Mirtáceas cambuci.
Rev-enido, porque hoje a temperatura,
por ele absorvida, é de todo protendida
aos confins de um atabaque percutido
pelas mãos treinadas em bater manso
-- com fé simples, sem sotaque.
Apenas no puro ataque!
Para muitos outros,
o Nintendo poderia ser também um
Rev-ênidro que, vivendo das águas,
não dele -- dos outros, navega tranquilo
de um lado ao outro
sempre disposto a mudar de lacaio
desde que lhe seja submisso...
Que haja bromato para cozer o pão
-- de saruga ou de praganas.
E foi isso o que aconteceu.
O Rev-enido se exaltou. Tremeu.
Agarrou o pescoço de um coitado
e o quase da vida escafedeu!..
Parece até mentira; mas, foi assim
que a estória se deu. O coitado
do corifeu, cedeu. Era o posto
que ocupava, quando o fato aconteceu.
O Nintendo era um Rev-enido e,
o coitado era um simples corifeu.
O Rev-enido mandava em tudo.
Um dia foi desafiado; não concordou
e, do seu jeito mais apropriado, respondeu.
Muitos viram.
Todos calaram.
Nintendo não se entendeu,
continuou "abutrando"
sobre os mortos de pensamento
acreditando que foi ele que os escolheu.
--------------------------------------------------------------------------------------
Nota:
Saci (mitologia tupi) = entidade, por vezes, maléfica;
outras vezes, graciosa e zombeteira
pão de saruga = o que não tem mistura
praganas (saruga) = barbas de espigas de cereais
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
"Poetas"
Igor Talkov
Poema "Poetas"
Excerto
Da página da Internet russa "Outono de Bernovo"
Bernovo, uma vila da Província de Tversk na qual
Pushkin tinha estado.
Tradução de Mykola Szoma
"Poetas não nascem por acaso,
eles caem na terra das alturas.
A vida deles, coberta de segredos;
embora eles mesmos sejam simples e abertos.
Os olhos destes divinos mensageiros
sempre estão tristes e fieis aos devaneios.
Mas no caos dos problemas, a sua alma ilumina
os mundos que se perdem na escuridão"...
"E eles vão embora...
Tendo a missão cumprida,
são convocados para os mundos superiores,
desconhecidos para as consciências nossas,
pelas regras dos jogos cósmicos.
E eles vão embora...
Não tendo ainda terminado o seu canto e,
já em sua homenagem, a orquestra toca tush.
Por atores, músicos e poetas outros.
Os curadores das nosss almas fadigadas".
--------------------------------------------------------------------
Nota:
tush (alemão, Tusch) = uma peça musical leve,
executada por fanfarra, como uma saudação.
Poema "Poetas"
Excerto
Da página da Internet russa "Outono de Bernovo"
Bernovo, uma vila da Província de Tversk na qual
Pushkin tinha estado.
Tradução de Mykola Szoma
"Poetas não nascem por acaso,
eles caem na terra das alturas.
A vida deles, coberta de segredos;
embora eles mesmos sejam simples e abertos.
Os olhos destes divinos mensageiros
sempre estão tristes e fieis aos devaneios.
Mas no caos dos problemas, a sua alma ilumina
os mundos que se perdem na escuridão"...
"E eles vão embora...
Tendo a missão cumprida,
são convocados para os mundos superiores,
desconhecidos para as consciências nossas,
pelas regras dos jogos cósmicos.
E eles vão embora...
Não tendo ainda terminado o seu canto e,
já em sua homenagem, a orquestra toca tush.
Por atores, músicos e poetas outros.
Os curadores das nosss almas fadigadas".
--------------------------------------------------------------------
Nota:
tush (alemão, Tusch) = uma peça musical leve,
executada por fanfarra, como uma saudação.
À base do salmo 4
Do teu pai, ouça os conselhos;
são prudentes e podem ser uteis.
Também fui um bom filho.
Dos meus pais ouvi os
ensinamentos, que me valem,
até hoje, nos bons e também,
nos maus momentos...
Dinheiro não tenho; porém,
a coisa mais valiosa transmito
-- uma fé na justa causa,
na palavra não desdita,
num coração bondoso e,
na razão limpa, esculpida.
Ter uma mente sadia, ao lado
d'um coração amainado, não
pode haver maior riqueza que
-- nem por toneladas de ouro,
se pudesse ter trocado.
Obedeça aos conselhos do teu pai.
O ditado dele já pode ser antigo.
Porém, é o único que vale agora
para dar-te o norte do caminho,
que, na certa, deverás segui-lo.
Não te alies aos nefastos atos
das pretensas amizades ocas;
são pretensas, porque falsas --
não constroem... São loucas!..
Andes sempre pelos caminhos
pavimentados pelo saber.
São verdades que não falham.
E é simples. Só corresponder
são prudentes e podem ser uteis.
Também fui um bom filho.
Dos meus pais ouvi os
ensinamentos, que me valem,
até hoje, nos bons e também,
nos maus momentos...
Dinheiro não tenho; porém,
a coisa mais valiosa transmito
-- uma fé na justa causa,
na palavra não desdita,
num coração bondoso e,
na razão limpa, esculpida.
Ter uma mente sadia, ao lado
d'um coração amainado, não
pode haver maior riqueza que
-- nem por toneladas de ouro,
se pudesse ter trocado.
Obedeça aos conselhos do teu pai.
O ditado dele já pode ser antigo.
Porém, é o único que vale agora
para dar-te o norte do caminho,
que, na certa, deverás segui-lo.
Não te alies aos nefastos atos
das pretensas amizades ocas;
são pretensas, porque falsas --
não constroem... São loucas!..
Andes sempre pelos caminhos
pavimentados pelo saber.
São verdades que não falham.
E é simples. Só corresponder
Salmo 59
Salmo 59
transcrição para um simples poema meu
Eles parecem cães latindo...
Enraivecidos, em torno da cidade rondam
-- procuram alimento. Uivam por vezes.
Dá medo de ouvi-los! Estão enfurecidos.
Eu fujo deles...
Mas onde poderei esconder-me?
Correm, atrás de mim, como se loucos fossem!
Seus dentes adestrados, são muito perigosos.
Preciso de um refúgio!
-- desde a manhã, até tarde da noite,
são eles os cães larápios e os meus inimigos.
Mas onde poderei esconder-me?
Tenho apenas uma coisa no pensamento.
Senhor, meu Deus! És Tu o meu socorro...
A Ti eu me dirijo. Não seja comigo indiferente
-- abata a todos eles, para que não me espedassem
como aquele osso ressequido.
Para que eu não torne-me um riso.
transcrição para um simples poema meu
Eles parecem cães latindo...
Enraivecidos, em torno da cidade rondam
-- procuram alimento. Uivam por vezes.
Dá medo de ouvi-los! Estão enfurecidos.
Eu fujo deles...
Mas onde poderei esconder-me?
Correm, atrás de mim, como se loucos fossem!
Seus dentes adestrados, são muito perigosos.
Preciso de um refúgio!
-- desde a manhã, até tarde da noite,
são eles os cães larápios e os meus inimigos.
Mas onde poderei esconder-me?
Tenho apenas uma coisa no pensamento.
Senhor, meu Deus! És Tu o meu socorro...
A Ti eu me dirijo. Não seja comigo indiferente
-- abata a todos eles, para que não me espedassem
como aquele osso ressequido.
Para que eu não torne-me um riso.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Será?..
Será possível viver a morte em vida?
Viver a vida, embora estando morto já?
Será?.. Será?.. Será?..
Pergunto mais: Será?..
Não me responda! -- Não há resposta!..
Quem está morto, vivo não pode estar.
Porém, um vivo já pode estar morto. É
não foi tão simples esta idéia aceitar!..
Razões há muitas e infindáveis, que
corroboram a assertiva. A vida é vida,
só quando é vida simples, não aflita e
sem angustias muitas que a anulem,
a destruindo ainda em vida até matar!
Não queiras impressionar-te nunca com
os dizeres frios de uma poeta... Estes,
desenham apenas sonhos frios dele, são
como bálsamo da sua alma não sensata.
Vagueiam pelos ares púberes do espaço,
buscando coisas. De que? Nem ele sabe!
Por que?
-- Porque saber não quer porque.
Apenas agitar a vida e os destinos outros
que não os próprios seus... Ele é feliz em
ser o que não é; também será feliz
quando o for não sendo o que agora é;
então será poeta e só poeta mesmo --
se Deus assim o quiser!
Será?.. Será?.. Será?..
Pergunto mais: Será?..
Quem se atrever a responder
-- não me responda!
Que resposta pra nada disto há.
Viver a vida, embora estando morto já?
Será?.. Será?.. Será?..
Pergunto mais: Será?..
Não me responda! -- Não há resposta!..
Quem está morto, vivo não pode estar.
Porém, um vivo já pode estar morto. É
não foi tão simples esta idéia aceitar!..
Razões há muitas e infindáveis, que
corroboram a assertiva. A vida é vida,
só quando é vida simples, não aflita e
sem angustias muitas que a anulem,
a destruindo ainda em vida até matar!
Não queiras impressionar-te nunca com
os dizeres frios de uma poeta... Estes,
desenham apenas sonhos frios dele, são
como bálsamo da sua alma não sensata.
Vagueiam pelos ares púberes do espaço,
buscando coisas. De que? Nem ele sabe!
Por que?
-- Porque saber não quer porque.
Apenas agitar a vida e os destinos outros
que não os próprios seus... Ele é feliz em
ser o que não é; também será feliz
quando o for não sendo o que agora é;
então será poeta e só poeta mesmo --
se Deus assim o quiser!
Será?.. Será?.. Será?..
Pergunto mais: Será?..
Quem se atrever a responder
-- não me responda!
Que resposta pra nada disto há.
domingo, 1 de novembro de 2009
No Bosque Bielorusso
De Evreiskiy Kaleidoskop
Domingo, 1 de novembro de 2009 11:51
Poema do escritor Israelita David Grenader de
Ashdod, cidade (5a. maior cidade) e porto de Israel
No Bosque Bielorusso
de David Grenader
Tradução de Mykola Szoma
No "Bosque Bielorusso" da antiga terra israelita,
lá onde os pinheiros sussurram sob a brisa de ventos suaves,
eu me encontro parado junto ao modesto sinal sobre a rochosa colina,
exatamente ali, bem na ponta, de onde a morte dista apenas meio metro.
Exatamente ali, bem na ponta, onde se decidia a questão judaica,
onde a canalhada fascista decidiu a sua ação nefasta,
ali, onde as almas hebréias gritavam esperançosas por um SOS,
mas o mundo inteiro indifirente guardava um silêncio sepulcral.
Quantos deles, queridos, tombaram naquela guerra maldita?
Quantos em "covas", foram enterrados nas florestas em estreitas trincheiras?
Imagem do gueto de Minsk permanece nesta colina,
onde as raizes dos pinheiros se trançaram para sempre com a Terra Bielorussa.
------------------------------------------------------------------------------------
22 de outubro de 2009, houve o encontro anual dos que,
há 11 anos atrás, haviam plantado 1000 árvores em homenagem
aos ancestrais tombados -- vítimas do gueto de Minsk
Domingo, 1 de novembro de 2009 11:51
Poema do escritor Israelita David Grenader de
Ashdod, cidade (5a. maior cidade) e porto de Israel
No Bosque Bielorusso
de David Grenader
Tradução de Mykola Szoma
No "Bosque Bielorusso" da antiga terra israelita,
lá onde os pinheiros sussurram sob a brisa de ventos suaves,
eu me encontro parado junto ao modesto sinal sobre a rochosa colina,
exatamente ali, bem na ponta, de onde a morte dista apenas meio metro.
Exatamente ali, bem na ponta, onde se decidia a questão judaica,
onde a canalhada fascista decidiu a sua ação nefasta,
ali, onde as almas hebréias gritavam esperançosas por um SOS,
mas o mundo inteiro indifirente guardava um silêncio sepulcral.
Quantos deles, queridos, tombaram naquela guerra maldita?
Quantos em "covas", foram enterrados nas florestas em estreitas trincheiras?
Imagem do gueto de Minsk permanece nesta colina,
onde as raizes dos pinheiros se trançaram para sempre com a Terra Bielorussa.
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22 de outubro de 2009, houve o encontro anual dos que,
há 11 anos atrás, haviam plantado 1000 árvores em homenagem
aos ancestrais tombados -- vítimas do gueto de Minsk
sábado, 31 de outubro de 2009
Dai-lhes vós
Dai-lhes vós de comer
que sejam migalhas,
esfareladas mesmo mas,
que possam a fome deter
para que vossos cultos
de soberba beleza
não se findem e que
ainda possam crescer!..
Dai-lhes vós de comer!
Dai-lhes vós o vestir-se.
Farrapos ou trapos --
que seja o que for parecido;
deles falta vós não tereis
mas, sossego da mente,
tranquila e inocente
em seus corações sentireis!
Ação boa é toda boa ação --
já foi ensinado assim no passado.
Por que duvidar
de um retorno tranquilo à causa --
a de ser pelos ingentes adorado?
Uma rota camisa
uma calça rasgada
uma meia furada ou
um paletó sem botões
valer pode muito para quem
não tem nada; porém,
mais valer vai para o seu doador.
Será visto senhor benfazejo,
repleto de amor,
benfeitor do seu próximo...
Terá garantido, no reino acima,
um assento repleto de glórias
adornado de coroas de ouro e,
o mais importante, jamais sentirá uma dor!
Um detalhe deverá ser cumprido ainda,
ao se dar uma esmola qualquer:
deverá ser erguido um "templo"
no qual será inscrito o nome do praticante
dos atos tão nobres como os de:
doador de migalhas,
de trapos rasgados,
de sapatos furados
e, por fim, anotar: "este é
um ator mascarado de moral duvidosa,
só buscou a grandeza para a sua alma
maldosa".
que sejam migalhas,
esfareladas mesmo mas,
que possam a fome deter
para que vossos cultos
de soberba beleza
não se findem e que
ainda possam crescer!..
Dai-lhes vós de comer!
Dai-lhes vós o vestir-se.
Farrapos ou trapos --
que seja o que for parecido;
deles falta vós não tereis
mas, sossego da mente,
tranquila e inocente
em seus corações sentireis!
Ação boa é toda boa ação --
já foi ensinado assim no passado.
Por que duvidar
de um retorno tranquilo à causa --
a de ser pelos ingentes adorado?
Uma rota camisa
uma calça rasgada
uma meia furada ou
um paletó sem botões
valer pode muito para quem
não tem nada; porém,
mais valer vai para o seu doador.
Será visto senhor benfazejo,
repleto de amor,
benfeitor do seu próximo...
Terá garantido, no reino acima,
um assento repleto de glórias
adornado de coroas de ouro e,
o mais importante, jamais sentirá uma dor!
Um detalhe deverá ser cumprido ainda,
ao se dar uma esmola qualquer:
deverá ser erguido um "templo"
no qual será inscrito o nome do praticante
dos atos tão nobres como os de:
doador de migalhas,
de trapos rasgados,
de sapatos furados
e, por fim, anotar: "este é
um ator mascarado de moral duvidosa,
só buscou a grandeza para a sua alma
maldosa".
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Lembranças históricas da vida
Ela passou sem dizer nada.
Não olhou para lado nenhum.
Não chamou atenção de ninguém.
-- Ele a matou! ... Por que?..
Pensei,
não entendi,
como podiam acontecer coisas assim?
Ela passou. Silente. Indiferente.
Ele a matou!
Um tiro por nada ... acabou!
Algo valia a vida para ele?
Não a vida dele, a do semelhante,
a dela que, por acaso, ali passou
e ele -- seria desalmado?
e a matou
sem perguntar a si
sem perguntar a ela
o que fazia ela ali,
p'ra merecer a morte insana
-- simples quimera?
Aquele instante de morrer
foi o instante dela, sem merecer
e sem saber porque...
Haverá instante mais assim
em que mais gente morra
sem a fim de que? E,
sem saber porque.
Por causa que...
Responder não sei;
se puder, responda você!
Não olhou para lado nenhum.
Não chamou atenção de ninguém.
-- Ele a matou! ... Por que?..
Pensei,
não entendi,
como podiam acontecer coisas assim?
Ela passou. Silente. Indiferente.
Ele a matou!
Um tiro por nada ... acabou!
Algo valia a vida para ele?
Não a vida dele, a do semelhante,
a dela que, por acaso, ali passou
e ele -- seria desalmado?
e a matou
sem perguntar a si
sem perguntar a ela
o que fazia ela ali,
p'ra merecer a morte insana
-- simples quimera?
Aquele instante de morrer
foi o instante dela, sem merecer
e sem saber porque...
Haverá instante mais assim
em que mais gente morra
sem a fim de que? E,
sem saber porque.
Por causa que...
Responder não sei;
se puder, responda você!
Devaneios no ar
Levanto os olhos e nada vejo
lá em cima. Apenas nuvens,
navegando meio perdidas --
pequenas, grandes,
cumulus-nimbus,
algumas cirrus,
nuvens de chuva também.
Veem de algures,
vão p'ra alhures --
algumas se perdem
pelos caminhos além.
Dizem até, que há sete céus.
Pode ser a verdade;
eu não duvido --
não descreio em ninguém.
Porém, poderia ao menos
em um deles conhecer as
delícias que alguns ditos
dos seus súditos dizem?..
Ou talvez, um dos sete
mais perto estivesse de nós,
para que, sob a nuvens,
o seu plano espraiasse
as brancas suas areias
ao alcance dos incréus.
-- Corrigindo, todos nós.
Que naveguem nuvens negras
-- nuvens densas verticais,
gotas de água, granizo, chuva;
não seriam bolhas quentes no ar?
São intrépidas colunas
que metem medo aos céus
não os deixando descer de
patamar!..
lá em cima. Apenas nuvens,
navegando meio perdidas --
pequenas, grandes,
cumulus-nimbus,
algumas cirrus,
nuvens de chuva também.
Veem de algures,
vão p'ra alhures --
algumas se perdem
pelos caminhos além.
Dizem até, que há sete céus.
Pode ser a verdade;
eu não duvido --
não descreio em ninguém.
Porém, poderia ao menos
em um deles conhecer as
delícias que alguns ditos
dos seus súditos dizem?..
Ou talvez, um dos sete
mais perto estivesse de nós,
para que, sob a nuvens,
o seu plano espraiasse
as brancas suas areias
ao alcance dos incréus.
-- Corrigindo, todos nós.
Que naveguem nuvens negras
-- nuvens densas verticais,
gotas de água, granizo, chuva;
não seriam bolhas quentes no ar?
São intrépidas colunas
que metem medo aos céus
não os deixando descer de
patamar!..
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Navegante errante
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar!..
O navegante errante poderá,
um dia, o sonho realizar?..
Haveria um ancoradouro --
que pudesse abrigar a sua
nave do submundo --
o submarino, aquele imerso
nas águas conturbadas do mar
(não confundir com
o submundo dos marginais);
aliás, os dois são quase iguais.
Tem mais, o navegante
é misterioso por demais.
Diz ser um buscante bravio
dos Cisnes dos Lagos,
aqueles da dança do
Lago dos Cisnes
que fizeram outrora
as delícias das Damas
e dos Senhores feudais.
Como eram todos eles,
em seus sonhos,
tão parecidos e especiais!
Jamais serão esquecidos
por suas façanhas geniais.
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar;
arrimou-se às nossas praias --
pediu licença p'ra desembarcar.
Haveria algo em sua mente
que nos poderia ensejar?..
Não seria ele um farsante
que quisesse nos roubar?
Um pirata dos altos mares
se fingindo um navegante
uma causa por desnudar.
Mas se pode sempre duvidar!
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar?..
Esperemos
o que pode ele nos contar!..
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar!..
O navegante errante poderá,
um dia, o sonho realizar?..
Haveria um ancoradouro --
que pudesse abrigar a sua
nave do submundo --
o submarino, aquele imerso
nas águas conturbadas do mar
(não confundir com
o submundo dos marginais);
aliás, os dois são quase iguais.
Tem mais, o navegante
é misterioso por demais.
Diz ser um buscante bravio
dos Cisnes dos Lagos,
aqueles da dança do
Lago dos Cisnes
que fizeram outrora
as delícias das Damas
e dos Senhores feudais.
Como eram todos eles,
em seus sonhos,
tão parecidos e especiais!
Jamais serão esquecidos
por suas façanhas geniais.
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar;
arrimou-se às nossas praias --
pediu licença p'ra desembarcar.
Haveria algo em sua mente
que nos poderia ensejar?..
Não seria ele um farsante
que quisesse nos roubar?
Um pirata dos altos mares
se fingindo um navegante
uma causa por desnudar.
Mas se pode sempre duvidar!
Navegante errante à procura de
um ancoradouro para acostar --
recolher os apetrechos, instalar
os seus desejos. Está cansado
já de, sem destino, viajar?..
Esperemos
o que pode ele nos contar!..
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Pergunta a um "amigo"
O teu conteudo de fora,
será um conteudo maior
do que o de dentro de ti?
Não será tua vida externa
mais uma vida de nada?..
Uma vida que só é vivida
por causa dos ais, -- que
há muito, tu jorras de si?..
Não respondas! Perguntes
somente dos teus ideais.
São eles consistentes, ou
apenas são cacos de ais?
Muitos deles, são tais quais
os teus dias felizes o foram
-- por surtos de insultos aos
pobres, e muitos incultos...
Por que então achas que és
mais feroz que os mortais?..
Também és mortal! O portal
de passagem abriu-se pra ti
-- a hora chegada está!..
Terás de partir breve daqui.
Terás tu, por acaso, morada
sensata do lado de lá? Será?
será um conteudo maior
do que o de dentro de ti?
Não será tua vida externa
mais uma vida de nada?..
Uma vida que só é vivida
por causa dos ais, -- que
há muito, tu jorras de si?..
Não respondas! Perguntes
somente dos teus ideais.
São eles consistentes, ou
apenas são cacos de ais?
Muitos deles, são tais quais
os teus dias felizes o foram
-- por surtos de insultos aos
pobres, e muitos incultos...
Por que então achas que és
mais feroz que os mortais?..
Também és mortal! O portal
de passagem abriu-se pra ti
-- a hora chegada está!..
Terás de partir breve daqui.
Terás tu, por acaso, morada
sensata do lado de lá? Será?
Ao douto irmão na fé
"Douto" e venerável irmão na fé,
especialista em falar com deus,
"profeta" de araque. Baita Sr De
pérfido sotaque. Engana a todos
e, se alguém bobear, ...até a si.
Douto -- de erudito. E a verdade,
o cara é um esquizóide renhido!
Por que será? Porque aos ínfira-
... do pensamento e do entender
basta uma palavra para se reter.
Não é preciso falar coisas e tal...
Basta dizer-se que é o maioral --
O povo entende como razão final,
para se dar-lhe no seu amor total.
E que conquista ao douto farsal!..
Ele quer dízimo, mesmo roubado.
Aquele do dosonesto ganho... Ah!
O dinheiro o que não faz!? Salvar
até a alma, segundo alguns, seria
-- com ele, ...qualquer um capaz!..
"Douto" e venerável irmão da "sé"!
Não faças zombarias da pouca fé
dos pequeninos, a ti iguais. Né?
Eles de espírito pobres -- demais!
Não sirva-te, explorando-os mais..
Nota:
farsal = de farsa, ato ridículo, próprio de farsas
farsa = peça teatral burlesca; pode ser pantomima
especialista em falar com deus,
"profeta" de araque. Baita Sr De
pérfido sotaque. Engana a todos
e, se alguém bobear, ...até a si.
Douto -- de erudito. E a verdade,
o cara é um esquizóide renhido!
Por que será? Porque aos ínfira-
... do pensamento e do entender
basta uma palavra para se reter.
Não é preciso falar coisas e tal...
Basta dizer-se que é o maioral --
O povo entende como razão final,
para se dar-lhe no seu amor total.
E que conquista ao douto farsal!..
Ele quer dízimo, mesmo roubado.
Aquele do dosonesto ganho... Ah!
O dinheiro o que não faz!? Salvar
até a alma, segundo alguns, seria
-- com ele, ...qualquer um capaz!..
"Douto" e venerável irmão da "sé"!
Não faças zombarias da pouca fé
dos pequeninos, a ti iguais. Né?
Eles de espírito pobres -- demais!
Não sirva-te, explorando-os mais..
Nota:
farsal = de farsa, ato ridículo, próprio de farsas
farsa = peça teatral burlesca; pode ser pantomima
sábado, 5 de setembro de 2009
Kalyna e koni
Versão romântica da pátria temos;
por isso,
não a fizemos politicamente forte.
Quando cantamos
"chervona kalyna" se vergou, sentimos
o peito nosso derramar-se em prantos;
porque uma beleza, no antanho, feneceu
e, o colorido todo dela, acabou...
Depois, pedimos à rapaziada:
"rozpriahaite khlopsi koni"; então,
buscamos a solução à desventura
num sono do passado.
-- Um sono que há muito nos deixou!
Não esqueçamos a "kalyna"
nem fadiguemos os nossos "koni";
porém, lancemo-nos à luta de um combate
-- para a defesa da pátria nova,
mesmo que sem a "kalyna"
e sem os "koni".
"Koni" modernos criaremos.
Terão asas e voarão como pegasus
novas "kalyna" plantaremos
nos campos vastos da nova nação!..
09/05/2009
por isso,
não a fizemos politicamente forte.
Quando cantamos
"chervona kalyna" se vergou, sentimos
o peito nosso derramar-se em prantos;
porque uma beleza, no antanho, feneceu
e, o colorido todo dela, acabou...
Depois, pedimos à rapaziada:
"rozpriahaite khlopsi koni"; então,
buscamos a solução à desventura
num sono do passado.
-- Um sono que há muito nos deixou!
Não esqueçamos a "kalyna"
nem fadiguemos os nossos "koni";
porém, lancemo-nos à luta de um combate
-- para a defesa da pátria nova,
mesmo que sem a "kalyna"
e sem os "koni".
"Koni" modernos criaremos.
Terão asas e voarão como pegasus
novas "kalyna" plantaremos
nos campos vastos da nova nação!..
09/05/2009
Звернення до інтелектуалів України
Український словник, українська граматика та українська
лексика, не можуть бути зупинені у своїй еволюції.
Ніхто не має права такого. Мова це є найбільша спадщина
людства. Народ збагачує свою мову, тим часом як докладає
до неї нові слова, нові форми будування фрази, та нові
форми висловлення своїх ідей. І так, мова щобільше
багатішає. Візьмемо, на приклад, англійський язик --
північної америки.
У п"ятидесятих роках, 20-го століття, американський
словник нараховував близько 50 тисяч слів. А сьогодні
(півстоліття пізніше) уже має більше ніж 500 тисяч слів.
Стала мова найбагатіша у світі. Усі народи уживають її.
А лексикон її варіантний. І все що написане в цім світі,
мусить бути переписане на "американсько-англійський"
язик.
Щома Микола Опанасович
Поет за еволюцію Української мови
лексика, не можуть бути зупинені у своїй еволюції.
Ніхто не має права такого. Мова це є найбільша спадщина
людства. Народ збагачує свою мову, тим часом як докладає
до неї нові слова, нові форми будування фрази, та нові
форми висловлення своїх ідей. І так, мова щобільше
багатішає. Візьмемо, на приклад, англійський язик --
північної америки.
У п"ятидесятих роках, 20-го століття, американський
словник нараховував близько 50 тисяч слів. А сьогодні
(півстоліття пізніше) уже має більше ніж 500 тисяч слів.
Стала мова найбагатіша у світі. Усі народи уживають її.
А лексикон її варіантний. І все що написане в цім світі,
мусить бути переписане на "американсько-англійський"
язик.
Щома Микола Опанасович
Поет за еволюцію Української мови
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Haidamaky --- Lebedyn
Taras H. Shevchenko
Tradução de Mykola Szoma
(Shchoma Mykola Opanasovych)
"Eu sou a órfã de Olshana
--- sou órfã, avó.
Meu pai foi castigado pelos lyakhy e,
eu... eu tenho medo.
Tenho medo de recordar o passado,
vovozinha de cabelos brancos...
Levaram-me com eles.
Não me pergunte mais nada
sobre o que aconteceu comigo.
Eu rezei muito, chorei ---
o meu coração espedaçou-se;
as lágrimas secaram e
a minha alma mortificou-se...
Se eu soubesse
que o veria mais uma vez
--- que o vereria de novo,
suportaria as dores em dobro
e por mais de uma vez.
Uma palavra dele apenas bastaria!
Perdoa-me, minha velhinha;
talvez, eu tenha pecado ---
será que Deus, por isto,
terá me castigado?
Eu amei apenas
aquele jovem elegante
de olhos castanhos.
Eu amei apenas
do jeito que o meu coração sabia.
Quando estava em cativeiro,
não rezei por mim,
nem por meus pais --- eu rezei
por ele e pela sorte dele.
Deus que me castigue!
A verdade dEle eu aceito.
É triste dizê-lo: eu pensava
perder a minh'alma.
Se por ele não fosse,
talvez teria perdido... talvez
a minh'alma não teria sobrevivido.
Triste era! Eu pensava:
"Deus querido!
Ele é órfão, --- sem que seja eu,
quem o terá acolhido?
Quem lhe terá perguntado
qual a sorte e qual a desgraça,
ao seu redor, teria pousado?
Quem o terá abraçado,
abrindo-lhe a alma sua?
Quem, ao pobre órfão,
dará uma palavra amiga, de conforto
--- sem deixá-lo no olho da rua?"
Quando assim pensava eu,
o meu coração sorria:
"Também sou órfã: sem mãe e
sem pai. Estou só no mundo...
Também, ele sozinho vagueia.
Se souber que eu não existo,
dará fim à sua vida". Este era
o meu pensamento. --- Rezei,
rezei muito; esperei na janela.
O meu amado não apareceu
--- talvez, jamais volte:
ficarei sozinha para sempre..."
Pela face, a lágrima rolou.
A freira, a seu lado,
ficou entristecida --- nada falou.
"Minha anciã senhora!
Por favor, diga-me onde estou?"
"Meu pássaro singelo, estás em Lebedyn.
Não te levantes --- estás adoentada".
"Em Lebedyn! Há quanto tempo?"
"Pois não tão muito. Desde ante-ontem".
"Desde ante-ontem?.. Espere um pouco!..
Incêndio às margens do rio...
Taberneiro, castelo, Maidanivka...
Chamavam-no de Halaida..."
"Halaida Yarema, ele
disse que era o nome dele
--- aquele que te trouxe..."
"Onde está ele, onde?
Agora eu sei!.."
"Disse que, em uma semana,
voltaria para buscar-te".
"Uma semana! Uma semana!
Deus meu, que valha-me a sorte!
Minha anciã senhora,
a hora triste da desventura está passando!
Aquele Halaida --- meu Yarema!..
Ele é conhecido por toda a Ucrânia. Eu vi
quando os vilarejos queimavam; eu vi ---
os lyakhy tremendo de pavor, simplesmente
por ouvirem o nome dele sendo pronunciado.
Sabem todos quem é ele e de onde ele veio!
Halaida sabe a quem procura!
Ele procurou-me e me achou.
Vem buscar-me, ó águia minha!
Como é belo viver neste mundo...
Uma semana apenas;
minha anciã senhora --- restam três dias tão só.
Como o tempo demora a passar!..
“Загрібай, мамо, жар, жар,
Буде тобі дочки жаль, жаль…”
Como é belo viver neste mundo...
O que me diz, minha anciã senhora.
--- Sentes alegria, também?"
"Estou contente mais contigo, minha pequena".
"Por que, então, não cantas tu?"
"Já cantei demais na minha vida..."
Os sinos badalaram
--- era o sinal da hora de rezar.
Oksana ficou sozinha meditando e
a freira, após a sua reza vespertina,
se recolheu para repousar.
No final da semana,
na igreja de Lebedyn,
os fieis cantavam "Que se Rejubile Isaias!".
Logo pela manhã,
o Yarema e a Oksana se casavam.
Depois, à tarde --- para não contrariar o otomano,
(Que menino, cumpridor de seus deveres!)
Yarema deixava a sua Oksana:
Era preciso exterminar os inimigos
nas fogueiras de Umanshchyna.
Oksana, paciente espera ---
não virão buscá-la, os pais de Yarema,
para levá-la desta cela do mosteiro,
para a rica casa do seu amado?
Não fique tristonha, tenha a esperança
a reze a Deus. Que Ele não te abandona!
Eu, darei um pulo para outro lado
--- quero ver o que se passa
pelas bandas lá de Uman.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Que se Rejubile Isaias!" --- Canto eclesial, por ocasião da celebração
de casamentos (Isaiya, lykui!)
Uman --- Grande centro comercial, durante os anos 60, do séc. XVIII
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05/25/2009
Tradução de Mykola Szoma
(Shchoma Mykola Opanasovych)
"Eu sou a órfã de Olshana
--- sou órfã, avó.
Meu pai foi castigado pelos lyakhy e,
eu... eu tenho medo.
Tenho medo de recordar o passado,
vovozinha de cabelos brancos...
Levaram-me com eles.
Não me pergunte mais nada
sobre o que aconteceu comigo.
Eu rezei muito, chorei ---
o meu coração espedaçou-se;
as lágrimas secaram e
a minha alma mortificou-se...
Se eu soubesse
que o veria mais uma vez
--- que o vereria de novo,
suportaria as dores em dobro
e por mais de uma vez.
Uma palavra dele apenas bastaria!
Perdoa-me, minha velhinha;
talvez, eu tenha pecado ---
será que Deus, por isto,
terá me castigado?
Eu amei apenas
aquele jovem elegante
de olhos castanhos.
Eu amei apenas
do jeito que o meu coração sabia.
Quando estava em cativeiro,
não rezei por mim,
nem por meus pais --- eu rezei
por ele e pela sorte dele.
Deus que me castigue!
A verdade dEle eu aceito.
É triste dizê-lo: eu pensava
perder a minh'alma.
Se por ele não fosse,
talvez teria perdido... talvez
a minh'alma não teria sobrevivido.
Triste era! Eu pensava:
"Deus querido!
Ele é órfão, --- sem que seja eu,
quem o terá acolhido?
Quem lhe terá perguntado
qual a sorte e qual a desgraça,
ao seu redor, teria pousado?
Quem o terá abraçado,
abrindo-lhe a alma sua?
Quem, ao pobre órfão,
dará uma palavra amiga, de conforto
--- sem deixá-lo no olho da rua?"
Quando assim pensava eu,
o meu coração sorria:
"Também sou órfã: sem mãe e
sem pai. Estou só no mundo...
Também, ele sozinho vagueia.
Se souber que eu não existo,
dará fim à sua vida". Este era
o meu pensamento. --- Rezei,
rezei muito; esperei na janela.
O meu amado não apareceu
--- talvez, jamais volte:
ficarei sozinha para sempre..."
Pela face, a lágrima rolou.
A freira, a seu lado,
ficou entristecida --- nada falou.
"Minha anciã senhora!
Por favor, diga-me onde estou?"
"Meu pássaro singelo, estás em Lebedyn.
Não te levantes --- estás adoentada".
"Em Lebedyn! Há quanto tempo?"
"Pois não tão muito. Desde ante-ontem".
"Desde ante-ontem?.. Espere um pouco!..
Incêndio às margens do rio...
Taberneiro, castelo, Maidanivka...
Chamavam-no de Halaida..."
"Halaida Yarema, ele
disse que era o nome dele
--- aquele que te trouxe..."
"Onde está ele, onde?
Agora eu sei!.."
"Disse que, em uma semana,
voltaria para buscar-te".
"Uma semana! Uma semana!
Deus meu, que valha-me a sorte!
Minha anciã senhora,
a hora triste da desventura está passando!
Aquele Halaida --- meu Yarema!..
Ele é conhecido por toda a Ucrânia. Eu vi
quando os vilarejos queimavam; eu vi ---
os lyakhy tremendo de pavor, simplesmente
por ouvirem o nome dele sendo pronunciado.
Sabem todos quem é ele e de onde ele veio!
Halaida sabe a quem procura!
Ele procurou-me e me achou.
Vem buscar-me, ó águia minha!
Como é belo viver neste mundo...
Uma semana apenas;
minha anciã senhora --- restam três dias tão só.
Como o tempo demora a passar!..
“Загрібай, мамо, жар, жар,
Буде тобі дочки жаль, жаль…”
Como é belo viver neste mundo...
O que me diz, minha anciã senhora.
--- Sentes alegria, também?"
"Estou contente mais contigo, minha pequena".
"Por que, então, não cantas tu?"
"Já cantei demais na minha vida..."
Os sinos badalaram
--- era o sinal da hora de rezar.
Oksana ficou sozinha meditando e
a freira, após a sua reza vespertina,
se recolheu para repousar.
No final da semana,
na igreja de Lebedyn,
os fieis cantavam "Que se Rejubile Isaias!".
Logo pela manhã,
o Yarema e a Oksana se casavam.
Depois, à tarde --- para não contrariar o otomano,
(Que menino, cumpridor de seus deveres!)
Yarema deixava a sua Oksana:
Era preciso exterminar os inimigos
nas fogueiras de Umanshchyna.
Oksana, paciente espera ---
não virão buscá-la, os pais de Yarema,
para levá-la desta cela do mosteiro,
para a rica casa do seu amado?
Não fique tristonha, tenha a esperança
a reze a Deus. Que Ele não te abandona!
Eu, darei um pulo para outro lado
--- quero ver o que se passa
pelas bandas lá de Uman.
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"Que se Rejubile Isaias!" --- Canto eclesial, por ocasião da celebração
de casamentos (Isaiya, lykui!)
Uman --- Grande centro comercial, durante os anos 60, do séc. XVIII
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05/25/2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Haidamaky --- Banquete em Lysianka
Taras H. Shevchenko
Tradução de Mykola Szoma
(Shchoma Mykola Opanasovych)
Entardecia... De Lysianka,
ao redor, tudo ilumonou-se:
Era Honta e Zalyzniak ---
seus cachimbos acendiam.
Horrívelmente fumaram tanto
que até no inferno não se faz
tanta fumaça como produzir.
Hnylyj Tykych todo vermelho,
tingido de sangue mercantil e
da nobreza dos dvoriany.
As labaredas encobriram
as simples choupanas e
as mansões de renome;
Parece que a sorte dá o castigo
ao todo poderoso e, também, ao
pobretão --- aquele sem nome.
No centro da praça
o Honta hirsuto, ao lado de Zalyzniak,
ordena aos gritos: "Morte aos lyakhy!
Castigo sem tregua! Se arrependam!
--- de nos terem zombado. Aprendam".
Os rapazes aplicavam os castigos.
Todos gemiam, choravam, gritavam
--- não achavam abrigos. Maldiziam,
outros rezavam: perdão, aos já mortos,
pediam. Confessavam pecados; porém,
nem assim sobreviviam. E, ...morriam!..
A morte severa a todos levava
--- não dava ouvidos aos gritos
nem os anos em conta apontava;
meninas, donzelas e velhos:
a todos ceifava. Mesmo um aleijado
que houvesse, a ela não escpava.
Não restou uma alma viva
que, da hora vingativa,
pudesse contar a história, ---
de como arderam as chamas
da festa macabra de Lysianka.
Gritava Halaida... enfurecido gritava:
"Gastigo aos lyakhy, castigo!"
Até parecia um doido ---
por sobre os caidos pisava;
os já mortos, incinerar mandava.
"Mais um lyakhy, um inimigo!
Muito pouco... tragam mais!
O mar é pequeno... é vermelho demais...
Oksana! Oksana!
Onde estás tu?" --- seus gritos ecoam;
saidos das chamas. Labaredas encobrem
os seus ziguezagues bestiais...
Neste instante, os haidamaky
estenderam as mesas na praça
--- era hora de ingerir alimentos;
conseguidos alhures, sem pejo.
Um jantar, antes do sol se deitar.
"À farra!" --- todos gritaram.
Ao redor da mesa se postaram.
Mais além, o inferno a tudo envolvia.
Entre as labaredas, vultos em brasa
--- senhores de outrora; nada agora!
Junto aos caibros, todos queimando.
"Bebam, rapazes! Bebam!
Derramem toda a bebida;
talvez encontremos outros senhores
--- então, uma nova farra teremos!"
E, Zalyzniak, numa tragada só,
com maestria, a sua taça enxuga.
"Sufrago pela alma dos que partiram
--- os malditos condenados a purgar
os seus pecados na terra cometidos.
Bebamos mais, rapazes! Bebamos!..
Meu irmão Honta, bebamos mais!
À farra, todos! Todos aos pares.
Onde está o Volokh?
Venha cantar-nos... ó, velho kobzar!
Mas não nos cante dos nossos pais.
Os nossos atos também são imortais
--- soubemos derrotar os inimigos;
também, não fales sobre a tristeza ---
alegres somos: só vejas esta mesa...
Uma canção alegre executes,
até que a terra toda estremeça ---
mostre-nos uma donzela, uma viuva.
Como contê-la entre os abraços,
até que totalmente ela se aborreça".
Kobzar (tocando e cantando)
"De vilarejo em vilarejo ---
por toda a parte,
só se ouve a música e
se dança com arte.
Vendi os ovos e a galinha;
comprarei sapatos amanhã.
De vilarejo em vilarejo ---
por toda a parte,
só se dança com arte:
Não tenho vaca,
não tenho toro;
tenho uma casa
em que eu moro.
Venderei esta casa.
Talvez, até de graça darei
ao meu compadre... Farei
uma tenda beirando mural
-- venderei bebes e comes.
Que tal?
De farras, a vida levarei ---
dançarina eterna eu serei!
Ouçam, meus filhos:
Mus frágeis pombinhos,
Nã se entristeçam!..
Apreciem os passos meus
-- de dança os compassos,
são vossos abraços. Tereis
seus sapatos vermelhos e,
tereis a escola. Vos darei!.."
"Muito bem! Muito bem!
Queremos que dance agora.
És kobzar e tua é esta hora!"
O cego tangeu as cordas;
agachado, jogou as pernas
de um lado para outro --- e,
saltitando dançava o hopak.
A praça toda estremecia ---
vergava a terra sob os pés...
"Entre na dança, Honta!"
"Vamos então, irmão Maksym!
Enquanto vivos estamos. Afinal,
nós irmanados somos por que!"
"Não se espantem
que sou maltrapilho;
meu pai sempre foi honesto
--- como ele, também sou".
"Estás certo, irmãozinho ---
por Deus, juro!"
"Vez agora é tua, Maksym!"
"Espere um pouco... mais um pouco só!"
"Desse jeito, como eu faço:
ame a filha, seja ela de quem for
--- pode ser do padre, ou do sacristão,
também pode ser a do campônio.
Desde que seja bela e aceite a tua mão".
Alegres, todos dançando;
Halaida fechado em si mesmo
--- sentado na ponta da mesa,
nada ouvindo, nem vendo;
apenas triste chorando.
Até parece uma criança.
Mas chora por que? Direi agora:
Vestido de zhupan vermelho...
Tem glória, tem ouro e tem fama;
porém, não tem junto de si
a sua querida Oksana.
Não tem com quem dividir a sorte desdita,
nem cantar os sofrimentos, ao lado daquela,
que poderia minorar as suas dores: Só ela!..
Mas o Halaida não sabe,
que a sua Oksana,
do outro lado do rio,
os seus dias afoga em tristeza
--- nos umbrais e janelas dos lyakhy,
daqueles que o seu pai trucidaram.
Como outros irmãos --- seus patrícios,
escrava de nobres velhacos ela ficara.
Os raios das luzes,
de Lysianka em chamas,
as janelas todas iluminam e
induzem ao pensamento:
"Onde estará o meu Yarema?" ---
pensando assim, Oksana clama.
Não sabe ela, que está ali
o seu amado, sofrendo em Lysianka.
Não mais um simples maltrapilho;
agora é um mandante,
vestido de zhupan vermelho.
Sentado junto à mesa, ele pensa:
"Onde estará a minha Oksana?
Minha querida, minha pombinha.
Submissa, estará chorando?.."
Abatido, sobre a mesa se reclina.
Na encosta
um vulto cossaco
leve se desloca.
"Quem é?" --- Pergunta Halaida.
"Sou mensageiro do Honta.
Ele está se divertindo ---
eu não tenho pressa".
"Mas eu tenho; fale logo,
seu Leiba cachorro!"
"Deus me livre, não sou Leiba!
Estás me vendo? Sr. Haidamaka!
Eis a kopiyka... Queiras ver!..
Ou, tu não a conheces?"
"Sim, conheço! --- sacando da botina
o tarani bento. --- Quero a verdade.
Onde está a minha Oksana?" ---
Meneou as mãos...
"Deus a guarde!..
Está com os senhorios...
nos aposentos. Coberta de ouro".
"Quero a tua ajuda!
Tua ajuda agora, ó maldito!"
"Sim senhor! Agora mesmo...
Sr. Yarema enamorado!
Irei agora libertá-la:
Um bom dinheiro consegue tudo.
Direi aos lyakhy --- ao invés de Pac..."
"De acordo! Entendo a trama.
Depressa! Que vas agora!"
"Vou indo já, agora!
Mantenham o Honta se distraindo;
que ele se divirta até a meia-noite.
O resto fica por minha conta...
Saber quero apenas:
levá-la devo para onde?"
"Para Lebedyn!
Para Lebedyn, --- ouviste?"
"Ouvi, ouvi".
A bailado cossaco continua.
Halaida e Honta hopak saltitam e
Zalyzniak toma a kobza;
ferindo-lhe as cordas,
convida o kobzar
para que este mostre
como sabe ele dançar.
"Kobzar é tua vez agora
--- enquanto eu tocarei,
dançarás tu a tua hora".
E começou o dançarino
--- tomou a conta do bazar.
Saltitando se animou tanto que,
a seguir, começou a cantar:
"Nos jardins há pastinacas...
Eu não sou o teu cossaco taco?
Ou será que não te amo?.. Te amo!
Não daria eu te sapatos lindos?..
Sim, daria!.. Compraria tudo novo
para a minha moreninha ---
a amada de olhos castanhos".
"Hup-lá!.. Hurra! Hip.. hopak!
Apaixonou-se pelo cossaco,
que era um ruivo e muito velho
--- que sorte ingrata era a dela!..
Ó sorte! Siga a sua desventura
e tu --- ó velho!, saias desta com finura.
Eu, por mim, irei até à taverna.
Tomarei um gole, tomarei dois goles;
um terceiro, para sentir-me mais triste.
Mais um gole --- um quinto, um sexto,
até o final... Vejo mulheres bailando,
seguidas por um pardal.
Sapateando --- batendo os pés,
saltitando --- palmas batendo...
Mas não te acanhes, ó pardal!..
O velho ruivo convida uma velha para dançar;
recebe, em troca, uma figa --- sem disfarçar.
Depois: "Seu capeta traquinas, por que
não te casas, para não vadiares pelas esquinas;
deverias aprender a descortiçar o painço ---
alimentar as cianças e, de seus filhos cuidar.
Da minha parte, eu vou os meus proventos ganhar;
e tu, já velho de idade, não peques tanto assim ---
é melhor que, numa estufa, te busques aquecer.
De bruços deitado, respirando sem esmorecer".
"Quando eu era mais novinha e mais agradável,
pindurava a minha zapaska no postigo de janela;
e quem por ali passava --- sempre a notava.
Acenava e sussurrava; depois, para mim piscava.
Enquanto em seda eu bordava, pelo postigo,
o passeio dos rapazes deliciosamente apreciava!
Eram os Semen, eram os Ivan
--- todos vestidos de zhupan...
Passeavamos pelos campos;
depois, cantavamos todos ambos".
"Que se tranque a poedeira numa gaiola,
os pintinhos --- seus filhinhos, na primeira..."
............................................
............................................
"Eia! Hurra! Entortou o velho a ferradura;
a mãe puxa a barrigueira --- filha, força!
Amarre agora, na parte traseira".
"Mais ainda? Ou, já basta?"
"Mais um pouco!
Não sendo eu assim bela!
Porém, são pernas próprias que me carregam."
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com agárico e salsinha picadinhos:
Com babunha e didunha,
sempre juntinhos, ---
felizes e sorridentes!
* * *
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com agárico e salsinha picadinhos:
.....................
.....................
* * *
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com rábano-bastardo picadinho:
* * *
"Ah! Sirva água, muito mais água; depois,
procuremos um caminho pelo rio --- um vau!.."
"Basta! Basta! --- grita o Honta.
Basta, anoitece.
Rapaziada, luz acendam!..
E o Leiba onde está?
Não chegou ainda?
Encontremo-lo, agora.
Que enforcado ele seja! Ali... --- lá.
Porcalhão de botoeira!
Rapazes, Halaida! Já se apaga
o lampião cossaco".
Responde o Halaida: "Otamano!
Passeiemos, ó meu caro!
Vejas --- há labaredas; lá na praça,
que todos vejam
as chamas limpando tudo.
À dança. Vamos, toque a kobza!"
"Não. A dança não mais se coaduna!
Agora, mais fogo precisamos implementar!
Tragam mais alcatrão e mais estopa!
Tragam morteiros ---
lancem obuses sobre os esconderijos!
Que ninguem pense, que estou brincando!"
Os haidamaky puseram-se a gritar.
"Muito bem, nosso guia! Estamos ouvidos!"
Pelo açude se lançara,
os haidamaky gritando e cantando.
Lá de longe, o Halaida clama: "Guia!
Esperes por mim!.. Perdido, eu estou morrendo!
Tenhais misericórdia, não queimeis:
Lá está a minha Oksana! Compaixão dela tenhais!
Mais uma horinha, apenas
--- para que eu possa resgatá-la!"
"Está bem!.. Zalyzniak,
ordene para que incendeiem.
Ela partirá junto com os lyakhy...
E tu, pombo apaixonado,
encontrarás uma outra".
Olhou para trás ---
não mais viu o Halaida.
Brada o monte --- a velha fortaleza,
com os lyakhy se diverte,
esbarrando até as nuvens.
O restante, transformou-se num inferno...
"Onde está o halaida?" --- Maksym chama.
Nem sinal dele restou...
--- No silêncio mergulhou.
Enquanto os rapazes dançavam,
Leiba com o Yarema,
nos esconderijos do forte,
de mansinho se infiltravam.
Resgatarm a Oksana --- já quase sem vida.
Yarema, cumprindo as ordens,
levou a Oksana até o Lebedyn...
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Hnyly Tykych --- Rio sobre o qual está o vilarejo de Lysianka. É afluente de Buh.
dvoriany --- Grandes proprietários de terras, latifundiários
Leiba --- Era um taberneiro que, depois de ser caloteado pelos confederados,
juntou-se aos haidamaky
Haidamaka --- Forma singular (caso nominativo) de haidamaky
kopiyka --- Havia uma lenda de que uma moeda de 1 kopiyka com esfígie de
Kateryna II (1 copeque, moeda de liga de prata, equivalia a 1 centésimo
de rublo) servia de identificação entre os haidamaky.
ao invés de Pac --- Referência original ao Pac (Jan Pac) se fez em "Haidamaky -
Introdução"
Lebedyn --- Monastério feminino que ficava no vilarejo de nome igual
bazar --- Lugar a céu aberto, onde se faz o comércio em geral, ou uma praça onde
se reune o povo
pastinacas --- (pastinagas) Plural de "pastinaca", ervas eurásias, com folhas pinadas
e umbelas compostas de flores amarelas e muitas sementes ovais
achatadas
cossaco taco --- cossaco corajoso (adj. taco = corajoso)
zapaska --- Vestimenta feminina que era usada em substituição à anagua (saia
de baixo)
drinque de syrivets --- Bebida fermentada, feita de farinha
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
05/19/2009
Tradução de Mykola Szoma
(Shchoma Mykola Opanasovych)
Entardecia... De Lysianka,
ao redor, tudo ilumonou-se:
Era Honta e Zalyzniak ---
seus cachimbos acendiam.
Horrívelmente fumaram tanto
que até no inferno não se faz
tanta fumaça como produzir.
Hnylyj Tykych todo vermelho,
tingido de sangue mercantil e
da nobreza dos dvoriany.
As labaredas encobriram
as simples choupanas e
as mansões de renome;
Parece que a sorte dá o castigo
ao todo poderoso e, também, ao
pobretão --- aquele sem nome.
No centro da praça
o Honta hirsuto, ao lado de Zalyzniak,
ordena aos gritos: "Morte aos lyakhy!
Castigo sem tregua! Se arrependam!
--- de nos terem zombado. Aprendam".
Os rapazes aplicavam os castigos.
Todos gemiam, choravam, gritavam
--- não achavam abrigos. Maldiziam,
outros rezavam: perdão, aos já mortos,
pediam. Confessavam pecados; porém,
nem assim sobreviviam. E, ...morriam!..
A morte severa a todos levava
--- não dava ouvidos aos gritos
nem os anos em conta apontava;
meninas, donzelas e velhos:
a todos ceifava. Mesmo um aleijado
que houvesse, a ela não escpava.
Não restou uma alma viva
que, da hora vingativa,
pudesse contar a história, ---
de como arderam as chamas
da festa macabra de Lysianka.
Gritava Halaida... enfurecido gritava:
"Gastigo aos lyakhy, castigo!"
Até parecia um doido ---
por sobre os caidos pisava;
os já mortos, incinerar mandava.
"Mais um lyakhy, um inimigo!
Muito pouco... tragam mais!
O mar é pequeno... é vermelho demais...
Oksana! Oksana!
Onde estás tu?" --- seus gritos ecoam;
saidos das chamas. Labaredas encobrem
os seus ziguezagues bestiais...
Neste instante, os haidamaky
estenderam as mesas na praça
--- era hora de ingerir alimentos;
conseguidos alhures, sem pejo.
Um jantar, antes do sol se deitar.
"À farra!" --- todos gritaram.
Ao redor da mesa se postaram.
Mais além, o inferno a tudo envolvia.
Entre as labaredas, vultos em brasa
--- senhores de outrora; nada agora!
Junto aos caibros, todos queimando.
"Bebam, rapazes! Bebam!
Derramem toda a bebida;
talvez encontremos outros senhores
--- então, uma nova farra teremos!"
E, Zalyzniak, numa tragada só,
com maestria, a sua taça enxuga.
"Sufrago pela alma dos que partiram
--- os malditos condenados a purgar
os seus pecados na terra cometidos.
Bebamos mais, rapazes! Bebamos!..
Meu irmão Honta, bebamos mais!
À farra, todos! Todos aos pares.
Onde está o Volokh?
Venha cantar-nos... ó, velho kobzar!
Mas não nos cante dos nossos pais.
Os nossos atos também são imortais
--- soubemos derrotar os inimigos;
também, não fales sobre a tristeza ---
alegres somos: só vejas esta mesa...
Uma canção alegre executes,
até que a terra toda estremeça ---
mostre-nos uma donzela, uma viuva.
Como contê-la entre os abraços,
até que totalmente ela se aborreça".
Kobzar (tocando e cantando)
"De vilarejo em vilarejo ---
por toda a parte,
só se ouve a música e
se dança com arte.
Vendi os ovos e a galinha;
comprarei sapatos amanhã.
De vilarejo em vilarejo ---
por toda a parte,
só se dança com arte:
Não tenho vaca,
não tenho toro;
tenho uma casa
em que eu moro.
Venderei esta casa.
Talvez, até de graça darei
ao meu compadre... Farei
uma tenda beirando mural
-- venderei bebes e comes.
Que tal?
De farras, a vida levarei ---
dançarina eterna eu serei!
Ouçam, meus filhos:
Mus frágeis pombinhos,
Nã se entristeçam!..
Apreciem os passos meus
-- de dança os compassos,
são vossos abraços. Tereis
seus sapatos vermelhos e,
tereis a escola. Vos darei!.."
"Muito bem! Muito bem!
Queremos que dance agora.
És kobzar e tua é esta hora!"
O cego tangeu as cordas;
agachado, jogou as pernas
de um lado para outro --- e,
saltitando dançava o hopak.
A praça toda estremecia ---
vergava a terra sob os pés...
"Entre na dança, Honta!"
"Vamos então, irmão Maksym!
Enquanto vivos estamos. Afinal,
nós irmanados somos por que!"
"Não se espantem
que sou maltrapilho;
meu pai sempre foi honesto
--- como ele, também sou".
"Estás certo, irmãozinho ---
por Deus, juro!"
"Vez agora é tua, Maksym!"
"Espere um pouco... mais um pouco só!"
"Desse jeito, como eu faço:
ame a filha, seja ela de quem for
--- pode ser do padre, ou do sacristão,
também pode ser a do campônio.
Desde que seja bela e aceite a tua mão".
Alegres, todos dançando;
Halaida fechado em si mesmo
--- sentado na ponta da mesa,
nada ouvindo, nem vendo;
apenas triste chorando.
Até parece uma criança.
Mas chora por que? Direi agora:
Vestido de zhupan vermelho...
Tem glória, tem ouro e tem fama;
porém, não tem junto de si
a sua querida Oksana.
Não tem com quem dividir a sorte desdita,
nem cantar os sofrimentos, ao lado daquela,
que poderia minorar as suas dores: Só ela!..
Mas o Halaida não sabe,
que a sua Oksana,
do outro lado do rio,
os seus dias afoga em tristeza
--- nos umbrais e janelas dos lyakhy,
daqueles que o seu pai trucidaram.
Como outros irmãos --- seus patrícios,
escrava de nobres velhacos ela ficara.
Os raios das luzes,
de Lysianka em chamas,
as janelas todas iluminam e
induzem ao pensamento:
"Onde estará o meu Yarema?" ---
pensando assim, Oksana clama.
Não sabe ela, que está ali
o seu amado, sofrendo em Lysianka.
Não mais um simples maltrapilho;
agora é um mandante,
vestido de zhupan vermelho.
Sentado junto à mesa, ele pensa:
"Onde estará a minha Oksana?
Minha querida, minha pombinha.
Submissa, estará chorando?.."
Abatido, sobre a mesa se reclina.
Na encosta
um vulto cossaco
leve se desloca.
"Quem é?" --- Pergunta Halaida.
"Sou mensageiro do Honta.
Ele está se divertindo ---
eu não tenho pressa".
"Mas eu tenho; fale logo,
seu Leiba cachorro!"
"Deus me livre, não sou Leiba!
Estás me vendo? Sr. Haidamaka!
Eis a kopiyka... Queiras ver!..
Ou, tu não a conheces?"
"Sim, conheço! --- sacando da botina
o tarani bento. --- Quero a verdade.
Onde está a minha Oksana?" ---
Meneou as mãos...
"Deus a guarde!..
Está com os senhorios...
nos aposentos. Coberta de ouro".
"Quero a tua ajuda!
Tua ajuda agora, ó maldito!"
"Sim senhor! Agora mesmo...
Sr. Yarema enamorado!
Irei agora libertá-la:
Um bom dinheiro consegue tudo.
Direi aos lyakhy --- ao invés de Pac..."
"De acordo! Entendo a trama.
Depressa! Que vas agora!"
"Vou indo já, agora!
Mantenham o Honta se distraindo;
que ele se divirta até a meia-noite.
O resto fica por minha conta...
Saber quero apenas:
levá-la devo para onde?"
"Para Lebedyn!
Para Lebedyn, --- ouviste?"
"Ouvi, ouvi".
A bailado cossaco continua.
Halaida e Honta hopak saltitam e
Zalyzniak toma a kobza;
ferindo-lhe as cordas,
convida o kobzar
para que este mostre
como sabe ele dançar.
"Kobzar é tua vez agora
--- enquanto eu tocarei,
dançarás tu a tua hora".
E começou o dançarino
--- tomou a conta do bazar.
Saltitando se animou tanto que,
a seguir, começou a cantar:
"Nos jardins há pastinacas...
Eu não sou o teu cossaco taco?
Ou será que não te amo?.. Te amo!
Não daria eu te sapatos lindos?..
Sim, daria!.. Compraria tudo novo
para a minha moreninha ---
a amada de olhos castanhos".
"Hup-lá!.. Hurra! Hip.. hopak!
Apaixonou-se pelo cossaco,
que era um ruivo e muito velho
--- que sorte ingrata era a dela!..
Ó sorte! Siga a sua desventura
e tu --- ó velho!, saias desta com finura.
Eu, por mim, irei até à taverna.
Tomarei um gole, tomarei dois goles;
um terceiro, para sentir-me mais triste.
Mais um gole --- um quinto, um sexto,
até o final... Vejo mulheres bailando,
seguidas por um pardal.
Sapateando --- batendo os pés,
saltitando --- palmas batendo...
Mas não te acanhes, ó pardal!..
O velho ruivo convida uma velha para dançar;
recebe, em troca, uma figa --- sem disfarçar.
Depois: "Seu capeta traquinas, por que
não te casas, para não vadiares pelas esquinas;
deverias aprender a descortiçar o painço ---
alimentar as cianças e, de seus filhos cuidar.
Da minha parte, eu vou os meus proventos ganhar;
e tu, já velho de idade, não peques tanto assim ---
é melhor que, numa estufa, te busques aquecer.
De bruços deitado, respirando sem esmorecer".
"Quando eu era mais novinha e mais agradável,
pindurava a minha zapaska no postigo de janela;
e quem por ali passava --- sempre a notava.
Acenava e sussurrava; depois, para mim piscava.
Enquanto em seda eu bordava, pelo postigo,
o passeio dos rapazes deliciosamente apreciava!
Eram os Semen, eram os Ivan
--- todos vestidos de zhupan...
Passeavamos pelos campos;
depois, cantavamos todos ambos".
"Que se tranque a poedeira numa gaiola,
os pintinhos --- seus filhinhos, na primeira..."
............................................
............................................
"Eia! Hurra! Entortou o velho a ferradura;
a mãe puxa a barrigueira --- filha, força!
Amarre agora, na parte traseira".
"Mais ainda? Ou, já basta?"
"Mais um pouco!
Não sendo eu assim bela!
Porém, são pernas próprias que me carregam."
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com agárico e salsinha picadinhos:
Com babunha e didunha,
sempre juntinhos, ---
felizes e sorridentes!
* * *
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com agárico e salsinha picadinhos:
.....................
.....................
* * *
"Ah! Sirva um drinque de syrivets
com rábano-bastardo picadinho:
* * *
"Ah! Sirva água, muito mais água; depois,
procuremos um caminho pelo rio --- um vau!.."
"Basta! Basta! --- grita o Honta.
Basta, anoitece.
Rapaziada, luz acendam!..
E o Leiba onde está?
Não chegou ainda?
Encontremo-lo, agora.
Que enforcado ele seja! Ali... --- lá.
Porcalhão de botoeira!
Rapazes, Halaida! Já se apaga
o lampião cossaco".
Responde o Halaida: "Otamano!
Passeiemos, ó meu caro!
Vejas --- há labaredas; lá na praça,
que todos vejam
as chamas limpando tudo.
À dança. Vamos, toque a kobza!"
"Não. A dança não mais se coaduna!
Agora, mais fogo precisamos implementar!
Tragam mais alcatrão e mais estopa!
Tragam morteiros ---
lancem obuses sobre os esconderijos!
Que ninguem pense, que estou brincando!"
Os haidamaky puseram-se a gritar.
"Muito bem, nosso guia! Estamos ouvidos!"
Pelo açude se lançara,
os haidamaky gritando e cantando.
Lá de longe, o Halaida clama: "Guia!
Esperes por mim!.. Perdido, eu estou morrendo!
Tenhais misericórdia, não queimeis:
Lá está a minha Oksana! Compaixão dela tenhais!
Mais uma horinha, apenas
--- para que eu possa resgatá-la!"
"Está bem!.. Zalyzniak,
ordene para que incendeiem.
Ela partirá junto com os lyakhy...
E tu, pombo apaixonado,
encontrarás uma outra".
Olhou para trás ---
não mais viu o Halaida.
Brada o monte --- a velha fortaleza,
com os lyakhy se diverte,
esbarrando até as nuvens.
O restante, transformou-se num inferno...
"Onde está o halaida?" --- Maksym chama.
Nem sinal dele restou...
--- No silêncio mergulhou.
Enquanto os rapazes dançavam,
Leiba com o Yarema,
nos esconderijos do forte,
de mansinho se infiltravam.
Resgatarm a Oksana --- já quase sem vida.
Yarema, cumprindo as ordens,
levou a Oksana até o Lebedyn...
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Hnyly Tykych --- Rio sobre o qual está o vilarejo de Lysianka. É afluente de Buh.
dvoriany --- Grandes proprietários de terras, latifundiários
Leiba --- Era um taberneiro que, depois de ser caloteado pelos confederados,
juntou-se aos haidamaky
Haidamaka --- Forma singular (caso nominativo) de haidamaky
kopiyka --- Havia uma lenda de que uma moeda de 1 kopiyka com esfígie de
Kateryna II (1 copeque, moeda de liga de prata, equivalia a 1 centésimo
de rublo) servia de identificação entre os haidamaky.
ao invés de Pac --- Referência original ao Pac (Jan Pac) se fez em "Haidamaky -
Introdução"
Lebedyn --- Monastério feminino que ficava no vilarejo de nome igual
bazar --- Lugar a céu aberto, onde se faz o comércio em geral, ou uma praça onde
se reune o povo
pastinacas --- (pastinagas) Plural de "pastinaca", ervas eurásias, com folhas pinadas
e umbelas compostas de flores amarelas e muitas sementes ovais
achatadas
cossaco taco --- cossaco corajoso (adj. taco = corajoso)
zapaska --- Vestimenta feminina que era usada em substituição à anagua (saia
de baixo)
drinque de syrivets --- Bebida fermentada, feita de farinha
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05/19/2009
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